Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
1º De Maio - Por uma Terra Melhor
Hoje, 1º de Maio, passados 124 anos sobre a condenação à morte de 5 trabalhadores por lutarem pela emancipação dos oprimidos, estamos a homenagear todos os que morreram lutando por uma sociedade mais limpa, justa e pacífica.
Se os primeiros ambientalistas tinham como objectivo principal e quase único a preservação da natureza selvagem, o movimento ambientalista actual tem preocupações que vão muito para além da conservação da natureza, já que ninguém pode separa a crise ecológica da crise social.
Hoje, neste Dia do Trabalhador, reafirmamos que para acabar com as crises há que romper com o modelo produtivista/consumista que é o responsável pela pobreza, miséria, desemprego, precariedade laboral, exclusão social, redução dos salários, e degradação do ambiente.
Neste primeiro de Maio de 2010, o CAES- Colectivo Açoriano de Ecologia Social, apela a que os açorianos participem:
- Denunciando situações irregulares, quer directamente junto das entidades oficiais, quer junto das ONGAS existentes;
- Activamente na vida das associações já existentes ou criem outras associações formais ou informais independentes dos poderes económicos ou políticos instalados;
De igual modo, consideramos que deverão ser reivindicações imediatas as seguintes:
- A implementação de medidas conducentes a eliminar o desemprego e, a precariedade, bem como levem à redução dos acidentes e das doenças de trabalho;
- A implementação de uma política de resíduos que considere que o melhor resíduo é o que não se produz, em vez do incentivo ao consumismo e a soluções sem qualquer viabilidade ambiental e económica;
- O fomento de uma educação ambiental que não se limite à divulgação do património natural e que tenha em conta a necessidade de alterar atitudes e comportamentos;
- A gestão parcimoniosa dos recursos naturais, nomeadamente dos não renováveis;
- O incentivo à participação cidadã, em todas as fases dos processos participativos, que não se limite a legitimar as decisões já tomadas;
- A não utilização de dinheiros públicos para a promoção de espectáculos onde haja maus tratos a animais.
Açores, 1 de Maio de 2010
(Texto colectivo)