quinta-feira, 30 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Cultura ou barbárie



Sanjoaninas, 2011

domingo, 26 de junho de 2011

De acordo com o Diário dos Açores o Governo anda a mentir no caso OGM



União Europeia não confirma qualquer processo de declaração de “Açores
Região livre de OGM”

Sexta, 24 Junho 2011

Fontes contactadas pelo Diário dos Açores garantem que os Açores não têm “qualquer processo de declaração da Região livre de organismos geneticamene modificados” na União Europeia, ao contrário do que tem sido anunciado pelo Governo Regional.

Houve mesmo alguma admiração pela pergunta do DA, uma vez que este processo, tal como aconteceu com o arquipélago da Madeira, é sobretudo de âmbito regional, sendo apenas necessário comunicação prévia à União Europeia. Só é necessário que a Região aprove um Decreto Legislativo Regional, na Assembleia Legislativa, a proibir a plantação de OGM, e a sua comunicação à União Europeia.

Ao contrário desse simples processo, o Governo Regional tem vindo a fazer anúncios de confirmação difícil – e claramente a perder tempo.

Uma nota do GACS, a 2 de Junho, a primeira depois que o assunto se tornou público devido a uma Petição lançada pelos Amigos dos Açores e GêQuesta, dizia que “existe pendente um pedido da Região no sentido de ser declarada Zona Livre de produção de Organismos Geneticamente Modificados, pedido formalizado há já algum tempo com o respectivo dossier”. E que “no passado dia 12 de Abril, a Comissão apresentou
uma proposta de novo regulamento, que pretende negociar em 21 de Junho próximo no Conselho da União Europeia e no Parlamento Europeu, tendo em conta a liberdade dos Estados-Membro decidirem sobre as culturas geneticamente modificadas e promovendo maior agilidade no processo de declaração de Zonas Livres de OGM’s nas Regiões em que os estados membros o pretendem, alterando a Directiva 2001/18/CE que presentemente está em vigor”.

No dia seguinte, o Director Regional do Desenvolvimento Agrário anunciava que “as autoridades europeias acolheram a pretensão [de a Região ser considerada livre de OGM] e a 21 de Junho, numa reunião no âmbito da presidência búlgara, serão apreciados diversos pedidos com o mesmo objectivo”.

As nossas fontes ficaram atónitas. Nem a União Europeia está neste momento sob a presidência búlgara (mas sim húngara) nem a 21 de Junho estava prevista qualquer tomada de posição sobre estes assuntos.

O que houve a 21 de Junho foi uma reunião do Conselho do Ambiente, que se pronunciou sobre a Estratégia da Biodiversidade 2020 - sem qualquer tema agendado sobre “a liberdade dos Estados-Membro decidirem sobre as culturas geneticamente modificadas promovendo maior agilidade no processo de declaração de Zonas Livres de OGM’s nas Regiões”. Do documento final (3103º reunião do Conselho do Ambiente), de resto, os
OGMs não são sequer referidos.

Não será, por isso, de espantar que o Secretário Regional da Agricultura nada tenha referido ontem sobre o assunto, quando foi inquirido pela Comissão dos Assuntos Sociais. Na realidade, nada havia a dizer sobre o assunto. A não ser uma postura quase de impotência: “cabe ao Governo Regional apenas a tarefa de verificar se o produtor cumpre os requisitos legais”, disse.

Qual é então o ponto da situação? O Diário dos Açores não sabe ao certo. Neste momento aguardamos que o responsável pela representação açoriana junto da representação portuguesa na União Europeia nos contacte para clarificar qual é a posição formal dos Açores junto da Comissão Europeia sobre esse assunto.

O facto é que nas últimas semanas tem-se assistido ao aparecimento de um certo “lobby” a favor da utilização de transgénicos na Região, envolvendo empresas importantes, como a Finançor, que através de um dos seus administradores, num recente programa da “Estação de Serviço”, da RTP-Açores, se manifestou a favor da liberdade dos agricultores escolherem o tipo de produção que pretendam.

No mínimo, o que se pode concluir é que existe uma estratégia muito diferente da Madeira neste domínio – e um claro desajuste entre as declarações oficiais e a sua prática concreta... .

Aquele arquipélago foi a primeira região da Europa a conseguir esse estatuto, temendo o contágio que pudesse existir em relação à sua floresta de laurissilva e à sua diversidade biológica.
(DA)

Nota- A ser verdade esta notícia estamos perante um acto de gravidade tanto que os responsáveis deviam ser demitidos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

GRUPO BENSAÚDE APOIA A TORTURA ANIMAL

GRUPO BENSAÚDE- POR ESTA NÃO ESPERÁVAMOS NÓS, NEM OS "TURÍSTAS DE QUALIDADE"

CARTA DE INDIGNAÇÃO ENVIADA AO GRUPO TURÍSTICO "BENSAÚDE", APELANDO À SUA COERÊNCIA E REPUTAÇÃO ENQUANTO "EMPRESA VERDE"

Exmo. Senhor
Presidente do Grupo Bensaúde

Tomámos conhecimento que o Vosso Grupo Empresarial está a apoiar as touradas de praça que se realizarão no âmbito das Sanjoaninas (1), situação que muito nos surpreendeu, assim como surpreenderá (quiçá revoltará) os turistas que vos tomam e procuram como "Empresa verde", que em coerência e merecimento de tal reputação, deverá primar, efetivamente, pela defesa/ operacionalização dos valores ecológicos e respeito pelo Bem-Estar e Direitos dos Animais.

Ver o vídeo: "Turistas, enganados pela publicidade taurina, choram, depois de verem a realidade da tortura numa tourada de praça"



Atendendo a que considerávamos o Vosso Grupo como um dos que manifestavam preocupações ambientais e sociais, de que é exemplo o financiamento do Projecto “Cool the Earth”(2) ou o apoio ao projecto Pegada Positiva da Associação Açoriana de Protecção dos Animais (3) , ficamos deveras desiludidos com o apoio que o Grupo Bensaúde está a dar às torturantes touradas de praça, cada vez mais repugnadas pelo turistas de qualidade ou "ecoturistas", que são os prucurados e ideais para os Açores.

As touradas, prática retrógrada proibida em vários países, porque subjugam e torturam animais, contrariando a DUDA*; que está em crescendo de contestação nos países que primam pela civilidade, nomeadamente naqueles para onde se direciona primordialmente a oferta turística dos Açores; porque em nada abonam a favor do civismo e do turismo no Arquipélago (que se promove como turismo da natureza), e muito menos da evolução mental e civilizacional de um povo, são sem dúvida, uma má imagem da Região, no exterior e, seguramente, da reputação de quem se lhes associa.

Conhecendo e apreciando, até então, o percurso do Grupo Bensaúde, nas suas preocupações sociais e ambientais, acreditamos, sinceramente, que se tratou de um lapso da vossa parte, pelo que apelamos a V.Exa, uma melhor ponderação e responsabilidade assertiva/coerente na promoção dos Açores, como espaço de turismo de qualidade e de respeito pelos valores da vida à luz hodierna, e solicitamos o vosso arrepio ao apoio a “espectáculos” degradantes como são as touradas.

(1) http://www.flickr.com/photos/copetoros/sets/72157626844324843/

(2)http://www.grupobensaude.com/paginas/noticias.aspx?idNoticia=42&idLingua=1

(3)http://associacaoacorianaproteccaoanimais.blogspot.com/

"A grandeza e grau de civilidade de um povo, pode julgar-se pela forma como trata os seus animais" Mahatma Gandhi

Com os melhores cumprimentos e consideração, ficando na esperança da sua melhor atenção

José de Andrade Melo
Formador Acreditado de Educação Ambiental
Amigos dos Açores, Sta Maria
m
R.José Leandres Chaves-19
Vila do Porto
------------------------------
* DUDA (Declaração Universal os Direitos dos Animais), proclamada pela UNESCO

FONTE:http://natur-mariense.blogspot.com/2011/06/grupo-bensaude-por-esta-nao-esperavos.html#more

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades



Segundo o Correio dos Açores de 19 de Maio de 2011, para Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, com o PEGRAA, a região atingirá, designadamente em S. Miguel, uma contribuição de 75% de energia proveniente de fontes renováveis para a produção e energia eléctrica. Ainda, de acordo com o mesmo matutino, para Álamo Menezes, Secretário Regional do Ambiente e do Mar, a aposta no sistema de tratamento de resíduos a ser implementado constitui “um investimento estratégico que pretende transformar os resíduos em valor, gerando riqueza nas ilhas”.
Poderíamos rebater as afirmações anteriores, mas não é esse o objectivo que perseguimos com o presente texto. Com efeito, decidimos dar a palavra a quem já teve responsabilidades nas políticas de ambiente e de energia nos Açores. Assim, primeiro divulgar o que pensavam os ex-secretários regionais, Hélder Silva e Ana Paula Marques e por último o ex-presidente do conselho de administração da EDA.
Para Hélder Silva, a incineração “não é solução para o problema dos lixos” por “razões “ambientais e económicas”. O projecto em questão “deixa clara a intenção de se manter a situação de recolha não selectiva de resíduos e de incineração indiferenciada de resíduos” que vai “aumentar o risco de emissões dos fumos e a perigosidade dos próprios resíduos a depositar num aterro de resíduos perigosos”. (1)
Ana Paula Marques, por sua vez, tem alterado a sua posição ao longo do tempo. Primeiro considerou que seria bom um sistema incinerador “amigo do ambiente” conjugado com métodos alternativos, visando a redução, reutilização e reciclagem. Mais tarde, considerou que “apesar de ser mais barato, do ponto de vista puramente económico e a curto prazo, colocar os resíduos dentro de uma incineradora e produzir energia eléctrica, se incluirmos as inegáveis vantagens ambientais de outras abordagens que incluam a redução, a reutilização e a reciclagem já temos grandes dúvidas”. (2)
Sendo a maior parte da propaganda (enganosa) das incineradoras a relacionada com a energia produzida, transcrevo a opinião de Neil Tangri, da Aliança Global de Alternativas às Incineradoras:
“Esta tecnologia é, muitas vezes, conhecida como produtora de Energia, visto poder produzir electricidade. No entanto, uma análise detalhada do ciclo de actividade revela que as incineradoras gastam mais energia do que produzem. Isto porque os produtos, que são incinerados, deverão ser substituídos por novos produtos. Extraindo e processando materiais virgens, transformando os em novos produtos, gasta-se muito mais Energia (causando também mais danos ao ambiente) do que produzir materiais reciclados.”
Por último, para ficarmos um pouco mais esclarecidos em relação à questão da energia produzida pelas incineradoras, que de acordo com algumas afirmações irá contribuir para a redução das importações de combustíveis fósseis, as palavras de Roberto Amaral, em resposta a uma leitora do Açoriano Oriental, são elucidativas:
“ … Estão neste momento a decorrer em S. Miguel vultuosos investimentos de prospecção de novos reservatórios geotérmicos e de novos poços de produção com vista, precisamente, a aumentar a capacidade de produção geotérmica, estando, paralelamente, a decorrer um concurso público internacional para a instalação de um parque eólico com 10 MW de potência.

Este conjunto de novos investimentos esgota a capacidade de integração plena de energia renovável nos próximos anos, pelo que a produção de energia eléctrica proveniente de uma instalação de incineração só poderia ser injectada na rede fora das horas de vazio, ou retirando de serviço, nessas horas de vazio, outras centrais com produção renovável, nomeadamente as geotérmicas. …”

(1) Açoriano Oriental, 16 de Abril de 2004
(2) Açoriano Oriental, 22 de Outubro de 2007
(3) Açoriano Oriental, 2 de Fevereiro de 2010

Teófilo Braga
Correio dos Açores, 22 de Junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Plantas Aromáticas


Decorreu no passado dia 18 de Junho, na Escola Secundária das Laranjeiras uma sessão teórico-prática sobre “Plantas Aromáticas”. À sessão, que foi dinamizada pela Eng.ª Elizabete Oliveira, docente daquele estabelecimento de ensino, assistiram 13 pessoas, a maioria das quais docentes da mencionada escola.

Depois da sessão teórica, que teve lugar numa das salas da escola, onde foi feita uma prelecção sobre plantas aromáticas e medicinais, suas aplicações e métodos de propagação, seguiu-se uma visita à horta pedagógica. Nesta, os participantes tiveram a oportunidade de observar algumas das plantas mencionadas na primeira sessão.

Na horta pedagógica, a Eng. Elizabete OLIVEIRA, também, demonstrou como se devia fazer a propagação por estacas lenhosas e herbáceas.

Por último, todos os assistentes foram brindados com a oferta de algumas aromáticas para plantação nos seus quintais e jardins.

domingo, 19 de junho de 2011

As aparências iludem?



1-A SCUT para a Fajã

A fim de satisfazer a pretensão de alguns proprietários, o Governo Regional dos Açores decidiu abrir uma estrada para a Fajã do Calhau. No início dos trabalhos, um dos responsáveis afirmou-me, aquando de uma visita que fiz ao local, que a dificuldade da obra se encontrava no ponto mais alto dos terrenos pois por razões económicas não poderiam tirar a terra do local, sendo a única opção viável empurrá-la para o litoral.
Na mesma ocasião, manifestei a minha discordância com a referida obra, mas nunca acreditei que a mesma viesse a atingir as proporções que todos nós conhecemos. O desagrado com o que estava a ser feito, não foi apenas dos chamados ambientalistas, havendo, também, dentro do próprio governo quem levantasse muitas dúvidas.
A cereja em cima do bolo, veio, mais tarde, quando alguém, para justificar o injustificável afirmou que a obra se destinava ou era muito importante para o combate às infestantes.
Não tenho qualquer fobia a estradas e a da Fajã do Calhau não é a minha inimiga de estimação predilecta, como também não tenho nada, pessoalmente, contra as pessoas que têm a suas propriedades, terras e casas, na referida localidade, podendo alguns deles testemunhar que eu (e outras pessoas, claro!) um dia pensei que seria possível a instalação de um projecto inovador para alimentar as casas lá existentes, através de uma pequena central eléctrica fotovoltaica.
O projecto falhou na Fajã do Calhau ou noutra fajã qualquer por diversas razões, sendo uma delas o facto de ter sido preterido a favor da produção de hidrogénio que iria revolucionar a produção energética nos Açores e no mundo. Continuamos à espera…
Mas, com a estrada da Fajã do Calhau, aprendi que, muitas vezes, as pessoas envolvem-se civicamente não com fins altruístas, mas para implementar projectos pessoais, o que há partida não tem nada de mal, desde que tal não seja um objectivo oculto.
Também aprendi que as pessoas, por muito democratas que sejam ou que o digam ser, por vezes, não toleram opiniões diversas das suas.
Será caso para dizer “se queres conhecer o vilão, põe-lhe o pau na mão”?

2-Ambiente, desporto ou agricultura?

Entre as diversas associações ditas de ambiente, existem algumas que não possuem qualquer vida associativa, limitando-se esta a uma eleição formal dos órgãos sociais, já que o mando historicamente sempre esteve e continua a estar na mão de uma só pessoa.
Essa pessoa, simpática e de bom trato com todos, tem o defeito (ou virtude?) de não dizer não a ninguém, sobretudo aos detentores dos mais diversos poderes instalados. Para evitar a pessoalização, que não é o nosso objectivo, essa ou essas pessoas dirigem associações que têm todas as características de associações de carácter recreativo ou desportivo e as associações deste tipo têm objectivos muito direccionados para os seus membros e o seu contributo para o debate na esfera pública é muito diminuto, para não dizer que é nulo. José Manuel Viegas, num texto publicado em 2004 e a propósito da presença das associações desportivas ou culturais na comunicação social, menciona que “tendem apenas a valorizar a sua identidade, as suas tradições e o consenso social, esquivando-se às questões mais políticas ou conflituais. Exceptuam-se as situações em que estão em causa os apoios financeiros a receber por essas associações”.
Mas, o episódio que não me sai da cabeça foi o aproveitamento da possibilidade que as associações têm para estarem representadas em determinados órgãos de carácter consultivo para fins pessoais ou de outrem, de carácter no mínimo duvidoso.
Em 2008, o Governo Regional dos Açores solicitou o nome de uma pessoa para representar as várias associações no Comité Prorural. Fui contactado pelo presidente de uma associação que manifestou o interesse em estar presente no referido comité e em nome dos Amigos dos Açores manifestei a minha concordância. Tal não foi o meu espanto, quando me foi dado conhecimento que o representante das associações não era o que foi previamente acordado, mas sim o membro de outra que era simultaneamente técnico de uma associação de agricultores, que, como é sabido, tem interesses directos naquele programa.
Acreditando na boa fé dos envolvidos, fica a questão: tratou-se apenas de juntar o útil ao agradável?

Teófilo Braga

segunda-feira, 13 de junho de 2011

VERÍSSIMO BORGES E OS TRANSGÉNICOS



Uma explicação prévia

O texto que abaixo divulgo, é um extracto do 4º artigo de uma série que ele intitulou “ALGUMAS “IDEIAS CHAVE” da CANDIDATURA de VERÍSSIMO BORGES às próximas eleições”.

Dada a actualidade do mesmo e por desconhecer se foi ou não publicado no Correio dos Açores, achei por bem torná-lo público.

Espero estar a contribuir para que a sua voz continue a ser ouvida, mesmo após o seu falecimento a 8 de Outubro de 2008.

Teófilo


Açores Região Livre de Transgénicos


“…A segunda prende-se com a proposta de legislação que decreta os Açores como “Região Livre de Transgénicos” , ou OGM (Organismos Geneticamente Modificados).

Esta proposta é política e economicamente bastante mais relevante, não só pelas sucessivas descobertas de perigosidade biológica de transgénicos manipulados por fortíssimos lobbies multinacionais, que progressivamente vão empobrecendo e desertificando vastas áreas do globo, com cada vez maiores e mais gritantes casos de desinformação e falta de precaução das multinacionais envolvidas, mas também pelo já nítido recuo de alguma permissividade das instâncias europeias face às pressões chantagistas destes grupos americanos.

Só nos últimos meses a França eliminou as anteriores concessões de plantação de OGMs, criando uma moratória para estas plantações no seu território, a Alemanha prepara uma mais férrea imposição dos princípios precaucionários e a Polónia elabora a mais rígida legislação interna anti-cultivo de OGMs.

No ano passado era ainda a Áustria olhada com maus olhos pela CE por, isoladamente, insistir em tolerância zero no cultivo de OGM no seu território.
Acrescem as elevadas percentagens com que a maioria absoluta dos consumidores europeus repudia transgénicos nos seus pratos, forçando a sua rotulagem obrigatória e associando os OGM à realidade de inimigos objectivos da Agricultura Biológica, pondo em causa a própria apicultura.

Nos Açores não cultivamos transgénicos, mas temos uma imagem a defender.

Note-se que a Associação Agrícola não perde oportunidade de os defender, para além da imagem portuguesa que está associada a estes cultivos em plena expansão de áreas utilizadas, acrescida da ilegalidade do Ministro da Agricultura continuar a reter a identificação obrigatória em pormenor, das áreas efectivamente ocupadas por estas culturas.

Ora o cultivo de OGM busca sempre grandes explorações de monocultura e nos Açores, para além de pastagens, só produzimos milho de forragem e este está fora dos interesses das multinacionais envolvidas.

Não nos imaginamos como futuros produtores de colza, nem de algodão e o pouco milho grão que produzimos apresenta uma variabilidade genética considerável, a defender, com raças e variedades locais que já justificaram a criação de um banco de sementes.

Mas a pressão de plantação de transgénicos nas nossas ilhas existe e é persistente, não pelos valores económicos que possam estar envolvidos, mas sim pela estratégia das multinacionais não deixarem território por explorar. São como o doente que gosta de contaminar os outros (sente-se melhor acompanhado).

Nos Açores, sendo ilhas isoladas, o único interesse das multinacionais será a instalação de campos experimentais de casos realmente perigosos, ao ponto de terem medo da perca de controlo e fuga para a natureza nos seus próprios países.

A Universidade dos Açores, há poucos anos, já foi abordada para a realização de experiências deste tipo (Vasco Garcia).
Neste contexto surge o interesse objectivo e subjectivo de decretar todas as ilhas açorianas como “Região Livre de Transgénicos” e abandonar os projectos peregrinos, existentes na gaveta, de tornar a breve trecho a Graciosa em campo experimental.

Neste domínio, assumindo uma imagem limpa e não conspurcada, vamos ao encontro do sentir dos nossos melhores turistas. Assim consolidamos a nossa imagem de natureza “virgem” e caminhamos para melhor certificação dos nossos produtos, não hipotecando o nosso futuro potencial e mais-valias na área da Agricultura Biológica.

A simples classificação dos Açores como “Região Livre de Transgénicos” vem diluir a pressão das nossas rações contaminadas. É que, para além de devermos evitar a importação de OGMs (especialmente os ilegais na CE) este controle revela-se difícil e por vezes impossível.

E como resta espaço neste artigo, avanço uma outra ideia: “Criar nos Açores Banco de Sementes ameaçadas noutras partes do mundo pela disseminação de OGM”.

Muito simples de entender: Se temos 9 ilhas isoladas com clima temperado, poderemos em cada uma delas cultivar, em pequena escala, uma raça ou variedade de leguminosas ou cereais, considerados nas suas terras de origem como de elevado interesse potencial e em grave risco de diluição genética pelos OGM introduzidos.

Estes projectos, ambientalmente inócuos, poderiam até ser financiados pela FAO e originar futuras exportações das respectivas sementes para repovoamento dos países de origem.

Veríssimo Borges

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Plantas Aromáticas: Sessão Teórico-Prática


Inscrições, limitadas, através do seguinte endereço: terralivreacores@gmail.com

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Deputados e petição popular contra tourada incluída no programa do Dia dos Açores




08.06.2011 - 17:23 Por Tolentino de Nóbrega

Alguns deputados da Assembleia Legislativa regional contestam a inclusão de uma tourada no programa do Dia dos Açores, a comemorar a 13 de Junho.
A iniciativa é objecto de protesto por parte de cidadãos que em petição a circular na Internet solicitam aos deputados açorianos que não compareçam na tourada, a ter lugar no areal da Praia da Vitória.

Argumentam que com este evento “o Estado está a subverter o seu papel, promovendo e instigando a violência e a discriminação e a fomentar a discórdia e a desunião, entre os açorianos, quando opta por esbanjar dinheiro público num espectáculo que cada vez mais pessoas contestam”.

Como observa o documento, os Açores, como destino turístico de excelência, nomeadamente na sua ligação com a natureza, “não pode pactuar com actividades que prejudicam o desenvolvimento de um turismo de qualidade ligado ao respeito pelos animais e valores naturais”.

Paulo Rosa, deputado do CDS/PP, eleito pela ilha das Flores, é uma das vozes que contesta a realização de uma tourada durante as comemorações. Promete assistir à sessão solene - em que serão agraciadas instituições e personalidades açorianos, entre o falecido jornalista Mário Bettencourt Resendes -, mas quando começar a tourada, abandonará o espaço, na companhia de outros parlamentares.

Também o deputado do PCP, Aníbal Pires, estará ausente. Embora reconheça “a ligação íntima, existente na ilha Terceira, entre as touradas à corda e as Festas do Divino Espírito Santo” e que aquelas “fazem parte do legado cultural de algumas das nossas ilhas”, aquele partido conclui que “a sua natureza não consensual torna-as inadequadas para um momento onde se pretende representar e celebrar toda a Região”.

Tema fracturante na sociedade açoriana, a tourada divide também o parlamento regional. Há dois anos, a Assembleia dos Açores rejeitou, pela diferença mínima de dois votos, o projecto de decreto legislativo regional que legalizaria as corridas de touros picadas nos Açores.

Votaram a favor do diploma 26 deputados, o mesmo número dos subscritores desta iniciativa legislativa que registou 28 votos contra e duas abstenções. Para a rejeição do diploma contribuiu particularmente a bancada do PS, com 20 deputados, tal como o líder partidário Carlos César, opositores à introdução da denominada sorte de varas, apoiada por apenas seis socialistas.

O diploma, que desafiava a proibição nacional contra touros de morte, surgiu na sequência do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Retomava o articulado de um decreto aprovado em 2002 e chumbado pelo Tribunal Constitucional.

Em defesa dos animais, foram entregues no parlamento mais de 400 petições, contra as 17 a apoiar o diploma e a defender que “tauromaquia é cultura”. Também a Associação Amigos dos Açores enviou um documento aos responsáveis internacionais e nacionais da UNESCO em que denuncia a possibilidade de se vir a legalizar a sorte de varas nas touradas açorianas.

No texto, o movimento ecológico alerta para o facto de "um grupo minoritário de aficionados" estar a "exercer pressões sobre os deputados” no sentido da legalização daquela “prática cruel, baseada no sofrimento e exploração de animais para entretenimento do homem", adiantando que as pressões são mais fortes na ilha Terceira, onde os defensores da sorte de varas projectam touradas picadas na praça de touros da cidade Património Mundial.

Este ano, entre Maio e Setembro, o número de touradas tradicionais a decorrer nos Açores atinge 159. Neste arquipélago, as chamadas touradas tradicionais, que a própria lei distingue das touradas não tradicionais e das touradas particulares, acontecem exclusivamente nas ilhas do Grupo Central, distribuindo-se pela Terceira (116), Graciosa (25) e São Jorge (18).
De acordo com a legislação regional em vigor, a tourada tradicional “deve estar necessariamente ligada a uma festividade da freguesia onde se pretende realizá-la”, “tem de ser organizada exclusivamente por entidades cujo eventual fim lucrativo contribua, de modo directo, para essa mesma festividade” e deve ter lugar “em data fixa” e “realizar-se há, pelo menos, 15 anos”.
http://www.publico.pt/Sociedade/deputados-e-peticao-popular-contra-tourada-incluida-no-programa-do-dia-dos-acores_1498067
http://www.publico.pt/Sociedade/deputados-e-peticao-popular-contra-tourada-incluida-no-programa-do-dia-dos-acores_1498067?p=2

quarta-feira, 8 de junho de 2011

TOURADA NÃO É FESTA REGIONAL



DEPUTADOS CONTRA TOURADA NO "DIA DOS AÇORES" === OS NOSSOS PARABÉNS PELA POSIÇÃO TOMADA!
TOURADA NO DIA DOS AÇORES: "UM DISPARATE A EVITAR!"


O programa oficial das comemorações do Dia da Região, que se realizará a treze de Junho, na Praia da Vitória, aponta a inclusão de uma tourada, como se tal prática respresentasse os Açores e fosse uma "expressão cultural" que orgulha e enaltece o Povo Açoriano. A iniciativa não é bem vista por todos os deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, nomeadamente por aqueles que não apreciam este tipo de manifestação "cultural", que atenta contra o bem-estar animal, contraria os princípios da DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos Animais) e está longe e ser uma prática geral nos Açores e que una os açorianos.
aaaaaa
Por estas razões de fundo, o CADEP-CN e a representação de Santa Maria dos Amigos dos Açores, ligada ao GBEA, consideram ser essa opção um VERDADEIRO DISPARATE, pois, num dia tão especial de unidade açórica, o que deve ser espelhado e enaltecido é o que contempla globalmente os Açores, ou seja aquilo em que os açorianos de Santa Maria ao Corvo estão ligados, se revêem com orgulho e que deve enobrecer a RAA no exterior, como espaço de riqueza humana e de civilidade.


Como é sabido, as touradas, que estão a ter cada vez mais contestação a nível internacional, nacional e regional, são práticas apensas tradicionalmente tão só às ilhas da Terceira e com menor expressão na Graciosa e em S.Jorge. Não constitui, portanto, e felizmente, uma prática maioritária dos Açores, estando mesmo em crescendo o número de açorianos que as combatem, mesmo dentro das ilhas onde estão mais enraizadas.


Para além da desunião açórica à volta das touradas, a facultação desta prática, que nos recusamos seja considerada como "cultura dos Açores", se resveste de contraproducência e contradição numa região, considerada e "vendida" como exemplarmente ecológica. Ressalte-se que engloba este conceito, na sua essência, o respeito pela vida quer animal quer vegetal e o estabelecimento de uma relação civilizacionalmente elevada e harmónica entre as partes, a qual não pode consentir a provocação de mau-estar, humilhação e tortura, práticas que devem envergonhar qualquer sociedade moderna.


"A grandeza e grau de civilidade de um povo pode ser avaliados pela forma como trata e se relaciona com os seus animais".


* Mahatma Gandhi


A nível político, pelas razões aludidas, temos notícia de que há deputados que se recusam a participar na cerimónia do Dia dos Açores, acrescentando que as touradas, para além da divisão açórica que provoca, é também um tema fraturante, no Parlamento dos Açores, sendo o exemplo mais recente o chumbo, em boa hora, da pretensa introdução das touradas picadas ("sortes de varas").

Saudamos todos os deputados que contestam o programa oficial das comemorações do Dia da Região, que vai decorrer na próxima segunda-feira, na Praia da Vitória e que integra, exatamente, um disparate (in)civilizacional, que atenta contra a unidade dos Açorianos, no Dia dos Açores.

Paulo Rosa (CDS/PP) , eleito pela ilha das Flores, é um dos deputados que contesta a realização de uma tourada durante as comemorações do Dia da Região. Adiantou que vai estarna Praia da Vitória, mas apenas para assistir à sessão solene. Quando começar a tourada, abandonará o espaço, o que vai acontecer com outros parlamentares. Outros, como a Deputada Mariense do PSD, Aida Santos, tomarão um aposição, ainda mais forte, recusando-se sequer a participar nesta Cerimónia de cúpula Regional, que devendo ter um programa de e enaltecimento da Autonomia e dos valores da açorianidade, engloba disparatadamente um evento que provoca mau-estar aos animais, não expressa uma coesão cultural Açoriana, nem veicula a grandeza e sensibiilidade das nossas gentes. BEM HAJAM!


Porque, ainda estamos a tempo de evitar esse "disparate", esperemos que os "organizadores" ouçam estas clarividentes vozes do Povo Açoriano, apelando a que outros deputados lhes dêem corpo, e tomem também em conta o texto de contestação cívica, a que nos associámos, que em breve chegará ao Governo.


"Eu sou a favor dos direitos dos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral e de uma sociedade evoluída."- Abraham Lincoln (Ex-Presidente Americano)

*José Andrade Melo
CADEP-CN e Amigos dos Açores, Sta Mria

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CAES CONTRA A TOURADA NO DIA DOS AÇORES


A Assembleia Legislativa Regional dos Açores (ALRA) integrou a realização de uma tourada no programa das comemorações do Dia dos Açores que vai ser celebrado no próximo dia 13 de Junho na cidade da Praia da Vitória, na ilha Terceira (Açores).

Tal evento, para além de já ter levantado polémica entre os deputados do parlamento regional, é um degradante “espectáculo” que divide o povo açoriano e que tem merecido a oposição cada vez maior em todo o mundo civilizado.

O CAES- Colectivo Açoriano de Ecologia Social, para além de lamentar que a ALRA não tenha sabido organizar um evento que promovesse e dignificasse os artistas açorianos, repudia o fomento da indústria do desrespeito pelos direitos dos animais e da deseducação dos seres humanos.


Açores, 6 de Junho de 2011
 
Colectivo Açoriano de Ecologia Social

domingo, 5 de junho de 2011

No dia Mundial do Ambiente

Associativismo, Participação e Consciência Ambiental

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Mundo segundo a Monsanto

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tourada na Pedreira - Nordeste




Está programada uma tourada à corda para o próximo dia 5 de Junho, na Pedreira, concelho de Nordeste


Escreva à Câmara Municipal de Nordeste a lamentar a ocorrência
deste espectáculo nesta freguesia e a solicitar o seu cancelamento. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.



Para: geral@cmnordeste.pt, presidente@cmnordeste.pt
c/c: acoresmelhores@gmail.com



Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Nordeste,


Tomei conhecimento de que se irá realizar na Freguesia de Pedreira uma tourada à corda e venho por este meio manifestar o meu total repúdio por tal acontecimento!

Bem sei que quem o faz e permite normalmente fá-lo por motivos lúdicos e que neles encontra justificação, como a tradição e divertimento. Não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, seja uma tourada, circo, jardim zoológico ou qualquer outro ambiente.

Sabendo-se que a mesma irá realizar-se no próximo dia 5 de Junho, em dia de eleições nacionais, vimos para além de manifestar o nosso desapontamento, pelo facto da tourada conspurcar as tradicionais festas do Divino Espírito Santo, e solicitar o seu cancelamento pois em dia de eleições nem actividades desportivas são autorizadas.

Com os melhores cumprimentos,

Nome
Morada