quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ecoteca de Santa Maria Incentiva o Consumo de Tabaco

Em Santa Maria: Ecoteca põe cinzeiros à porta dos restaurantes 20 Fevereiro 2008 [Regional]

A Ecoteca de Santa Maria e a Valência do Recolhimento de Santa Maria promoveram, domingo, uma operação de colocação de cinzeiros à entrada de estabelecimentos de restauração em Vila do Porto, para garantir a limpeza da via pública no principal centro urbano da ilha.
A iniciativa, que contou com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e da Câmara Municipal de Vila do Porto, decorre do aumento do número de beatas de cigarros abandonadas no chão à porta de cafés e restaurantes, devido à recente entrada em vigor da nova legislação sobre o consumo de tabaco.

(in Correio dos Açores)

Esta iniciativa é, do meu ponto de vista, apenas aparentemente aceitável. Porquê:

1- Porque, trata-se de uma desistência em continuar uma campanha para que as pessoas deixem de fumar;

2- Porque se está a premiar os prevaricadores. É uma atitude de pouco civismo atirar lixo para o chão, qualquer que ele seja. As pessoas em questão, pelo contrário, deveriam ser punidas;

3- Trata-se de um mau uso dos dinheiros públicos já que se são os donos dos cafés e restaurantes a terem lucros com a sua actividade a limpeza, no limite, deveria estar a seu cargo.

4- Noto aqui uma alteração na "política de ambiente". O ex-director regional do ambiente, Arq. Eduardo Carqueijeiro, não aceitou que uma ecoteca disponibilizasse cinzeiros para uma praia com o argumento que o que se devia fazer era educar as pessoas para não fumarem e para se responsabilizarem pelos lixos que produzem.

5- O que a ecoteca fez, não passa do que se chama "negóceos como os do costume". Isto é não actuar nas causas, apenas se preocupar com as consequências. Ou mudar um pouco para que tudo fique na mesma.

6- Com o simples colocar de cinzeiros está-se a incentivar o uso do tabaco.

7-Pessoalmente acho a atitude condenável já que se está a usar dinnheiro de todos nós em benefício de uns poucos. É caso para dizer "o crime compensa".