quinta-feira, 30 de outubro de 2008


A Reserva Natural da Lagoa do Fogo, localizada na Ilha de São Miguel, foi instituída em 1974. Ao longo dos últimos 15 anos a paisagem observada no miradouro de acesso à Lagoa tem-se alterado. De facto, embora seja actualmente classificada como Sítio de Importância Comunitária, a Reserva Natural já não corresponde à visão idílica do passado.
A quantidade e variedade de plantas invasoras têm aumentado de modo contínuo. Numa breve descida à lagoa é possível encontrar uma espécie de margarida (Erigeron karwinskianus), dezenas de criptomérias (Cryptomeria japonica), dispersas e de variados tamanhos, formações de conteira (Hedychium gardneranum) com diferentes dimensões, um elevado número de fetos arbóreos (Sphaeropteris cooperi), várias árvores jovens de verdenaz (Clethra arborea), que já não é uma invasora apenas localizada na zona leste da ilha, acácia (Acacia melanoxylon), um arbusto semelhante aos brincos-de-princeza (Leycesteria formosa), com as suas bagas vermelhas com numerosas sementes, disponíveis para as aves transportarem, e até o incenso (Pittosporum undulatum). Existem também várias espécies nitidamente introduzidas acidentalmente pelos visitantes, nomeadamente nespereira, araçazeiro e macieira. Para além disso, existe também uma espécie invasora aquática (Egeria densa) muito conhecida na Lagoa das Sete Cidades. Existem ainda plantas ruderais, comuns em zonas sob forte influência humana, como a avoadeira (Conyza bonariensis) e a erva mole (Holcus lanatus), a invadir vários habitats, incluindo zonas húmidas.
Nestas condições, a Lagoa do Fogo está a tornar-se, gradualmente, numa reserva de espécies invasoras. É necessário travar este processo de um modo célere e sem hesitações. Todos temos obrigação de participar, e ninguém deve esperar que os outros resolvam este problema, em especial as comunidades mais próximas. Surgiu, assim, a ideia de organizar um movimento cívico, com o único e, a nosso ver, importante objectivo de travar este processo degenerativo.
Este movimento iniciará as suas actividades com a realização de uma acção simbólica, no próximo mês de Novembro.

Ponta Delgada, 29 de Outubro de 2008,

Luís Silva
Diogo Caetano
José Pedro Medeiros
Luís Noronha Botelho
Maria Manuela Livro
Lúcia Ventura
Eva Lima
Teófilo Braga

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Práticas de Energias Renováveis



Editada pela Arena- Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma dos Açores, esta nova publicação pretende ser uma ferramenta e um veículo de informação, para jovens e professores da Região Autónoma dos Açores, sobre um dos conceitos mais unificadores da Ciência- A energia.
(Extraído do Blog Educar para a Energia)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AJUDE A SALVAR O CAGARRO


O cagarro, de nome científico Calonectris diomedea borealis, é uma ave marinha que passa grande parte do ano no alto mar e vem a terra, entre Março e Outubro, para nidificar.

No fim de Outubro, os cagarros jovens, que já atingiram o tamanho e a plumagem dos adultos, são abandonados, nos ninhos, pelos progenitores. Movidos pela fome, aventuram-se ao primeiro voo, enfrentando vários perigos. Esta ave orienta-se aparentemente pelas estrelas e são atraídas e encandeadas pelas luzes das povoações e automóveis. Assim sendo, muitos morrem por colisão ou atropelamento.

O que pode fazer?

☺ Se encontrar durante o dia cagarros nas estradas ou povoações, coloque cada um numa caixa e liberte-os junto ao mar;

☺ Se o encontrar durante a noite, não tente alimentá-los e devolva-os ao mar apenas na manhã seguinte.

ATENÇÃO: Aconselha-se a protecção das mãos (por exemplo com uma peça de vestuário), pois a ave, desconhecendo as suas intenções e ao tentar proteger-se, poderá defender-se com o bico.
Caso tenha dúvidas clique aqui ou mande um mail para soscagarro@gmail.com.



(Cagarro recolhido hoje na Escola Secundária das Laranjeiras e devolvido ao mar na Praia de Água d'Alto)

sábado, 25 de outubro de 2008

Ambiente e Sociedade


Publicación Semanal y Gratuita de EcoPortal.net
AÑO 9 Nº 363, OCTUBRE 22 de 2008
www.ecoportal.net
Distribución periódica y gratuita

¡¡¡ Más de 99.000 ecologistas suscritos !!!
Estimad@s Amig@s

Es dificil en estos días eludir el tema de la crisis financiera, económica, social y ecológica que está afectando a todo el planeta. Desde hace ya algunos años venimos siendo espectadores, participes y victimas de un sistema basado en la economía, que reduce a los seres vivos y a los recursos naturales a números, los clasifica en útiles o no y los usa y descarta a su antojo. Hoy, ese sistema se ha convertido en una Supernova.
Una Supernova, se origina a partir de una estrella masiva que ya no puede fusionar más su agotado núcleo, y que se vuelve incapaz de sostenerse por la presión de degeneración de los electrones, lo que la lleva a contraerse repentinamente y generar, en el proceso, una fuerte emisión de energía. En ese momento emite una luz que nunca antes tuvo, el proceso puede durar semanas o meses.
Después de este fenómeno explosivo se pueden producir dos casos: o la estrella es completamente destruida, o bien permanece su núcleo central que, a su vez, entra en colapso por sí mismo dando vida a un objeto muy macizo como una estrella de neutrones o un Agujero Negro.
De la misma forma, el capitalismo logró en las últimas décadas profundizar sus doctrinas mas duras y globalizarlas de tal forma que abarcó mas de lo que el planeta y sus habitantes podemos soportar. Entonces, ya no pudo sostenerse, se agotó su núcleo, se quedó sin oxígeno por haberlo consumido demasiado rápido. Y así se convirtió en una Supernova.
Las crisis son inherentes al sistema capitalista y ocurren cíclicamente. Pueden ser menores o mayores, y en el curso de los dos o tres últimos siglos hemos visto como se salió de ellas con guerras mundiales, invasiones a países u otras agresiones bélicas similares que activaron las economías de los vencedores. O con medidas económicas de menor o mayor envergadura, tales como cuando EE.UU. decidió unilateralmente dejar sin efecto el respaldo oro que hasta ese momento tenían los dólares que emitía.
En todos los casos el resultado ha sido el mismo. El capitalismo parece estar en su ocaso, todos los pobres del mundo sufren la crisis. Algunos ricos caen, otros se vuelven muchísimo mas ricos. Gran parte de la clase media se empobrece, otra parte pasa a integrar el selecto grupo de los súper ricos. Y el capitalismo se sacude el tendal de victimas y se recompone, tal vez con algunos cambios, hasta la próxima crisis.
Esta nueva crisis es, tal vez, mas fuerte y extendida, porque con la globalización las economías de los países son mas interdependientes. Los gobiernos de Estados Unidos y Europa gastaron en una semana para la inyección de capitales en el mercado financiero mundial un monto que hubiera permitido alimentar y desarrollar programas de producción de alimentos y seguridad alimentaria en todo el planeta por aproximadamente 50 años.
El dinero y los recursos que nunca están disponibles en forma suficiente para solucionar los problemas estructurales que hacen que un tercio de la población mundial padezca de hambre, no tenga agua potable o no pueda acceder a centros de salud o a una educación mínima, siempre lo ha estado para la industria de la guerra y ahora también para salir al rescate de bancos.
Esta crisis mundial afectará a cientos de millones de personas, pero también afectará al capitalismo. En nosotros está luchar para encausar esta profunda crisis hacia la formación de una nueva sociedad apoyada sobre otras bases. Las del respeto por el planeta que nos cobija y por cada uno de los seres que lo habitamos. O ser funcionales al sistema y dejar que se recomponga, como otras tantas veces, dejando el tendal de damnificados y estableciendo un nuevo orden mundial capitalista seguramente mas desigual y destructor que el que hemos vivido hasta ahora.
El cambio de paradigmas será muy grande y no será fácil adaptarnos, quizás muchos ni siquiera lo logremos, pero si esta vez construimos la estructura social pensando como especie y ya no de forma individualista tendremos muchas menos posibilidades de volver a fracasar.

Nos reencontramos la próxima semana, con una nueva entrega de esta publicación.
Ricardo Natalichio
Director
rdnatali@ecoportal.net
www.ecoportal.net

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Educar para a Energia



Nova publicação dos Amigos dos Açores- Associação Ecológica. Para saber mais sobre esta associação, consulte a sua página Web aqui.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

TOP 100



ESte livro é um exemplo de um bom livro que merecia ser distribuido massivamente por todas as escolas dos Açores.

Por que não é feita a edição de uma parte do mesmo apenas com as espécies açorianas?

JS

Portal da Biodiversidade


(clicar para ampliar)

domingo, 19 de outubro de 2008

Colectivo quer Mudar a Sociedade


Em processo de formação, o Colectivo Açoriano de Ecologia Social (CAES) é uma nova associação, de carácter informal, que pretende ser um grupo de reflexão e acção junto da sociedade, com o objectivo de provocar alterações sociais profundas.
O actual modelo de civilização é o primeiro “alvo” da associação, que considera o sistema capitalista o principal responsável pela crise global que afecta todos os habitantes do planeta Terra.
Assim, o primeiro ponto do texto-base da associação defende que “a política e a economia deverão sofrer alterações profundas, contemplando o desenvolvimento humano e a satisfação equitativa das necessidades, ultrapassando a sua obsessão pelo crescimento ilimitado”.
O principal mentor deste novo projecto, Teófilo Braga - activista experiente que recentemente deixou a direcção da Associação Amigos dos Açores - faz questão de salientar que “o CAES vai ser uma associação informal”.
Isto quer dizer que vai funcionar com base no voluntariado dos associados, sem receber qualquer apoio do Estado ou outras empresas, quer sejam públicas ou privadas, e que nunca será reconhecida oficialmente como instituição, porque, segundo Teófilo Braga, “mais importante do que fazer parte de comissões e órgãos consultivos, é influenciar a sociedade, porque só quando as pessoas estiverem bem educadas é que os responsáveis políticos vão agir de maneira diferente”.
Na base do afastamento dos órgãos públicos de decisão está também o desagrado de Teófilo Braga com a forma como decorre a participação das associações ecológicas em comissões, já que “muitas vezes as associações não têm conhecimento prévio dos assuntos a tratar, nem dos documentos a discutir”.
O impulsionador do CAES acredita mesmo que, em todo o mundo, com a colaboração com estas associações, “os Estados, muitas vezes, pretendem apenas legitimar as suas decisões”.
O activista ressalva, no entanto, que a associação vai estar disponível para colaborar com todas as entidades, mas sem compromissos formais.
A acção do CAES aposta mais na mudança da mentalidade de cada um, do que na imposição de medidas e regras pelos poderes políticos e vai muito para além da defesa e conservação do ambiente e da natureza.
“Não vamos roubar espaço às associações existentes, porque temos um conjunto de princípios diferentes, e bem definidos”, garante Teófilo Braga.
A paz, a justiça social, a pobreza, o desarmamento, ou a utilização de energia nuclear, são temas sobre os quais o CAESpretende fazer passar a sua mensagem, sensibilizando a sociedade para os problemas existentes.

Descontentamento

Criticando a forma como o associativismo ambiental tem sido encarado por muitos, nos Açores, Teófilo Braga acusa responsáveis de algumas instituições ambientais de ocuparem lugares de direcção “para benefício próprio ou como trampolim para outros cargos” e lamenta que, embora algumas associações tenham muitos membros, os verdadeiramente activistas e que se dedicam às causas e iniciativas ambientais sejam sempre poucos.
Os governos também não escapam às críticas de Teófilo Braga: “na área ambiental, a actuação dos sucessivos governos, desde há dezenas de anos, tem ficado muito aquém das expectativas”, uma vez que existem problemas que persistem constantemente, como o ordenamento do território e a eutrofização das lagoas, cuja resolução devia estar numa fase mais avançada. ||

Colectivo Açoriano de Ecologia Social

O documento “Que ecologismo?”, que serve de base do CAES, estabelece, em dez pontos, a linhas de actuação e os princípios defendidos pela associação. Acusando o capitalismo de ser responsável pelo actual estado da civilização, o CAES defende o respeito pelos animais, a implementação de medidas para a conservação da biodiversidade e da geodiversidade e a agricultura sustentável, rejeitando os alimentos geneticamente modificados. No que diz respeito à energia, o CAES defende um modelo alternativo, baseado na poupança e eficiência energética e nas energias renováveis, rejeitando categoricamente a utilização da energia nuclear. Associação pacifista, o CAES é a favor do desarmamento dos Estados e quer promover o respeito intercultural. ||


João Cordeiro, Açoriano Oriental, 19 de Outubro de 2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Boas Notícias-Erva Confeiteira vai ser retirada



Hoje, foi-nos comunicado que a Erva Confeiteira que foi plantada pela entidade responsável pelas Portas do Mar vai ser retirada.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um Esclarecimento Que Nada Resolve


(Clique na imagem para a ver em tamanho maior)

1-Em primeiro lugar em 27 anos de luta ecológica não nos recordamos de que alguma vez um departamento governamental tenha reagido com tanta rapidez a uma denûncia;

2-Vir dizer que as plantas invasoras respeitam a Declaração de Impacte Ambiental, datada de 2003, nada adianta. Qauanto a nós apenas nos diz que aquela deixa a desejar;

3- Vir dizer que a perigosidade ambiental é muito diminuta na zona em questão,nada significa. As invasoras nunca são perigosas nos jardins onde são plantadas. Os problemas surgem quando a sua dispersão acontece;

4- O que não é admissivel, neste caso, é o facto de ser um organismo oficial a promover a dispersão de invasoras. E o mais grave é que não é caso único;

5- O que esperávamos era que a Direcção Regional do Ambiente mandasse arrancar a espécie referida´e fizesse o que afirma no final do esclarecimento "colocar-se à
disposição da entidade gestora do empreendimento para a análise quanto à utilização de espécies pertencentes à flora natural dos Açores que, com carácter pedagógico e promocional da nossa flora, podem ser usadas nesses jardins";

6- Voltaremos ao assunto, muito em breve.

TB

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O APARECIMENTO DO TERRA LIVRE- CAES NA COMUNICAÇÃO SOCIAL


( Açoriano Oriental, 14 de Outubro de 2008)

Denúncia de nova associação ecológica açoriana: Entidades oficiais estão a plantar espécies infestantes
A CAES (Colectivo Açoriano de Ecologia Social), com sede nos Açores, denunciou ontem que a introdução de espécies exóticas é um dos principais factores responsáveis pela alteração global da biosfera, provocando alterações profundas nos ecossistemas. Segundo o CAES, uma nova organização de defesa do ambiente de carácter informal, "nos Açores algumas espécies exóticas, e a sua naturalização, têm sido responsáveis pela criação de sérios problemas ecológicos".
No Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora, da responsabilidade da Direcção Regional do Ambiente, a acção B1.10 consiste na erradicação e controlo de Polygonum capitatum (erva confeiteira). Ainda segundo o mesmo plano, esta espécie é "uma invasora com grande capacidade e velocidade de expansão cujo controlo é de difícil implementação devido ao grande poder de propagação quer por via sexuada (semente) quer assexuada (partes vegetativas - estolhos). Quando o P.capitatum se instala forma tapete denso, impossibilitando a ocorrência de outras espécies. Para a sua erradicação a metodologia mais eficaz é o arranque total da planta" – diz um comunicado da nova associação.
Perante esta situação, o CAES afirma não compreender "como é que se permite que uma entidade oficial utilize a espécie mencionada em jardins".
A mesma associação pergunta às entidades oficiais regionais por que não foram utilizadas algumas espécies autóctones ou por que não optaram por um pequeno jardim com carácter pedagógico, como o que está na Zona da Expo 98, com plantas de todas as regiões de Portugal e dos diversos países de expressão portuguesa.
O CAES quer também saber em que ilhas o Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora já foi implementado.
O CAES tem como objectivo "defender a natureza, o ambiente e a paz, contribuir para a construção de um mundo mais limpo, mais justo e pacífico, privilegiando para isso métodos de trabalho e de intervenção não violentos, através das mais diversas actividades culturais, recreativas, sociais ou outras afins, todas elas suportadas pelo voluntariado dos seus membros".
Podem ser associados do CAES todas as pessoas singulares desde que aceitem os princípios da associação constantes do texto "Que Ecologismo?", e que cumpram coerentemente os estatutos e o regulamento interno.
O CAES não aceita quaisquer receitas provenientes do estado ou de empresas públicas ou privadas e as quotas serão fixadas em Assembleia-geral quando a actividade da associação assim o justificar. Até lá todas as despesas deverão ser cobertas por donativos dos associados.
A nova associação considera "fundamental o respeito do homem para com os restantes animais domésticos e selvagens e, por isso, defende como "imprescindível promover uma educação, cultura e legislação que garantam os direitos dos animais. A sociedade não pode aceitar espectáculos onde se torturem animais, como as touradas, etc.".
"Hoje, a nível mundial, assiste-se à crescente extinção de espécies da fauna e flora, o que se traduz numa perda incalculável de património genético e à delapidação de recursos geológicos do planeta. Consideramos imprescindível a tomada de medidas com vista à conservação da biodiversidade e da geodiversidade" – refere o CES, defendendo "uma agricultura sustentável, orientada para a protecção da biodiversidade e do direito dos povos à soberania sobre o seu património genético comum". Sendo assim, considera que "a aposta deverá ser na soberania alimentar e na agricultura biológica. Opomo-nos ao cultivo e uso na alimentação de organismos geneticamente modificados".
Já no caso da energia, defendem um modelo alternativo ao actual, com produção descentralizada e baseado na poupança e eficiência energética e nas energias renováveis.
"Opomo-nos à utilização da energia nuclear, tanto para a produção de electricidade como para a construção de armas, não só pelos riscos envolvidos, mas também por fomentar um modelo de sociedade militarizada e monopolista" - sustenta.
Autor: Lubélia Duarte
Fonte: Correio dos Açores
Data: 14 de Outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

NUCLEAR, NÃO OBRIGADO


Para saber mais clique aqui
Para assinar a petição clique aqui.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Lixeiras de Portugal


Foi criado um Blog com este nome, abaixo transcreve-se um extracto da sua apresentação:

A ideia de criar este blog surgiu de uma memória. Uma memória que remonta ao ano de 2004. Estavamos em Março e decorria o I Congresso de Ciências do Ambiente na Universidade de Évora. Uma das pessoas que tive a oportunidade de ouvir foi o Sr. José Sócrates que participou no evento na qualidade de antigo Ministro do Ambiente. Durante a sua apresentação tive a oportunidade de ouvir coisas como “em Portugal 100% dos resíduos têm um destino adequado”... ou mesmo quando questionei o orador acerca de se as questões ambientais em Portugal poderiam ainda estar ligadas a uma diferença de mentalidade em Portugal face a outros países da Europa apenas obtive como resposta que “ em Portugal a mentalidade é a mesma de outros países da Europa”.

Para continuar a ler clique aqui.

PS- Apela-se para que enviem fotos e localizações de lixeiras ou vazadouros dos Açores

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Veríssimo Borges


Hoje, faleceu, em São Miguel, Veríssimo Borges. Foi membro dos Amigos dos Açores, do SOS-Lagoas e Presidente do Núcleo de São Miguel da Quercus.

O movimento ambientalista dos Açores perdeu uma das suas vozes mais importantes.

Que outros se levantem e não se deixem silenciar pelos poderes instalados.

Teófilo Braga

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Plantação de infestantes pelo Governo Regional dos Açores ou pela Câmara Municipal de Ponta Delgada?


Como é do conhecimento das pessoas mais bem (in)formadas a introdução de espécies exóticas é um dos principais factores responsáveis pela alteração global da biosfera, provocando alterações profundas nos ecossistemas. Nos Açores algumas espécies exóticas e a sua naturalização tem sido responsável pela criação de sérios problemas ecológicos.

De acordo com Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora, da responsabilidade da Direcção Regional do Ambiente, a acção B1.10 consiste na Erradicação e Controlo de Polygonum capitatum (erva confeiteira). Ainda, segundo o mesmo plano a espécie em questão é: “É uma invasora com grande capacidade e velocidade de expansão cujo controlo é de difícil implementação devido ao grande poder de propagação quer por via sexuada (semente) quer assexuada (partes vegetativas - estolhos). Quando o P.capitatum se instala forma tapete denso, impossibilitando a ocorrência de outras espécies. Para a sua erradicação a metodologia mais eficaz é o arranque total da planta.”

Perante o atrás exposto, não se compreende como é que se permite que uma Secretaria Regional ou a Câmara Municipal de Ponta Delgada utilizem a espécie mencionada em jardins.

Já agora, por que não utilizaram algumas espécies autóctones ou por que não optaram por um pequeno jardim com carácter pedagógico, como o que está na Zona da Expo 98, com plantas de todas as regiões de Portugal e dos diversos países de expressão portuguesa?

Gostaria, também, de saber onde (em que ilhas) já foi implementado o Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora?

Teófilo Braga



PS- Já agora outra introduzida é a espécie cujo nome vulgar é, em algumas localidades de São Miguel, morango de água ou de rato (ver fotoabaixo).

domingo, 5 de outubro de 2008

3 associações ecológicas da Macaronésia assinam protocolo de cooperação


A Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal celebrou em Telde, Gran Canaria, no dia 26.09.08, um protocolo de cooperação com o Colectivo Turcón – Ecologistas en Acción e com a Associação Ecológica Amigos dos Açores, com os seguintes objectivos:

Organizar conjuntamente actividades para a divulgação, a conservação, o estudo e a investigação da flora e da fauna presentes na região da Macaronésia;
Estabelecer linhas de colaboração e conhecimentos especializados no domínio do turismo rural, dos passeios a pé, das reservas naturais, do litoral, entre outros;
Promover uma aproximação em matéria de energia e de água, perante a escassez do petróleo, procurando alternativas para os padrões de consumo vigentes e soluções para as alterações climáticas;
Trocar experiências nos campos da educação ambiental, da recuperação da paisagem, da reflorestação e de novas tecnologias de informação aplicadas ao meio ambiente.

Após a assinatura do Protocolo, Raimundo Quintal proferiu uma conferência – “Oásis num Deserto de Montanha – Recuperação da Biodiversidade no Pico do Areeiro – Ilha da Madeira” –, ilustrada com 170 imagens.

Na primeira parte foi feita uma abordagem das diferentes formações vegetais em altitude, com apresentação das espécies mais emblemáticas dos quatro andares fitoclimáticos.

Na segunda parte foram referidas as causas da desertificação das montanhas da cordilheira central da ilha da Madeira e apresentado o trabalho que a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal está realizando desde 2001, com o objectivo de recuperar a biodiversidade do Pico do Areeiro e reduzir os riscos de cheias catastróficas na cidade do Funchal.



Protocolo de colaboração entre a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal (Madeira), Colectivo Turcón – Ecologistas en Acción (Ilhas Canárias) e Amigos dos Açores (Açores).

Macaronésia, 26 de Setembro de 2008.


Reunidos

Por um lado, RAIMUNDO QUINTAL, presidente da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, com sede em Jardins do Monte - 9050-208 , Funchal, Madeira,

Por outro lado, Juan Jiménez Alemán, presidente da associação Turcón – Ecologistas en Acción, com sede em Calle Reyes Católicos, n.º 9 – bajo, cidade de Telde, E – 35200 CEP, Ilha de Gran Canaria.

E por outro lado ainda, D. SERGIO DIOGO CAETANO, presidente da Associação Ecológica Amigos dos Açores, com sede na Avenida da Paz, 14, 9600 – 053 PICO DA PEDRA, na ilha de São Miguel, Açores,


Os intervenientes reconhecem reciprocamente a capacidade para obrigarem as respectivas associações e por elas assinarem o presente protocolo

E declaram

Que é o desejo das três associações ambientalistas estabelecer um protocolo de colaboração para atingir os objectivos visados por cada uma em defesa do meio ambiente e dos valores naturais e culturais da Macaronésia.

Assim, as três partes concordam em assinar este protocolo de colaboração, que se regerá pelas seguintes

Cláusulas

Primeira – O objectivo deste acordo será a colaboração entre a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, a Turcón – Ecologistas en Acción e a Associação Ecológica Amigos dos Açores para alcançar os objectivos que a seguir se determinam:

Organizar conjuntamente actividades para a divulgação, a conservação, o estudo e a investigação da flora e da fauna presentes na região da Macaronésia;
Estabelecer linhas de colaboração e conhecimentos especializados no domínio do turismo rural, dos passeios a pé, das reservas naturais, do litoral, entre outros;
Promover uma aproximação em matéria de energia e de água, perante a escassez do petróleo, procurando alternativas para os padrões de consumo vigentes e soluções para as alterações climáticas;
Trocar experiências nos campos da educação ambiental, da recuperação da paisagem, dos reflorestamentos, e de novas tecnologias de informação aplicadas ao meio ambiente;
Colocar à disposição uns dos outros qualquer outra ferramenta ou ideia que possa contribuir para alcançarem os seus objectivos.

Segunda – Para atingirem os objectivos do presente acordo, os signatários comprometem-se a:

Facilitar uns aos outros toda a informação necessária para o êxito das suas obrigações decorrentes deste protocolo;
Garantir a boa qualidade da gestão desenvolvida, no sentido de se realizarem os compromissos decorrentes deste protocolo.

Terceira – Em todas as acções ou actuações a que se refere este acordo, desde que impliquem divulgação, impressa ou por outro meio, figurarão sempre os logótipos das três partes intervenientes.

Quarta – O presente protocolo entra em vigor a partir da data da sua assinatura e durará até ser eventualmente denunciado por qualquer uma das três partes.


Como prova do seu acordo, as três partes assinam este protocolo, feito em triplicado, ficando um exemplar em poder de cada uma das partes, nas moradas acima indicadas.


Pela Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal

Raimundo Quintal
e-mail: amigosdoparque@gmail.com
web: bisbis.blogspot.com


Pela Associação Turcón – Ecologistas en Acción

Juan Jiménez Alemán
E-mail: turconsenderismo@gmail.com
web: www.turcon.org


Pela Associação Ecológica Amigos dos Açores

Sérgio Diogo Caetano
e-mail: amigosdosacores@gmail.com
web: www.amigosdosacores.pt.vu

Notícia extraída de Bis Bis

NOTA

Faço votos para que este protocolo venha a dar frutos e que seja um exemplo para as associações dos Açores que nunca tiveram capacidade para trabalharem em conjunto, mesmo quando tinham protocolos assinados entre si. Alguns dos dirigentes destas, o que sempre pretenderam foi serem representantes de todas as associações, através da Direcção de uma Federação, que seria uma vergonha já que a grande maioria de associação ambiental apenas tem o nome.

Teófilo Braga

sábado, 4 de outubro de 2008

Na Madeira Plantam-se Tamareiras Doentes e em Locais Impróprios



Caros Amigos / Caríssimas Amigas


Há cerca de 4 anos a Câmara de São Vicente mandou plantar cinco tamareiras (Phoenix dactylifera) de grande porte no espaço em frente aos Paços do Concelho.

Qualquer pessoa com sensibilidade paisagística percebe que aquelas tamareiras, importadas do norte de África via sul de Espanha, são tão apropriadas para aquela vila, como o atum e a espada para a confecção do tradicional caldo da romaria.

Mas se não bastasse a péssima inserção paisagística, as referidas palmeiras devem ter sido plantadas já doentes (sabe-se lá se infectadas pelo perigoso Rhynchophorus ferrugineus). Três já estão mortas, mantendo-se os esqueletos de pé há vários meses.

Depois das muitas festas de Verão, faço votos para que a Câmara de São Vicente aproveite o Outono para remover as três árvores mortas e as restantes duas que estão pouco saudáveis.

Se me permitem, aproveito a oportunidade para sugerir a sua substituição por três tis (Ocotea foetens), árvores indígenas da Madeira que povoavam o vale de São Vicente quando ali chegaram as primeiras pessoas.


E já agora, seria bom que a Secretaria do Ambiente averiguasse as causas da morte das tamareiras da vila de São Vicente e de muitas mais, noutros concelhos da Madeira e no Porto Santo.

Saudações ecológicas,

Raimundo Quintal

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Zonas com água de pior qualidade estão no interior do País e Açores


PATRÍCIA JESUS
Água. Relatório do instituto regulador aponta falhas

Qualidade da água tem vindo a melhorar nos últimos 15 anos

É nos Açores e no interior do País, nas zonas rurais, que a qualidade da água para consumo humano é pior. Segundo o relatório anual do Instituto Regulador de Água e Resíduos (IRAR) relativo a 2007, na região autónoma, 22% das análises feitas no concelho da Calheta (ilha de São Jorge) apresentam valores que não cumprem os parâmetros previstos por lei para o consumo humano. A seguir, estão os municípios de Laje das Flores (17%) e Nordeste (14%).

Leia todo o artigo do Diário de Notícias aqui.