sábado, 26 de setembro de 2009

AJUDE A SALVAR CAGARROS



O cagarro é uma ave oceânica que vem a terra apenas durante a época de reprodução. Este período decorre entre Março e Outubro altura em que as crias já suficientemente desenvolvidas partem com os seus progenitores em direcção ao mar, dispersando-se pelo Oceano Atlântico e regressando apenas no próximo ano.

A sua partida realiza-se de noite e muitas delas são atraídas pelas luzes das nossas vilas e cidades, acabando por cair em terra e sendo-lhes neste caso impossível voltar a levantar voo se não forem ajudadas.

Sendo os Açores uma das zonas mais importantes no que respeita à reprodução dos cagarros é muito importante que um máximo de aves seja salva para que o nível populacional da espécie se mantenha.

Se encontrar durante o dia um cagarro devolva-o ao mar. Se o encontrar à noite recolha-o, de preferência numa caixa fechada (de papelão), não tente alimentá-lo e devolva-o ao mar logo na manhã seguinte.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

HORA DE ACORDAR


Foram poucos, esperava-se alguns mais, mas não é com eles ou estão noutras campanhas...

Um bem-haja a quem compareceu. Aos outros dedicamos-lhes o poema, abaixo, de Mário Henrique Leiria.

JS


A Nêspera


Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver o que acontecia .
chegou a Velha
e disse :
olha uma nêspera !
e zás, comeu-a!
É o que acontece
às nêsperas
que ficam
deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria

Foto: I.R.

sábado, 19 de setembro de 2009

HORA DE ACORDAR




Na próxima segunda-feira realizar-se-ão, em todo o mundo, cerca de 1000 eventos que terão como objectivo exigir aos líderes mundiais um acordo sério para que sejam tomadas medidas para fazer “recuar” o efeito de estufa.

Embora consideremos que nesta questão o que está em causa não são as regras do jogo mas o próprio jogo, é importante a presença de todos nas iniciativas que se vierem a realizar nos Açores.

Todos os interessados em saber mais sobre a iniciativa “Hora de Acordar” poderão consultar o seguinte link: http://www.avaaz.org/po/sept21_hosts/?cl=323320409&v=3972.
Para um melhor esclarecimento sobre o tema, abaixo deixamos um texto do Prof. Delgado Domingues, que retiramos do blogue Bioterra (http://bioterra.blogspot.com/)


Alterações Climáticas: a visão de José J.Delgado Domingos


De acordo com os principais autores do IPCC, não há nada que possamos fazer para reduzir os efeitos das emissões antropogénicas nos próximos 20 ou 30 anos 69 (porque tais efeitos resultarão dos GEE que já se encontram na atmosfera) pelo que o mais urgente é a adaptação às alterações climáticas. Tal não significa descurar a emissão de GEE, mas sim colocar essa redução no contexto das alterações provocadas por um conjunto alargado de actividades humanas que afectam o clima, nomeadamente à escala regional e local, tanto directamente pelas alterações do uso do solo, como indirectamente através dos efeitos no ecossistema. É aí que devem concentrar-se os sempre escassos recursos disponíveis O contrário seria atacar sintomas sem cuidar das causas 70. E as causas são o uso. irracional e desregrado de energia, em particular dos combustíveis fósseis, e um ordenamento do território que ignora princípios básicos da Ecologia, das Ciências Físicas e das Ciências da Saúde. Esta ignorância paga-se com consumos evitáveis de energia e de cuidados médicos. Tornar prioritário o combate às emissões de CO2, invocando catástrofes climáticas sem fundamento científico convincente, é esquecer o contexto mais global. Uma das mais graves consequências deste reducionismo é a promoção de soluções altamente centralizadoras e perversas, de que são exemplo a captura e sequestro do carbono (CCS) 71 e a energia nuclear, qualquer delas defendida em nome das gerações vindouras mas às quais apenas poderia vir a deixar ameaças sob a forma de resíduos 72. Actualmente, nenhuma das bases de dados de referência mostra aumento global da temperatura terrestre desde 1998, ou da camada superior dos oceanos 73. Tal não significa que podemos estar tranquilos, mas sim que é urgente combater as miragens tecnológicas e os desvios perversos que originam, de modo a concentrar esforços e recursos nas tarefas urgentes que a Ciência e a racionalidade económica nos apontam e que são: a) Uma politica energética centrada nos recursos naturais renováveis e na eficiência energética, encarada como estruturante do ordenamento do território e em particular do planeamento urbano 74. b) Uma adaptação à já bem conhecida variabilidade climática, que todos os anos se manifesta sob a forma de cheias e tempestades, provocando mortos e biliões de euros em prejuízos materiais 75. Tendo em conta que (segundo os autores principais do próprio IPCC) não há nada que possamos fazer para reduzir os efeitos das emissões antropogénicas nos próximos 20 ou 30 anos, impõe-se concluir que de nada valerá o custo social e económico desse esforço de redução motivado pelos seus presumidos efeitos a mais de 50 anos de distancia se o mundo que até lá construirmos não for mais justo e habitável à escala global do que hoje o conhecemos. É por isso que se impõe: Dar prioridade aos investimentos que são simultaneamente recomendados pela política energética e pelo combate à degradação do ambiente, e prevenir as consequências da variabilidade climática. Ou seja, enfrentar desde já as certezas sem descurar a eventualidade das incertezas climáticas se virem a manifestar.[Ler todo o artigo, em pdf: http://jddomingos.ist.utl.pt/AlteracoesClimaticas/ALTERACOES-CLIMATICAS-WKS-2008-F-1.pdf]


69 WMO, 2008, Future Climate Change Research and Observations: GCOS, WCRP and IGBP Learning
from the IPCC Fourth Assessment Report, Workshop and Survey Report, GCOS-117, WCRP-127, IGBP
Report No. 58, World Meteorological Organization, (WMO/TD No. 1418), January 2008, Geneva, 68pp ,
p.7
70 Os exemplos mais flagrantes desta atitude são a captura e sequestro do carbono (CCS) e a promoção da
energia nuclear.
71 A queima de carvão é uma das fontes mais importantes de gravíssimas emissões de mercúrio e outros
metais pesados, de poeiras e ainda causadora das chuvas ácidas entre muitos outros efeitos nocivos.
Todavia, o CCS apenas se preocupa com o CO2 ( que não é um poluente), consumindo de 15 a 40% da
energia produzida só para o separar e liquefazer.
72 O CCS (mesmo se fosse solução economicamente viável), exigiria que os biliões de toneladas que
ficariam armazenados nunca se libertassem para a atmosfera nas próximas centenas de anos.
73 Ver Pielke Sr., R.A., 2008: A broader view of the role of humans in the climate system. Physics Today, 61, Vol. 11,54-55., disponivel em http://climatesci.org/ .
74 Tal politica conduzirá, automaticamente, a uma redução decisiva das emissões de CO2 acompanhada de substancial melhoria da qualidade do ar, para além de contribuir significativamente para a criação de emprego qualificado e maior independência energética.
75 Tal adaptação traduz-se, em inúmeros casos, na mera racionalidade de não construir em leitos de cheia, em arribas e zonas instáveis, tanto mais que sabemos da sua enorme vulnerabilidade muito antes de se falar em alterações climáticas.
Quem estiver interessado em conhecer textos pedagógicos e de intervenção pública do Professor José J. Delgado Domingos deverá consultar o seguinte link: http://jddomingos.ist.utl.pt/

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lixeira em Santa Maria


"Mais uma vez, o problema é, Aterro Sanitário de Vila do Porto.

As fotos em anexo foram tiradas hoje, pelas 09h00.

À dois dias a esta parte que estamos com ventos do quadrante Leste, à dois dias a esta parte que não se consegue estar na zona residencial do Aeroporto de Santa Maria.

Quando o vento está do quadrante Sul, as vítimas são os residentes do Lugar de Santana. Quando o vento está do quadrante Oeste, talvez os residentes da Cruz Teixeira, por ali, não sei não moro lá; quando o vento está do quadrante Norte, talvez Flor da Rosa e arredores.

Tenho curiosidade em saber se sou só eu que me queixo deste problema, uma vez que o mesmo afecta a população da ilha em geral.
Tenho curiosidade também em saber se ao respirar estes fumos 24 horas por dia, como vem acontecendo nos últimos dois dias, isto é benéfico para a saúde? Será que estes fumos são cancerígenas?

Já por diversas vezes, expus o problema à Secretaria Regional do Ambiente, mas o problema continua, quem se sentir lesado com este problema, por favor, exponham o mesmo à Secretaria Regional do Ambiente, porque um sozinho não vai lá, mas se forem muitos...

Este é o email da Secretaria Regional do Ambiente info.sram@azores.gov.pt

Por favor, passem aos vossos contactos

Com os melhores cumprimentos"


Vila do Porto, 15 de Setembro de 2009

Recebido por E-Mail (Devidamente identificado)

Fonte da foto e texto: http://compararsantamaria.blogspot.com/2009/09/voz-do-cidadao-i-ha-que-unir-esforcos.html

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mais Depressa se apanha um mentiroso...

Quem publicita o evento?





Resposta da Câmara Municipal de Ponta Delgada

Encarrega-me a senhora Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Dra. Berta Cabral, de informar V. Exas. que esta Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Fenais da Luz não têm qualquer responsabilidade na organização do evento, nem foi emitida licença camarária para o efeito.

Melhores cumprimentos

O Secretariado de Apoio à Presidência

Solicite a proibição do rodeio previsto para os Fenais da Luz a 12 de Setembro

A ANIMAL enviou ontem uma exposição-requerimento à Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e às autoridades veterinárias da Região Autónoma dos Açores, indicando o facto de estar anunciado um “rodeio” para este Sábado, 12 de Setembro, a realizar-se na localidade de Fenais da Luz, concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. Neste ofício, a ANIMAL descreveu os factos que compõem os “rodeios” e quão cruéis estes são para os animais e expôs as razões jurídicas pelas quais defende que a realização de “rodeios” é proibida por lei, como contra-ordenação, em Portugal.

Por favor, reforce este requerimento da ANIMAL, enviando a mensagem abaixo sugerida – ou escrevendo a sua própria mensagem, se preferir – para as autoridades municipais e regionais dos Açores competentes para travarem este “rodeio”. Por favor, envie a mensagem abaixo para: info.sraf@azores.gov.pt; info.drda@azores.gov.pt; hernani.cd.martins@azores.gov.pt; bertacabral@mpdelgada.pt; joseandrade@mpdelgada.pt; Com Conhecimento (Cc) à ANIMAL, para campanhas@animal.org.pt.

Mensagem Sugerida

Exm.º Senhor Secretário Regional da Agricultura e Florestas dos Açores,
Exm.º Senhor Director Regional do Desenvolvimento Agrário dos Açores,
Exm.º Senhor Director da Direcção de Serviços de Veterinária dos Açores,
Exm.ª Senhora Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada,

Excelências,

Soube que a Associação ANIMAL dirigiu, na manhã de ontem, uma exposição-requerimento na qual, além de indicar que um “rodeio” está anunciado para se realizar neste próximo Sábado, 12 de Setembro, em Fenais da Luz, concelho de Ponta Delgada, em São Miguel, expôs também as características destes espectáculos e modo absolutamente cruel como os animais que são usados nestes são tratados, tendo a ANIMAL exposto também as razões jurídicas pelas quais se tem necessariamente que concluir que os “rodeios” são actividades proibidas e puníveis como contra-ordenações em Portugal, em resultado do disposto na legislação vigente de protecção dos animais do nosso país.

Se dúvidas houver quanto à brutalidade de que os “rodeios” se revestem, basta ver o vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=7ZI1z_OxNfw para perceber quão cruéis são estes espectáculos horrendos.

Neste sentido, não só pelo facto dos “rodeios” serem, como resulta evidente, ilícitos, mas também porque acredito que os decisores políticos municipais e regionais dos Açores devem, além de fazer cumprir as leis de protecção dos animais, afirmar a importância de respeitar os animais, nomeadamente não permitindo que actividades que atentam tão seriamente contra a integridade destes se realizem na região, venho juntar-me à ANIMAL para pedir aos organismos que V. Ex.as dirigem que tomem as medidas necessárias e urgentes para impedirem a realização deste evento cruel, que não só colide com as normas vigentes de protecção dos animais, como colide também, e principalmente, com os mais elementares princípios éticos que Portugal e o Estado Português devem inequivocamente afirmar, observar e proteger.

Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.as, e ficando na expectativa de uma resposta, que espero que possa ser positiva,

Com os meus melhores e mais respeitosos cumprimentos,

[Indique o SEU NOME AQUI]
[Indique a SUA CIDADE E PAÍS AQUI]
[Indique o SEU ENDEREÇO DE E-MAIL AQUI]

Fonte: Animal

domingo, 6 de setembro de 2009

Fenais das Trevas



A freguesia dos Fenais da Luz, pertencente ao Concelho de Ponta Delgada, é uma pequena freguesia com cerca de 8 km2 situada na costa norte da ilha de São Miguel.
Tal como outras localidades da ilha de São Miguel, nos Fenais da Luz muito há a fazer a nível de informação, sensibilização e educação ambientais.
Alguns habitantes não respeitam a linda costa que a freguesia possui e dela fazem a sua lixeira.

A Junta de Freguesia que não promove a limpeza da localidade não investe na educação e sensibilização para a alteração de comportamentos.



Pelo contrário, a Junta de Freguesia dos Fenais da Luz aproveita a ocasião das festas religiosas para promover actividades não tradicionais, desrespeitadoras do bem-estar e dos direitos dos animais como é um rodeio que está marcado para o próximo dia 12 de Setembro. Aqueles, que são promovidos como exercícios de coragem e valentia dos homens, não passam de uma exibição manipulada do domínio humano sobre os animais motivada pela ganância e lucro de alguns.



Envie cartas ou faxes de protesto à Junta de Freguesia dos Fenais da Luz:
Endereço: Estrada Regional - Fenais da Luz

Telefone: 296 919 311

Fax: 296 919 311

Faça o mesmo em relação à Câmara Municipal de Ponta Delgada, entidade que concede a licença:

Presidente da Câmara Municipal: bertacabral@mpdelgada.pt
Chefe de Gabinete: joseandrade@mpdelgada.pt

Para saber mais sobre rodeios consulte os links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodeio

http://www.apasfa.org/futuro/rodeios.shtml

sábado, 5 de setembro de 2009

O melhor resíduo é o que não se produz


Leia a notícia sobre uma proposta de gestão de resíduos na Galiza aqui:
http://www.kaosenlared.net/noticia/propostas-para-unha-xestion-preventiva-sostibel-dos-residuos-solidos-u e o relatório aqui.