segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Plantação de infestantes pelo Governo Regional dos Açores ou pela Câmara Municipal de Ponta Delgada?


Como é do conhecimento das pessoas mais bem (in)formadas a introdução de espécies exóticas é um dos principais factores responsáveis pela alteração global da biosfera, provocando alterações profundas nos ecossistemas. Nos Açores algumas espécies exóticas e a sua naturalização tem sido responsável pela criação de sérios problemas ecológicos.

De acordo com Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora, da responsabilidade da Direcção Regional do Ambiente, a acção B1.10 consiste na Erradicação e Controlo de Polygonum capitatum (erva confeiteira). Ainda, segundo o mesmo plano a espécie em questão é: “É uma invasora com grande capacidade e velocidade de expansão cujo controlo é de difícil implementação devido ao grande poder de propagação quer por via sexuada (semente) quer assexuada (partes vegetativas - estolhos). Quando o P.capitatum se instala forma tapete denso, impossibilitando a ocorrência de outras espécies. Para a sua erradicação a metodologia mais eficaz é o arranque total da planta.”

Perante o atrás exposto, não se compreende como é que se permite que uma Secretaria Regional ou a Câmara Municipal de Ponta Delgada utilizem a espécie mencionada em jardins.

Já agora, por que não utilizaram algumas espécies autóctones ou por que não optaram por um pequeno jardim com carácter pedagógico, como o que está na Zona da Expo 98, com plantas de todas as regiões de Portugal e dos diversos países de expressão portuguesa?

Gostaria, também, de saber onde (em que ilhas) já foi implementado o Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora?

Teófilo Braga



PS- Já agora outra introduzida é a espécie cujo nome vulgar é, em algumas localidades de São Miguel, morango de água ou de rato (ver fotoabaixo).