Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
1º De Maio - Por uma Terra Melhor
Hoje, 1º de Maio, passados 124 anos sobre a condenação à morte de 5 trabalhadores por lutarem pela emancipação dos oprimidos, estamos a homenagear todos os que morreram lutando por uma sociedade mais limpa, justa e pacífica.
Se os primeiros ambientalistas tinham como objectivo principal e quase único a preservação da natureza selvagem, o movimento ambientalista actual tem preocupações que vão muito para além da conservação da natureza, já que ninguém pode separa a crise ecológica da crise social.
Hoje, neste Dia do Trabalhador, reafirmamos que para acabar com as crises há que romper com o modelo produtivista/consumista que é o responsável pela pobreza, miséria, desemprego, precariedade laboral, exclusão social, redução dos salários, e degradação do ambiente.
Neste primeiro de Maio de 2010, o CAES- Colectivo Açoriano de Ecologia Social, apela a que os açorianos participem:
- Denunciando situações irregulares, quer directamente junto das entidades oficiais, quer junto das ONGAS existentes;
- Activamente na vida das associações já existentes ou criem outras associações formais ou informais independentes dos poderes económicos ou políticos instalados;
De igual modo, consideramos que deverão ser reivindicações imediatas as seguintes:
- A implementação de medidas conducentes a eliminar o desemprego e, a precariedade, bem como levem à redução dos acidentes e das doenças de trabalho;
- A implementação de uma política de resíduos que considere que o melhor resíduo é o que não se produz, em vez do incentivo ao consumismo e a soluções sem qualquer viabilidade ambiental e económica;
- O fomento de uma educação ambiental que não se limite à divulgação do património natural e que tenha em conta a necessidade de alterar atitudes e comportamentos;
- A gestão parcimoniosa dos recursos naturais, nomeadamente dos não renováveis;
- O incentivo à participação cidadã, em todas as fases dos processos participativos, que não se limite a legitimar as decisões já tomadas;
- A não utilização de dinheiros públicos para a promoção de espectáculos onde haja maus tratos a animais.
Açores, 1 de Maio de 2010
(Texto colectivo)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Nos Açores: Leite e Carne Verdes (?)
Este rótulo anexo corresponde às características das rações fabricadas nos Açores-Terceira, das quais nasce a carne e a paisagem imaculada/natureza virgem.
Não consigo saber a origem da matéria prima transgénica.
Este é das vacas (glúten). O dos porcos e galinhas é milho tb ogm.
Já é bom vir no rótulo.
(recebido por mail)
Lavagem Verde
«Greenwashing», nem mais, ou «lavagem verde» para não cairmos na detestável moda de utilizar palavras e chavões em inglês em todo e qualquer discurso que se pretenda «actual». Actualidade em português não falta a este tema, digo eu, tão diligentes são as mentes que anunciam, todos os dias, produtos, marcas e actividades cada vez mais «verdes.»
Se verdes são os campos primaveris, esta cor que nos transmite esperança surge associada a quase tudo; o leitor, em querendo confirmar o que digo, só terá de compulsar os jornais, perder algum tempo vendo publicidade na TV. O «marketing» virou-se para a ecologia e tudo, mas tudo, vende melhor com esse perfume de clorofila e de ambientalismo comercial. Bancos, cosmética, automóveis, condomínios, lixívias, centrais atómicas, o que seja, não passam sem nos demonstrarem o quanto são amigos do ambiente e amorosos com a Terra. A palavra-chave é quase sempre «sustentabilidade.»
Mas sustenta-se mal face aos factos, muita desta profissional «lavagem verde» --que podemos definir como sendo a prática de empresas e instituições alterarem dissimuladamente os seus produtos e actos de forma a parecerem mais amigas do ambiente.
Há quem diga que este fenómeno, de expressão global, também traz consigo alguma coisa de bom. Pelo menos indica, com o seu manto diáfano de fantasia, alguma preocupação com o ambiente. Nem tudo pode ser mentira, alguma verdade lhe há-de ser misturada, caso contrário seria demasiado evidente. Compreende-se a observação. Só que de facto, em certos casos, não existe mesmo nem sombra de autenticidade nesta venda enganosa de ilusões.
Li outro dia um trabalho de uma organização internacional, os Amigos da Terra, no qual constavam exemplos instrutivos: um anúncio da Shell mostrava flores saindo da chaminé de uma refinaria de petróleo, em vez de fumo negro. Uma grande campanha da indústria do óleo de palma apresentava o seu produto como «solução verde», antes que os consumidores soubessem da devastação que o cultivo do mesmo causou e causa nas florestas tropicais e os conflitos com os agricultores africanos, por exemplo. Uma empresa inundou as televisões de vários países com publicidade ao carvão (imagine-se) como energia limpa ilustrada com anúncios onde surgiam modelos em poses sexy a trabalhar numa mina!!! Risível ou não, quem não vê por cá coisas parecidas?
Lembrei-me logo da campanha omnipresente da EDP sobre as barragens, com imagens de cegonhas-pretas e águias-reais— precisamente espécies que perderão o seu habitat com a construção das barragens! Mesmo quem apoie a solução hidroeléctrica, por outras razões, não pode deixar de aceitar que haverá perda de biodiversidade, pelo que alguma forma perversa e subliminar de controlo das mentes deve ter sido ensaiada. Vale a pena ler o escritor George Orwell e as obras onde denuncia a «novilíngua» com a qual se subverte a linguagem, trocando o sentido das coisas de modo a confundir e a reinar!
Quem defende os consumidores e a verdade no mercado?
Claro que existem etiquetas fiáveis, rótulos de confiança— mas é preciso conhecê-los bem!
E a «lavagem verde» dos poderes políticos, centrais ou locais? Será menos perniciosa? De facto pode ser que seja ainda pior, e as técnicas de «marketing» usadas são igualmente muito sofisticadas ou descaradas. Um número de telejornal e eis que as políticas de betão no urbanismo, e da rodovia nos transportes, ou das «grandes superfícies» no comércio se redimem com quaisquer proclamações de plenas de «sustentabilidade!»
É uma pena, mas nesta coisas, meus amigos, não se pode ser ingénuo!
Bernardino Guimarães
(Crónica publicada no Jornal de Notícias, 27/4/010)
Se verdes são os campos primaveris, esta cor que nos transmite esperança surge associada a quase tudo; o leitor, em querendo confirmar o que digo, só terá de compulsar os jornais, perder algum tempo vendo publicidade na TV. O «marketing» virou-se para a ecologia e tudo, mas tudo, vende melhor com esse perfume de clorofila e de ambientalismo comercial. Bancos, cosmética, automóveis, condomínios, lixívias, centrais atómicas, o que seja, não passam sem nos demonstrarem o quanto são amigos do ambiente e amorosos com a Terra. A palavra-chave é quase sempre «sustentabilidade.»
Mas sustenta-se mal face aos factos, muita desta profissional «lavagem verde» --que podemos definir como sendo a prática de empresas e instituições alterarem dissimuladamente os seus produtos e actos de forma a parecerem mais amigas do ambiente.
Há quem diga que este fenómeno, de expressão global, também traz consigo alguma coisa de bom. Pelo menos indica, com o seu manto diáfano de fantasia, alguma preocupação com o ambiente. Nem tudo pode ser mentira, alguma verdade lhe há-de ser misturada, caso contrário seria demasiado evidente. Compreende-se a observação. Só que de facto, em certos casos, não existe mesmo nem sombra de autenticidade nesta venda enganosa de ilusões.
Li outro dia um trabalho de uma organização internacional, os Amigos da Terra, no qual constavam exemplos instrutivos: um anúncio da Shell mostrava flores saindo da chaminé de uma refinaria de petróleo, em vez de fumo negro. Uma grande campanha da indústria do óleo de palma apresentava o seu produto como «solução verde», antes que os consumidores soubessem da devastação que o cultivo do mesmo causou e causa nas florestas tropicais e os conflitos com os agricultores africanos, por exemplo. Uma empresa inundou as televisões de vários países com publicidade ao carvão (imagine-se) como energia limpa ilustrada com anúncios onde surgiam modelos em poses sexy a trabalhar numa mina!!! Risível ou não, quem não vê por cá coisas parecidas?
Lembrei-me logo da campanha omnipresente da EDP sobre as barragens, com imagens de cegonhas-pretas e águias-reais— precisamente espécies que perderão o seu habitat com a construção das barragens! Mesmo quem apoie a solução hidroeléctrica, por outras razões, não pode deixar de aceitar que haverá perda de biodiversidade, pelo que alguma forma perversa e subliminar de controlo das mentes deve ter sido ensaiada. Vale a pena ler o escritor George Orwell e as obras onde denuncia a «novilíngua» com a qual se subverte a linguagem, trocando o sentido das coisas de modo a confundir e a reinar!
Quem defende os consumidores e a verdade no mercado?
Claro que existem etiquetas fiáveis, rótulos de confiança— mas é preciso conhecê-los bem!
E a «lavagem verde» dos poderes políticos, centrais ou locais? Será menos perniciosa? De facto pode ser que seja ainda pior, e as técnicas de «marketing» usadas são igualmente muito sofisticadas ou descaradas. Um número de telejornal e eis que as políticas de betão no urbanismo, e da rodovia nos transportes, ou das «grandes superfícies» no comércio se redimem com quaisquer proclamações de plenas de «sustentabilidade!»
É uma pena, mas nesta coisas, meus amigos, não se pode ser ingénuo!
Bernardino Guimarães
(Crónica publicada no Jornal de Notícias, 27/4/010)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Chernobyl não está esquecido
Em 26 de abril de 1986 aconteceu o pior acidente nuclear do mundo, na usina nuclear de Chernobyl, perto de Kiev, Ucrânia. A total dimensão desse desastre ainda está sendo calculada, mas especialistas acreditam que milhares de pessoas morreram e cerca de 70 mil sofreram e sofrem das pesadas radiações emitidas.
Milhares de crianças da região de Chernobyl foram e continuam sendo enviadas a Cuba para receber tratamento específico. Além do mais, uma vasta área de terra em torno da usina permanecerá estéril por mais 150 anos. Num raio de 30 quilômetros em torno de Chernobyl moravam quase 150 mil pessoas que tiveram de ser permanentemente realocadas.
A União Soviética construiu a usina nuclear de Chernobyl, com quatro reatores de mil megawatts, na cidade de Pripyat. No momento da explosão era uma das maiores e mais antigas usinas de energia nuclear do planeta. A explosão e o subsequente derretimento de um dos reatores constituiriam num acontecimento catastrófico que afetou centenas de milhares de pessoas. A par disso, o governo da União Soviética manteve seu próprio povo e o restante do mundo totalmente desinformado acerca do acidente durante alguns dias.
Em princípio, o governo soviético somente pediu assessoria para combater o fogo de grafite e reconheceu a morte de duas pessoas. Logo, porém, tornou-se evidente que os soviéticos estavam escondendo um grande acidente, ignorando sua responsabilidade de alertar tanto o seu próprio povo como o das nações vizinhas. Dois dias depois da explosão, as autoridades suecas começaram a detectar altos níveis de radioatividade em sua atmosfera.
O que aconteceu
Anos mais tarde, a história completa foi finalmente revelada. Quando trabalhadores da usina estavam testando o sistema, desativaram os sistemas de segurança de emergência e o sistema de resfriamento, contrariando as normas de funcionamento na preparação dos testes. Mesmo quando os sinais de alerta de perigo em virtude do superaquecimento começaram a aparecer, os trabalhadores continuaram com os testes. Gases de xenônio com seu bonito brilho azul saíram da tubulação e exatamente às 13h23 a primeira explosão atingiu o reator. Um total de três explosões finalmente destroçou a torre de aço de mil toneladas bem acima do reator.
Uma enorme bola de fogo irrompeu ao céu. Labaredas de 30 metros permaneceram ativas por dois dias enquanto todo o reator começou a derreter. Material fortemente radioativo foi lançado ao ar como se fossem fogos de artifício. Embora o combate do fogo fosse naquele momento impossível, os 40 mil habitantes de Pripyat tiveram de esperar até 36 horas após a explosão para serem evacuados. Chuvas potencialmente letais caíram enquanto as chamas perduraram por mais oito dias. Diques foram construídos às margens do rio Pripyat com a finalidade de conter danos de águas contaminadas que afluíssem ao curso d’água e a população de Kiev foi alertada a permanecer em casa até que nuvens radioativas se dissipassem.
Em 9 de maio, trabalhadores começaram a cobrir o reator com uma densa camada de concreto. Mais tarde, Hans Blix da Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que cerca de 200 pessoas foram diretamente expostas e que 31 delas tiveram morte imediata. O esforço de limpeza e a exposição radioativa geral na região mostraram-se ainda mais letais. Alguns relatos estimam que cerca de quatro mil trabalhadores encarregados de limpar e concretar o local morreram de envenenamento por radiação. O número de nascimentos de bebês defeituosos entre a população que habitava o local cresceu assustadoramente. Câncer de tireóide, por exemplo, multiplicou-se por dez na Ucrânia desde o acidente.
Fonte: Diario da Liberdade
domingo, 25 de abril de 2010
POR UMA TERRA LIVRE - TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM
Cantilena
"Cortaram as asas
ao rouxinol
Rouxinol sem asas
não pode voar.
Quebraram-te o bico,
rouxinol!
Rouxinol sem bico
não pode cantar.
Que ao menos a Noite
ninguém, rouxinol!,
ta queira roubar.
Rouxinol sem Noite
não pode viver. "
Sebastião da Gama
Manifesto
O 25 de Abril está Morto!
Está morto porque deixamos os seus sonhos e esperanças por uma sociedade mais LIVRE, MAIS SOLIDÁRIA, MAIS JUSTA E FRATERNA morrerem ao escolher a via do consumo, do imediato e individualismo.
A Liberdade não existe para quem não faz um esforço para se tornar consciente, a liberdade está defunta porque não pagamos o seu verdadeiro preço, porque não nos tornamos vigilantes eternos e a vendemos em troca de entretenimento imediato, a liberdade morreu no momento em que a demos como garantida. Não existe liberdade numa sociedade vigiada só por alguns, apenas existe liberdade numa sociedade vigiada pela própria sociedade.
A Solidariedade é residual porque nos alienamos da realidade local para nos concertarmos nas noticias do distante mundo, não agimos no local e pensamos que podemos valer pelo estrangeiro, uma sociedade em que não conhecemos os vizinhos e os seus problemas, uma sociedade em que competimos com o próximo em vez de construir e interagir com este, não é uma sociedade solidária.
A Fraternidade está morta porque, não agimos, não nos manifestamos, não nos preocupamos com os nossos destinos. Para haver fraternidade tem de existir acção política colectiva, o esforço politico tem de estar na mão de todos e não só de alguns. Não existe fraternidade numa sociedade em que se entregou a política aos partidos, e se vendeu o direito de reivindicar uma sociedade melhor.
A Justiça é cega para os influentes e poderosos e é cruel e ríspida para os desprotegidos. Deixamo-nos viver numa sociedade com dois pesos e duas medidas em que julgamos rapidamente os outros pelo que nos parece e não pelo que é, não nos esforçamos por compreender, mas somos rápidos a julgar. Da justiça nem vale a pena falar, porque já não existe nem no estado nem em nós.
O 25 de Abril está morto, acima de tudo porque perdemos a esperança.
O regime "democrático" em que vivemos tirou-nos aquilo que o Estado Novo nunca conseguiu tirar, a esperança de que um amanhã melhor é possível.
Damos as injustiças como certas e justificamos porque achamos que tudo sempre foi assim e sempre será. Não acreditamos na mudança, nem aceitamos a mudança porque fomos convencidos que a mudança não é possível.
Vivemos numa sociedade apática que esqueceu o passado e não pensa no futuro, apenas se arrasta no presente .
A sociedade é mais desigual que nunca, podemos ter mais consumo, mas vendemos os valores e ideais, somos agora mais pobres de espírito do que nunca antes.
A contra revolução iniciada ao mesmo tempo que o 25 de Abril,está quase consumada e em breve seremos meramente escravos do sistema uma vez mais.
Porque o 25 de Abril não pode ser uma celebração de um dia,
Porque o 25 de Abril tem de ser uma atitude de vida,
Porque o 25 de Abril tem de estar presente em cada um de nós, antes de estar presente em toda a sociedade,
Homenageamos o 25 de Abril enterrando o seu corpo com a dignidade que merece, pois por tudo o que representa merece um funeral digno, e não ficar a feder nas ruas.
Novo 25 de Abril precisa-se, não um 25 de Abril de massas na rua, mas uma revolução interna, uma revolução da consciência e valores, através dos ideais de Abril.
Viva a Liberdade,
Viva a Justiça,
Viva a Solidariedade,
Viva a Fraternidade...
Viva o 25 de Abril!
Não deixe o 25 de Abril morrer....
Que o 25 de Abril se torne uma FENIX, e renasça das cinzas.
GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
http://gaia.org.pt/node/15461
sábado, 24 de abril de 2010
Praia de Santana - Ribeira Grande
sexta-feira, 23 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A PROPÓSITO DO IX ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Vai realizar-se nos próximos dias 22, 23 e 24 de Abril na cidade da Horta o IX EREA-EE (Encontro Regional de Educação Ambiental e Eco-escolas- Preservação e Promoção do Espaço Natural organizado por “encomenda”(1) do Governo Regional pela associação denominada Azórica.
Este encontro, realizado numa altura em que é notório o desinvestimento na educação ambiental, tem, do nosso ponto de vista,dois objectivos ocultos: cumprir um ritual anual, nomeadamente no que às eco-escolas diz respeito, e assinalar uma mudança de paradigma,isto é acabar de vez com o pouco da reflexão que se fazia a propósito
dos objectivos, estratégias e práticas da educação ambiental.
Através da consulta ao programa, verifica-se que está arredada uma reflexão aprofundada sobre o projecto eco-escolas. Com efeito, não basta apresentar um ou outro caso de aparente sucesso, pelo contrário,seria de todo o interesse averiguar a razão ou razões que levam a que aquele projecto não contar com o empenho dos Conselhos Executivos das Escolas, ser implementado quase solitariamente pelos respectivos coordenadores, sobretudo nos graus de ensino mais elevados, não
contribuir em nada para a alteração das práticas dos alunos e muito menos da escola no seu todo, como por exemplo levar à redução dos consumos de água, energia e papel, etc.
Se em relação às esco-escolas o que mais tem interessado à tutela do ambiente, como à da educação que se preocupa em demasia com o sucesso estatístico, é o número de escolas que recebem o galardão, em relação à educação ambiental, tanto nas escolas, como nas ecotecas ou mesmo nas associações ambientalistas podemos dizer que sofre um desvio “biologista”, isto é transformou-se num apoio ao ensino formal da biologia já que os temas mais abordados são a flora e a fauna. Por esta razão, concordamos com Luísa Schmidt, Joaquim Nave e João Guerra quando dizem que a educação ambiental tem sido um suplemento recreativo e infantilizado.
Com a integração das Ecotecas nos Parques Naturais irá intensificar-se a deriva conservacionista, isto é serão abandonadas outras áreas temáticas que, embora timidamente, eram tidas em consideração por algumas delas, como as questões ligadas à saúde, à alimentação, ao consumo/consumismo, à qualidade de vida, etc., ficando-se por uma temática única, a da conservação da natureza.
O declínio da educação ambiental nos Açores deve-se ao desinteresse por parte das entidades oficiais em aprovar e implementar uma estratégia regional, tendo como pilares a nível institucional as secretarias que tutelam a educação e o ambiente, e à incapacidade por parte das ONGA, resultado do défice de cidadania da sociedade açoriana e do seguidismo de alguns dirigentes em relação ao que é ditado pelos
sucessivos detentores da pasta do ambiente, em pelo reivindicar (o ideal seria implementar) uma educação ambiental que de acordo com Pablo Cartea deveria “promover acções com um duplo objectivo: por um lado promover a redução da pressão sobre um ambiente finito na sua capacidade para gerar recursos e para reabsorver impactos e avançar na satisfação universal, justa e equitativa das necessidades humanas”.
(1) Os encontros anteriores foram da responsabilidade da Direcção Regional do Ambiente. Nenhuma ONGA dos Açores tem capacidade,nomeadamente financeira, para por si só implementar um projecto desta natureza.
Pico da Pedra, 22 de Abril de 2010
Teófilo Braga
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Arroz transgénico : Já escreveu ao Ministro da Agricultura?
A todos os que comem arroz,
Pela primeira vez uma empresa (a alemã Bayer) pretende comercializar arroz transgénico na União Europeia. Até aqui as plantas transgénicas estavam praticamente limitadas às rações animais. Mas agora a engenharia genética vai chegar directamente ao nosso prato. Há boas razões para rejeitar - os detalhes estão num folheto disponível em http://stopogm.net/content/folhetoarrozgm. E é preciso agir!
Assim, a Plataforma Transgénicos Fora convida-vos a todos a fazer uma coisa muito simples: escrever ao Ministro da Agricultura e dizer-lhe para votar contra o arroz transgénico LL62 quando em Bruxelas chegar o momento da decisão, e pedir a amigos e familiares para fazerem o mesmo (basta reenviar-lhes esta mensagem).
Os contactos são estes:
Morada: Ministério da Agricultura, Praça do Comércio, 1149-010 LISBOA
Fax: 213 234 604
Email: gabministro@madrp.gov.pt (se mandar um email, por favor envie-nos cópia para info@stopogm.net)
Pode usar o texto abaixo, ou modificá-lo como entender.
E desde já um obrigado em nome de todos os que pretendem continuar a comer arroz sem sobressaltos!
Cumprimentos,
Plataforma Transgénicos Fora
EXEMPLO DE CARTA
----
Exmo Sr Ministro da Agricultura,
Venho por este meio expressar a minha total oposição à aprovação do arroz transgénico LL62 da Bayer e solicitar que vote contra esse arroz em todas as circunstâncias ao seu alcance. Se fosse aprovado, o arroz LL62 seria o primeiro transgénico em circulação na União Europeia dirigido directamente ao consumo humano. Tornar-se-ia parte da alimentação de todos: pessoas saudáveis e doentes, crianças e adultos, grávidas e idosos. Mesmo que no supermercado - se a rotulagem estivesse a ser cumprida! - fosse possível evitar comprar esse arroz, já não haveria nenhuma escolha em cantinas ou restaurantes. E, com o tempo, a contaminação tornaria cada vez mais difícil produzir e manter arroz normal, livre da presença transgénica. O arroz não transgénico tornar-se-ia uma raridade cara, só para as elites que apreciam o gourmet e o pudessem pagar.
Portugal é o terceiro maior produtor de arroz da União Europeia, e os portugueses comem, por ano, mais arroz do que qualquer outro europeu. Se o arroz transgénico da Bayer for aprovado para o mercado europeu, seremos dos mais afectados. É pois a nossa saúde, economia e cultura que estão em causa.
Senhor Ministro: não há ninguém em Portugal a pedir arroz transgénico - nem a indústria, nem os consumidores, nem os agricultores. Qualquer voto português a favor, ou mesmo uma abstenção, representaria uma vénia a interesses que não são os nossos. Para protecção dos consumidores e do arroz cultivado em Portugal apelo a que o governo assuma as suas responsabilidades e afirme publicamente que fará tudo ao seu alcance para evitar este atentado à nossa alimentação e gastronomia.
Com os melhores cumprimentos,
NOME:
BI:
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Por que não se faz um balanço da educação ambiental que tem sido feita nos Açores?
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Proteste contra a utilização de animais na 23ª edição da Semana Académica da Universidade dos Açores
(Envie um mail para: aaua@uac.pt , dscar@uac.pt, presidencia@azores.gov.pt e uma cópia para acoresmelhores@gmail.com)
Exmo. Senhor Presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores
(Com Conhecimento ao Presidente do Governo dos Açores e ao Reitor da Universidade dos Açores)
Foi com alguma surpresa que tomamos conhecimento que a Associação Académica da Universidade dos Açores, com o apoio de dinheiros públicos (Câmara Municipal de Ponta Delgada e Governo Regional dos Açores vai promover uma “garraiada com três vacas bravas e um novilho provenientes da Terceira”
Atendendo a tal actividade nada tem a ver com a cultura do povo micaelense, constituir um desrespeito pela Declaração Universal dos Direitos do Animal que reconhece a necessidade de se respeitar o bem-estar e natureza dos animais não humanos e constituir um mau uso dos dinheiros públicos numa altura em que são conhecidas as dificuldades orçamentais da Universidade dos Açores e tanto os Açores como o resto do território nacional, está a atravessar uma crise económica e social que se traduz no número crescente de desempregados e na dificuldade por que passam as pequenas e médias empresas, vimos manifestar o nosso repúdio pela integração da garraiada na Semana Académica que só pode ser entendida como parte da investida, em São Miguel, por parte de alguns aficionados terceirenses que pretendem popularizar as touradas com o fim único de introduzir nos Açores as touradas picadas e os touros de morte.
Aproveitamos para declarar o nosso compromisso de tudo fazer para denunciar, a nível nacional e internacional, o mau uso dado aos dinheiros públicos para a manutenção de uma indústria decadente que vive do sofrimento dos animais.
Com os melhores cumprimentos
(Nome)
(Localidade para os residentes em Portugal ou País)
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Incineração: solução ou problema?
La incineración de residuos genera dioxinas
La Autoridad Europea de Seguridad Alimentaria (EFSA) acaba de publicar un informe, encargado por la Comisión Europea, con objeto de proteger a los consumidores, que concluye que el 8% de los alimentos y piensos en la Unión Europea exceden los niveles máximos permitidos de dioxinas y de policlorobifenilos (PCB). Para ello se han analizado 7.000 muestras recogidas en 21 Estados miembro entre 1999 y 2008.
Además de las superaciones de los niveles máximos permitidos, se han encontrado niveles menores de dioxinas en muchos alimentos. Si bien estas sustancias no causan problemas inmediatos en la salud, la exposición a largo plazo de personas y animales a las dioxinas y sus derivados puede tener graves consecuencias, incluidos varios tipos de cáncer. Su persistencia y su capacidad de acumulación, principalmente en el hígado y en la grasa, plantea serios problemas ambientales y de salud. Además, son muy volátiles y se pueden encontrar a varios kilómetros del foco de emisión. Estos contaminantes afectan incluso a la calidad de la leche y de los huevos de los animales de los alrededores.
Las dioxinas y compuestos similares, como los PCB, incluyen una amplia gama de sustancias tóxicas que se forman durante la combustión de materia orgánica a determinadas temperaturas, como ocurre por ejemplo en las incineradoras de residuos (o las cementeras que queman residuos) y durante algunos procesos industriales. Además, la incineración genera micropartículas, cenizas y escorias altamente tóxicas, que luego hay que llevar a vertederos de seguridad.
Además de la contaminación que genera, Ecologistas en Acción reitera su rechazo a la incineración de residuos por agravar el cambio climático, destruir valiosos materiales que deberían ser reutilizados, reciclados o compostados, como papel, plásticos y restos orgánicos, y por ser incompatible con la reutilización, el reciclaje y el compostaje.
Es una opción muy cara (la construcción de una incineradora cuesta cientos de millones de euros, por no mencionar su mantenimiento), detrae fondos que podrían destinarse a la reducción, la recuperación y el reciclaje y genera muchos menos puestos de trabajo que los programas de basura cero.
En cuanto a la producción de electricidad por estas instalaciones, numerosos estudios coinciden en que su eficiencia es muy pequeña, las emisiones de CO2 proporcionalmente son más elevadas que las de otras tecnologías de generación eléctrica y el ahorro energético que se podría obtener con medidas de prevención, reutilización y reciclaje es muy superior a la energía que se recupera en una incineradora.
13 de abril de 2010
Fonte: http://www.ecologistasenaccion.org/spip.php?article17196
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
Paralelo
A //PARALELO// é uma publicação interdisciplinar, que pretende dar ênfase à filosofia, activismo e políticas de assuntos relacionados com a libertação animal. Esta publicação pretende ser uma plataforma de encontro e confronto da diversidade no conhecimento e experiência que existe nos vários protagonistas que participam neste movimento bem como uma ferramenta para a reflexão, comunicação, e divulgação.
Já está online o primeiro número da publicação //PARALELO//.
Para ler a revista: http://paralelo.tumblr.com/
A Quercus gosta de Espectáculo
Já não é a primeira vez que a Quercus aproveita os holofotes da Comunicação Social para mostrar que está bem acompanhada, no caso presente pela Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Berta Cabral.
Já agora para quem não se lembra, a anterior foi durante a presidência aberta de Mário Soares. Na altura, nas Sete Cidades, aquele inscreu-se na referida organização.
Bom proveito!
TB
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Sabias que parte dos teus impostos é usada para torturar Animais?
Aqui vai um extracto do Jornal Diário Insular, de 3 de Abril de 2010, que menciona alguns dos valores relativos ao ano de 2009.
“A contratação do toureiro El Juli para a Feira de São João, inserida nas Sanjoaninas 2009, custou 60 mil euros, pagos à empresa “Explotaciones Ganaderas Feligres SL”.
No total, a Feira de São João implicou gastos que se aproximam dos 260 mil euros, conforme revela a publicação dos contratos celebrados pela empresa municipal CulturAngra com várias entidades, publicados base de contratos públicos on-line (http://www.base.gov.pt) ou então no site “http://transparencia-pt.org”.
Os valores constantes nestes sites não correspondem à globalidade do orçamento das Sanjoaninas mas sim aos contratos que legalmente, devido ao seu valor, têm de ser publicados.
Deste modo, a contratação do cavaleiro Vítor Ribeiro custou 30 mil euros e a de Marcos Tenório Bastinhas 25 520 mil euros.
Trazer à Praça de Toiros da Ilha Terceira o matador Pedrito de Portugal custou 25 mil euros. O cavaleiro Manuel Lupi foi contratado por 24 mil euros.
Já o cavaleiro terceirense Tiago Pamplona foi contratado por oito mil euros, o cachet mais baixo.
O aluguer de toiros de lide, objeto de três contratos, totaliza mais de 67 mil euros, sendo o mais avultado o celebrado com Maria Baldaya Câmara Rego Botelho Mendonça Cunha, no valor de 29 776 mil euros.
Os restantes contratos foram assinados com Oldemiro Mendes Toste (18 374 mil euros) e com António Manuel da Rocha Ferreira (19 484 mil euros).
O transporte de 12 cavalos de lide de Lisboa para a Terceira pela “Transinsular” significou o gasto de 17 622, 60 mil.”
terça-feira, 6 de abril de 2010
Ribeira Seca de Vila Franca depois do Limpar Portugal
Todas estas fotos são de ontem, 5 de Abril, e foram tiradas junto ao antigo posto de leite do Sanguinal na Ribeira Seca de Vila Franca do Campo.
Trata-se da prova provada de que muito há a fazer em termos de educação ambiental e cívica.
Para que servem as eco-escolas de Vila Franca do Campo, para que servem as campanhas de sensibilização sobre resíduos?
Quanto a nós não chegam às pessoas e o desinvestimento que tem havido nos últimos tempos só levará ao agravamento da situação.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
Há ambientalistas para todos os gostos
Nos dias 22, 23 e 24 de Abril a AZORICA irá promover o IX Encontro Regional de Educação Ambiental e Eco-Escolas, para Professores, Técnicos de Ambiente e Associações de Defesa do Ambiente.
Como todos sabemos trata-se de uma inicitativa que sempre foi (e é ?) da Secretaria Regional do Ambiente. Aliás, nem a Azórica, nem qualquer outra ONGA dos Açores tem capacidade financeira para organizar um evento daquela natureza.
Neste caso, estamos perante uma prestação de serviços ou um "frete" a prestar por uma associação à Secretaria que tutela a área do ambiente de que a Azórica, ao longo da sua história, é perita.
Da leitura do programa facilmente chegar-se-á à conclusão de que a educação ambiental proposta é insustentável, como já denunciaram, recentemente, alguns sociólogos portugueses.
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