Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
terça-feira, 5 de maio de 2009
O Acesso à Fajã do Araújo e os Disparates de José Carlos Carreiro
Acesso à Fajã do Araújo por concluir
A Câmara Municipal do Nordeste desconhece quando poderá concluir a obra iniciada no final de 2006 para criar uma estrada de acesso à Fajã do Araújo.
A obra foi embargada pela Guarda Nacional Republicana, através dos elementos do SEPNA, no início de 2007, continuando embargada pelo facto de prejudicar os cursos de água.
O presidente da autarquia explicou que o projecto de abertura de acesso na Fajã do Araújo, que permite chegar à Praia do Lombo Gordo, é da responsabilidade da Junta de Freguesia do Nordeste e Câmara Municipal do Nordeste, que já investiram no local 50 mil euros.
A obra avançou por solicitação da Junta de Freguesia do Nordeste, “correspondendo aos anseios da população da freguesia”, explicou o presidente do município.
Apesar da autarquia desconhecer quando poderá concluir a obra, devido ao embargo, José Carlos Carreiro explica que o principal objectivo está concluído “com o caminho aberto e a funcionar com piso em saibro”.
Quando “existirem possibilidades a autarquia estuda hipóteses de fazer drenagens”, adianta.
O presidente do município aponta que os principais benefícios com esta obra estão relacionados com a segurança das pessoas que frequentam a zona, porque existe uma melhoria dos acessos da protecção civil.
“Agora existem condições de acesso ao serviço de ambulância e de outros da Protecção Civil. Depois da abertura deste acesso já tivemos pelo menos um registo de socorro de ambulância na Fajã do Araújo”, refere o presidente da autarquia. E, além disso, sem o caminho a câmara municipal não poderia integrar o Trilho da Grande Rota, explica ainda.
O autarca sublinha por outro lado que o acesso “veio dar outra dinâmica e mobilidade à Fajã, refere a autarquia”, pois “a zona começou a ser mais frequentada pelas pessoas que têm aqui propriedades e também por visitantes e com a possibilidade de transporte facilitada, passou a haver um maior incremento da actividade agrícola das pessoas que têm aqui prédios. A agricultura tem grande tradição na Fajã do Araújo, sobretudo a cultura da vinha e outras”, destacou José Carlos Carreiro.
A melhoria dos acessos também permitiu registar a diminuição dos assaltos a residências situadas na Fajã do Araújo.
O presidente da Câmara Municipal do Nordeste afirma que após a abertura da estrada “registou-se uma diminuição de assaltos graças ao maior movimento de pessoas e de viaturas que o caminho veio permitir. As pessoas que têm ali habitação vão agora com maior frequência aos seus prédios e o próprio turismo tem curiosidade em descer e conhecer a zona litoral, uma das zonas de costa mais bonitas do concelho”, acrescentou o presidente da autarquia. ||
Associações desconhecem Fajã depois da obra
Os ambientalistas Sérgio Caetano, da Associação Amigos dos Açores, e Teófilo Braga, do Colectivo Açoriano de Ecologistas, desconhecem como está a Fajã do Araújo, após o embargo das obras.
Os dois elementos de associações ambientalistas afirmaram que não se deslocaram ao local durante os últimos dois anos, após a obra ter sido embargada pela Guarda Nacional Republicana. Devido ao embargo da obra, a Câmara Municipal do Nordeste não conseguiu concluir o projecto de abertura do caminho da Fajã do Araújo, estando a aguardar instruções da Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos, liderada por José Luís Gaspar. Ainda não existe prazo para a conclusão deste processo. ||
Luís Pedro Silva
Fonte: Açoriano Oriental, 4 de Maio de 2009
Comentário- Nunca vi a obra da Câmara do Nordeste para a Fajã do Araújo, mas perante a da Fajã do Calhau, acho que o Presidente da Cãmara até podia fazer uma para a Lua que estava sempre dentro da "lei".
Quanto às vantagens apontadas, vou ali e já venho: relacionar a obra com a diminuição dos assaltos parece disparate. "Tontice" ou falta de inspiração é afirmar que sem a estrada "a câmara municipal não poderia integrar o Trilho da Grande Rota".
Então. sr. Presidente, esqueceu-se que já havia um trilho entre a Fajã do Araújo e a Pedreira? Quando é que se constrói uma estrada para acrescentar quilómetros a uma suposta grande rota de trilhos pedestres?
Esta grande rota é uma "tolice" de alguns "iluminados" que não sabem o que estão a fazer, mas este assunto fica para outra ocasião.
Teófilo Braga