sábado, 8 de novembro de 2008

Petição contra o teleférico no Rabaçal



Caros Amigos / Caríssimas Amigas

No momento em que vos envio esta mensagem a “Petição contra o teleférico no Rabaçal”, colocada na Internet na noite de 31 de Outubro, já tem registadas mais de 3500 pessoas.

Entre os assinantes da petição constam algumas centenas de Amigos e Amigas a quem enviei um pedido de adesão no dia 1 de Novembro. E sei que muitos reenviaram a mensagem. Numa semana cresceu a indignação perante a absurda ideia de implantar um teleférico no Rabaçal por parte da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste, que já deu provas de quanto é capaz em matéria de ambiente e finanças públicas com a triste Marina do Lugar de Baixo.

Os defensores da Laurissilva, nascidos na Madeira e nos quatro cantos do Mundo, estão a exercer o seu direito de cidadania, opondo-se ao lóbi que teima em destruir a Madeira do mar à serra.

A petição (que será enviada para a União Europeia e para UNESCO) é apenas a primeira etapa dum conjunto de acções já devidamente ponderadas. Vamos, sempre com elevação cívica, demonstrar que a Laurissilva é património da Humanidade e não é propriedade privada do Governo Regional.

O Senhor Secretário Regional do Ambiente ainda não entendeu que o mundo está a mudar. Não percebeu que muitos madeirenses já não têm medo de assumir publicamente as suas convicções. Tenta convencer os madeirenses menos informados que o movimento contra o teleférico no Rabaçal é fictício, que não tem credibilidade.

O comunicado da Secretaria Regional do Ambiente, publicado na edição de hoje do Jornal da Madeira (08.11.08) não consegue beliscar a credibilidade da petição, que com elevada honra subscrevi. Infelizmente, algumas pessoas (sabe-se lá a mando de quem) colocaram na petição e por duas vezes o nome do Senhor Presidente do Governo Regional e possivelmente duma ou doutra pessoa que não está de acordo com os princípios do nosso movimento. A Internet permite-nos participar nesta extraordinária corrente de solidariedade para com o património natural da Madeira, mas não nos possibilita impedir a entrada de pessoas mal intencionadas. No entanto, estou profundamente convicto que a esmagadora maioria das mais de 3500 adesões são de pessoas bem formadas.

A credibilidade dum movimento ecológico, felizmente não necessita do beneplácito do Senhor Secretário do Ambiente e muito menos o apoio do “Jornal da Madeira”, órgão de comunicação que na última quarta-feira (05.11.08) publicou na penúltima página cinco fotografias do Pico do Areeiro coberto de granizo sem ter referido o autor, que por acaso seu eu. São exactamente as mesmas fotos que vos mostrei num mail enviado na segunda-feira (03.11.08) e que estão expostas no sítio da Internet da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal (http://bisbis.blogspot.com) desde o dia 4.

Perante comportamentos deste tipo praticados pelo órgão de comunicação oficial, por favor não voltem a falar de credibilidade.

É tempo de aprender a respeitar quem de forma frontal, mas educada, discorda do discurso e dos projectos governamentais. É tempo de começar a perceber que a Terra não termina na Ponta de São Lourenço e que todos somos poucos para recuperar o bom nome e a imagem da Madeira!

Saudações ecológicas,

Raimundo Quintal