Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Ainda a Mata Santa
O caso da "Santa do Livramento": Populares podem avançar com providência cautelar
05 Novembro 2008 [Regional]
A direcção regional dos Serviços Florestais decidiu autorizar o corte de árvores na “mata da santa”, localizada entre a Canada das Socas e a Canada Nova do Pópulo, sem que a câmara municipal da Lagoa tenha sido ouvida e ao arrepio do Plano Director Municipal.
Apesar da insistência do jornalista do “Correio dos Açores”, o presidente da edilidade, João Ponte, não quis pronunciar-se sobre a atitude dos serviços florestais. Também o vice-presidente da autarquia, Roberto Medeiros, não quis prestar declarações e, perante as questões colocadas, acabaria por dizer, entretanto, que não tinha havido qualquer pedido de parecer à câmara.
Numa primeira fase, João Ponte deu instruções a um dos elementos do seu gabinete para dizer que o presidente “não se iria pronunciar”, que o governo “já se tinha pronunciado e era soberano”.
Perante a questão do jornalista de que o Plano Director Municipal é que é soberano sobre estas questões, o mesmo elemento do “staff” de João Ponte informou, posteriormente, que a câmara iria tornar hoje pública uma nota de Imprensa com a sua posição sobre esta questão.
Além de nesta mata se encontrar o túmulo de uma imagem de santa, esta mata de acácias, incensos e louros é um dos poucos, senão o único, pulmão verde entre os concelhos de Ponta Delgada e Lagoa que onde nidifica o milhafre, o mocho e o pombo torcaz.
Populares das canadas das Socas e Nova do Pópulo estão a desencadear, entretanto, uma acção popular e desenvolver, rapidamente, diligências para dar entrada uma Providência Cautelar no Tribunal Administrativo para que seja suspenso o corte de árvores e se proceda a uma investigação judicial.
“Vamos começar a envolver os tribunais nestas decisões arbitrárias do poder regional”, justifica um dos populares.
Fonte: Correio dos Açores