sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Energia- O Cerne da Questão


Da autoria de António Regedor, abaixo transcreve-se extracto de mail recebido:

Hoje há um um modelo de produção energética concentrada e o que se deve reivindicar é a produção descentrada. A democratização da produção. a liberdade de todos poderem produzir a energia de que necessitam. E isso é tecnicamente possível. Para além do solar térmico e do fotovoltaico já há microeólicas. É necessário incluir nos novos direitos sociais o direito da produção e comercialização de energia. Tal como há o direito de circulação,ou de expressão ou de reunião.
O modelo de rede que é de controlo único tem também que se democratizar e passar a ser descentrado. Passar a ser uma rede de redes. Redes de incidência local que se interligam a outras e assim formam outras redes regionais e estas a redes mais largas. Dessa forma nunca há colapso, nem imposição única.

Sabemos que este paradigma energético esgotou. Então pensemos coerentemente em mudar o paradigma e deixemo-nos de procurar remendos neste.

Não se vai a lado nenhum contestando alqueva porque é grande de mais, a construção de mais barragens porque são muitas, até se chega ao ponto de contestar as mini-hidricas.

Enquanto andarmos a perder tempo com isto, a produção continua a ser concentrada e na mão de meia dúzia de multinacionais, a rede continua a ser única e o modelo continua a ser totalitário.

Apostemos sim em gastar a nossa energia intelectual na mudança de paradigma.