Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
domingo, 30 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Lagoa de Fogo, Desrespeito pela Área Protegida!
Várias pessoas têm falado acerca de um corte de uma mata de critpoméria na Lagoa do Fogo, normalmente contestando a autorização dada pela Direcção Regional dos Recursos Florestais.
Não sendo, por princípio, contra o abate de matas de produção, só consideramos aceitável que, naquele local sensível, a autorização ocorra com a condição de na reflorestação serem exclusivamente utilizadas espécies nativas e endémicas. Parece que tal aconteceu, como se poderá deprender de declarações neste sentido proferidas pelo eng. José Mendes, Director Regional dos Recursos Florestais, em Agosto, na TVNET.
Recentemente, tomámos conhecimento de que nas áreas já cortadas estão a ser replantadas criptómérias. Afinal, quem não está a cumprir?
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Liga dos Amigos da Lagoa do Fogo põe mãos à obra
Sem autorização do Governo Regional para proceder à remoção de plantas invasoras na Lagoa do Fogo,movimento cívico mantém visita de amanhã à Reserva Natural, a fim de documentar a situação existente
O recém-formado movimento cívico “Liga dos Amigos da Lagoa do Fogo” inicia amanhã as suas actividades com uma visita à Reserva Natural, sem que tenha obtido da Direcção Regional do Ambiente autorização para cumprir o objectivo a que se tinha proposto inicialmente. A Liga pretendia desenvolver uma acção simbólica de remoção de espécies exóticas invasoras nas margens da Lagoa do Fogo mas até ao dia de ontem não tinha recebido qualquer resposta do Governo Regional. O primeiro pedido foi endereçado há um mês, por e-mail, e ainda na semana passada repetiu o pedido, desta vez por fax. Mas por parte da tutela nem uma palavra.
Deste modo, uma vez que a Liga dos Amigos da Lagoa do Fogo se recusa a agir à revelia da Direcção Regional do Ambiente, não vai proceder à remoção de plantas invasoras mas vai manter a visita ao local, a fim de documentar a situação existente e promover junto dos participantes um melhor conhecimento acerca da flora nativa e invasora. A primeira acção, realizada um dia antes do “Dia da Floresta Autóctone”, terá início pelas 10h00 no miradouro que dá acesso ao trilho para a Lagoa do Fogo. Até ontem estavam inscritos cerca de vinte participantes. Como explicou Luís Silva, porta-voz da Liga, os interessados poderão participar, ainda que não estejam inscritos. O objectivo da iniciativa é alertar a população de São Miguel para a necessidade de tomar medidas concretas de preservação da Reserva Natural, uma vez que, tal como denunciou a Liga, está a aumentar o número de invasoras na Lagoa do Fogo.||
paula gouveia (Açoriano Oriental, 21 de Setembro de 2008)
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Primeira Acção da Liga de Amigos da Lagoa do Fogo
A invasão por plantas exóticas é um problema que tende a agravar-se na Reserva Natural da Lagoa do Fogo.
O movimento cívico “Liga dos Amigos da Lagoa do Fogo”, cujo objectivo fundamental é a recuperação e preservação daquele património natural da Ilha de São Miguel, iniciará as suas actividades com uma acção simbólica de remoção de espécies exóticas invasoras.
Esta primeira acção será realizada no dia 22 de Novembro, sábado, antecedendo o “Dia da Floresta Autóctone”, com início pelas 10h00m, no miradouro que dá acesso ao trilho para a Lagoa do Fogo. A acção constará da remoção manual de algumas plantas invasoras ainda não muito abundantes no local como o verdenaz, e de outras exóticas como a nespereira e o araçazeiro.
A Liga aguarda autorização da autoridade ambiental para a realização da acção. Caso não seja obtida a referida autorização, a Liga manterá a visita à Reserva Natural no dia 22 de Novembro, com os objectivos de documentar a situação existente e de promover um melhor conhecimento acerca da flora nativa e invasora.
Pretende-se com esta acção alertar a população da Ilha de São Miguel para a necessidade de tomar medidas concretas de preservação da Reserva Natural, e divulgar a existência deste movimento cívico que seguirá uma estratégia geral inclusiva, aberto a qualquer entidade ou cidadão com vontade de participar.
Ponta Delgada, 18 de Novembro de 2008
(texto extraído daqui)
domingo, 16 de novembro de 2008
Terra Livre/Caes no contexto do Associativismo Ambiental nos Açores
Nos Açores, o movimento ambientalista está a passar por uma fase de menor combatividade. Com efeito, embora nunca tenha sido um movimento forte, nos últimos anos, devido à contínua perda de capacidade de mobilização dos cidadãos e das cidadãs e ao desgaste dos membros dos órgãos dirigentes das principais associações, o seu peso, quer em termos de capacidade de sensibilização/educação, quer em termos de protesto ambiental é muito reduzido.
Fazendo uma breve análise, ainda que superficial, à actividade, nos últimos anos, das principais associações, como os Amigos dos Açores, os Montanheiros, a Azórica e Gê-Questa e a Quercus- São Miguel, verifica-se o seguinte:
1- A Quercus- São Miguel esteve quase sempre dependente da disponibilidade do seu principal dirigente que faleceu recentemente.
2- A Azórica que mantém a mesma liderança há longos anos, tem uma actividade bastante reduzida, muito longe dos primeiros tempos áureos.
3- A Gê- Questa, a associação onde tem havido maior renovação dos seus principais dirigentes, depois de uma fase inicial mediática, tem, hoje, uma actividade irregular.
4- Os Montanheiros, associação onde não tem havido renovação dos principais dirigentes, tem maioritariamente a sua actividade centrada no desporto de ar livre e na gestão turística de cavidades vulcânicas.
5- A associação Amigos dos Açores, cujos órgãos sociais foram recentemente renovados, tem tido uma actividade relevante, não só em termos de sensibilização/formação, mas também de denúncia de atentados ambientais. A continuar assim, diríamos mesmo que está mais activa do que nos últimos anos.
A institucionalização das ONGAS, levou a que algumas delas tenham assumido papéis que deveriam caber à administração pública, como a gestão financeira de projectos da iniciativa do governo.
É neste contexto, que surge o Blog Terra Livre cuja finalidade é promover a criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
(Texto colectivo)
sábado, 15 de novembro de 2008
Mudam-se os secretários, para quê?
(imagem extraída daqui)
Alguns telefonemas e muitas mensagens tenho recebido relacionadas com a saída de Ana Paula Marques da pasta do ambiente e nalguns casos a pedir para que dê a minha opinião sobre o novo secretário.
Como é habitual, acho que não devo dar opinião sobre pessoas, mas sim sobre políticas. Mas, abro uma pequena excepção para dizer o seguinte: se os problemas ambientais fossem problemas técnicos e científicos, Álamo Menezes, seria um dos possíveis "homens" certos. Como as questões ambientais são questões sociais e de modelo de sociedade, nada será feito muito diferente do que tem sido feito até aqui.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Energia- O Cerne da Questão
Da autoria de António Regedor, abaixo transcreve-se extracto de mail recebido:
Hoje há um um modelo de produção energética concentrada e o que se deve reivindicar é a produção descentrada. A democratização da produção. a liberdade de todos poderem produzir a energia de que necessitam. E isso é tecnicamente possível. Para além do solar térmico e do fotovoltaico já há microeólicas. É necessário incluir nos novos direitos sociais o direito da produção e comercialização de energia. Tal como há o direito de circulação,ou de expressão ou de reunião.
O modelo de rede que é de controlo único tem também que se democratizar e passar a ser descentrado. Passar a ser uma rede de redes. Redes de incidência local que se interligam a outras e assim formam outras redes regionais e estas a redes mais largas. Dessa forma nunca há colapso, nem imposição única.
Sabemos que este paradigma energético esgotou. Então pensemos coerentemente em mudar o paradigma e deixemo-nos de procurar remendos neste.
Não se vai a lado nenhum contestando alqueva porque é grande de mais, a construção de mais barragens porque são muitas, até se chega ao ponto de contestar as mini-hidricas.
Enquanto andarmos a perder tempo com isto, a produção continua a ser concentrada e na mão de meia dúzia de multinacionais, a rede continua a ser única e o modelo continua a ser totalitário.
Apostemos sim em gastar a nossa energia intelectual na mudança de paradigma.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
SOS cagarro ou o Nervosismo de alguns funcionários da SRAM
Deixamos aqui os comentários ao video
- 1º (Funcionário da Sram)- Quem ouvir o senhor Diogo Caetano falar pensa que foram os amigos dos açores que deram inicio à campanha SOS Cagarro. Falso!!!!
Esta campanha tem mais de 10 anos e pouco deve a essa associação.
- 2º (Voluntário)- Não foi, de facto, mas ao longo desses 10 anos que diz que tem, só este ano é que vi uma campanha com uma boa divulgação e merecida graças a quem? Acho que não necessito responder.
O mais intrigante é quererem ficar com louros que para a "AA" pouco importa, preocupem-se mais em contribuir para um bom ambiente e não com politiquices que não leva a lado nenhum.
- 3º (ex-presidente dos AA)- Estão os dois enganados. Como já não está entre nós o Doutor Luis Monteiro, estou eu para confirmar que isto começou, em 1992, com um projecto Life liderado pelo Dop e que tinha como parceiros os Amigos dos Açores, a DRA e a RSPB. Se o senhor NL quiser posso passar pelo seu serviço e provar o que digo. Tem razão o djsousa ao afirmar que o que interessa é fazer algo para a espécie e pelo ambiente nos Açores, o resto são tretas.
Enquanto presidi aos AA esta associação nunca reinvidicou nada, todas as conquistas foram para o Ambiente e para os Açores e os açorianos, espero que a nova direcção faça o mesmo.
Parece que nos serviços do governo há quem deteste voluntários.
Ainda petição contra a construção do teleférico no Rabaçal
Caros Amigos / Caríssimas Amigas
O Amigo Virgilio Silva criou uma galeria dedicada ao Rabaçal no Flickr, comunidade que agrega milhares de fotógrafos de todo o mundo e carrega 3 a 4 milhões de fotos por dia. Muitas delas sobre a Madeira.
A galeria está domiciliada em http://www.flickr.com/groups/madeirastop
Visite a galeria e se tem fotos sobre o Rabaçal participe neste grande movimento.
Vamos mostrar a todo o Mundo os encantadores recantos do Rabaçal, Risco e 25 Fontes.
A petição contra a construção do teleférico no Rabaçal já atingiu 4500 participantes.
Não vamos permitir a destruição de mais uma importante parcela da Laurissilva da Madeira!
Agradeço a divulgação desta mensagem.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
Uma queixa enigmática!
Por falta de tempo, não vou comentar as afirmações proferidas pela Directora da Ecoteca da Lagoa, apenas gostaria de dizer que é sempre importante concretizar o que dizemos. Assim, seria de bom tom ter apresentado o nome das associações que não deram a colaboração pretendida?
Até à pouco tempo presidi a uma delas e que eu saiba nunca nos chegou qualquer pedido.
Teófilo Braga
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Mais uma vez a Mata Santa
Padre Duarte Melo defende atitude diferente: Serviços florestais deviam ter ponderado melhor a decisão
11 Novembro 2008 [Regional]
Duarte Melo, além de padre, é director do Museu Carlos Machado. É um dos micaelenses mais bem credenciados para falar sobre o abate de metade da mata da santa. E, pelo que afirma, a atitude dos Serviços Florestais pode ser diferente.
Para ler o resto da notícia do Correio dos Açores clique aqui.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Andar a Pé, de David Henry Thoreau
“Enquanto quase todos os homens sentem uma atração irresistível que os arrasta para a sociedade, poucos são atraídos fortemente para a natureza. Em suas relações com a natureza, os homens parecem-me, em sua maior parte, e em que pese sua arte, inferiores aos animais. Nem sempre se estabelece uma bela relação, como no caso dos animais. Como, entre nós, se aprecia pouco a beleza do panorama! É preciso que nos digam que os Gregos chamavam o mundo Beleza ou Ordem, mas não percebemos claramente por que assim faziam e consideramos o fato, quando muito, apenas como curiosidade filológica.”
Leia a obra completa aqui e verá que andar a pé para Thoreau nada tem ver com o que se faz por aí: andar como cabras loucas a correr para chegar ao fim o mais cedo possível ou andar em rebanhos à procura de troféus, sejam eles quais forem.
sábado, 8 de novembro de 2008
Petição contra o teleférico no Rabaçal
Caros Amigos / Caríssimas Amigas
No momento em que vos envio esta mensagem a “Petição contra o teleférico no Rabaçal”, colocada na Internet na noite de 31 de Outubro, já tem registadas mais de 3500 pessoas.
Entre os assinantes da petição constam algumas centenas de Amigos e Amigas a quem enviei um pedido de adesão no dia 1 de Novembro. E sei que muitos reenviaram a mensagem. Numa semana cresceu a indignação perante a absurda ideia de implantar um teleférico no Rabaçal por parte da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste, que já deu provas de quanto é capaz em matéria de ambiente e finanças públicas com a triste Marina do Lugar de Baixo.
Os defensores da Laurissilva, nascidos na Madeira e nos quatro cantos do Mundo, estão a exercer o seu direito de cidadania, opondo-se ao lóbi que teima em destruir a Madeira do mar à serra.
A petição (que será enviada para a União Europeia e para UNESCO) é apenas a primeira etapa dum conjunto de acções já devidamente ponderadas. Vamos, sempre com elevação cívica, demonstrar que a Laurissilva é património da Humanidade e não é propriedade privada do Governo Regional.
O Senhor Secretário Regional do Ambiente ainda não entendeu que o mundo está a mudar. Não percebeu que muitos madeirenses já não têm medo de assumir publicamente as suas convicções. Tenta convencer os madeirenses menos informados que o movimento contra o teleférico no Rabaçal é fictício, que não tem credibilidade.
O comunicado da Secretaria Regional do Ambiente, publicado na edição de hoje do Jornal da Madeira (08.11.08) não consegue beliscar a credibilidade da petição, que com elevada honra subscrevi. Infelizmente, algumas pessoas (sabe-se lá a mando de quem) colocaram na petição e por duas vezes o nome do Senhor Presidente do Governo Regional e possivelmente duma ou doutra pessoa que não está de acordo com os princípios do nosso movimento. A Internet permite-nos participar nesta extraordinária corrente de solidariedade para com o património natural da Madeira, mas não nos possibilita impedir a entrada de pessoas mal intencionadas. No entanto, estou profundamente convicto que a esmagadora maioria das mais de 3500 adesões são de pessoas bem formadas.
A credibilidade dum movimento ecológico, felizmente não necessita do beneplácito do Senhor Secretário do Ambiente e muito menos o apoio do “Jornal da Madeira”, órgão de comunicação que na última quarta-feira (05.11.08) publicou na penúltima página cinco fotografias do Pico do Areeiro coberto de granizo sem ter referido o autor, que por acaso seu eu. São exactamente as mesmas fotos que vos mostrei num mail enviado na segunda-feira (03.11.08) e que estão expostas no sítio da Internet da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal (http://bisbis.blogspot.com) desde o dia 4.
Perante comportamentos deste tipo praticados pelo órgão de comunicação oficial, por favor não voltem a falar de credibilidade.
É tempo de aprender a respeitar quem de forma frontal, mas educada, discorda do discurso e dos projectos governamentais. É tempo de começar a perceber que a Terra não termina na Ponta de São Lourenço e que todos somos poucos para recuperar o bom nome e a imagem da Madeira!
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A ESCOLA E O CAGARRO VERSUS SOS-CAGARRO
Atavés da página web dos Amigos dos Açores fica-se a saber que a campanha SOS-cagarro foi criada em 1995 pelo Doutor Luís Monteiro, no âmbito do projecto LIFE “Conservação das comunidades de aves marinhas dos Açores”.
O que a maioria das pessoas não sabe é que esta campanha surgiu no seguimento de outras duas, também iniciativa do Doutor Luis Monteiro, que contaram com a colaboração activa dos Amigos dos Açores.
Assim, em Março de 1993 foi lançada a campanha "Um espaço para os garajaus" e em Novembro do mesmo ano a campanha "A Escola e o Cagarro", no âmbito da qual foi aplicado um inquérito, sobre a espécie, destinado a alunos das escolas, nomeadamente do 1º e 2º ciclos do ensino básico e distribuidos 10 mil folhetos.
Para saber mais consulte o blog Memória Ecológica
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Ainda a Mata Santa
O caso da "Santa do Livramento": Populares podem avançar com providência cautelar
05 Novembro 2008 [Regional]
A direcção regional dos Serviços Florestais decidiu autorizar o corte de árvores na “mata da santa”, localizada entre a Canada das Socas e a Canada Nova do Pópulo, sem que a câmara municipal da Lagoa tenha sido ouvida e ao arrepio do Plano Director Municipal.
Apesar da insistência do jornalista do “Correio dos Açores”, o presidente da edilidade, João Ponte, não quis pronunciar-se sobre a atitude dos serviços florestais. Também o vice-presidente da autarquia, Roberto Medeiros, não quis prestar declarações e, perante as questões colocadas, acabaria por dizer, entretanto, que não tinha havido qualquer pedido de parecer à câmara.
Numa primeira fase, João Ponte deu instruções a um dos elementos do seu gabinete para dizer que o presidente “não se iria pronunciar”, que o governo “já se tinha pronunciado e era soberano”.
Perante a questão do jornalista de que o Plano Director Municipal é que é soberano sobre estas questões, o mesmo elemento do “staff” de João Ponte informou, posteriormente, que a câmara iria tornar hoje pública uma nota de Imprensa com a sua posição sobre esta questão.
Além de nesta mata se encontrar o túmulo de uma imagem de santa, esta mata de acácias, incensos e louros é um dos poucos, senão o único, pulmão verde entre os concelhos de Ponta Delgada e Lagoa que onde nidifica o milhafre, o mocho e o pombo torcaz.
Populares das canadas das Socas e Nova do Pópulo estão a desencadear, entretanto, uma acção popular e desenvolver, rapidamente, diligências para dar entrada uma Providência Cautelar no Tribunal Administrativo para que seja suspenso o corte de árvores e se proceda a uma investigação judicial.
“Vamos começar a envolver os tribunais nestas decisões arbitrárias do poder regional”, justifica um dos populares.
Fonte: Correio dos Açores
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Governo planta espécie invasora
NOVA DENÚNCIA DO “TERRA LIVRE” ASSINADA POR TEÓFILO BRAGA : Governo planta espécie invasora
04 Novembro 2008 [Regional]
O ecologista açoriano Teófilo Braga assinada um artigo no boletim “Terra Livre Açores” onde realça que o Penacho, considerado “uma espécie invasora em várias zonas do mundo, (…) é plantado ao longo das estradas da ilha de São Miguel pelos serviços da Secretaria Regional da Habitação e Obras Públicas”.
O blogue de Teófilo Braga, http//terralivreaçores.blogspot.com, pugna pela criação de um colectivo açoriano de ecologia social.
O Penacho (Cordaderia selloana), erva vivaz de grande porte e grandes plumas branco-prateadas, é uma espécie oriunda da parte Sul da América, Chile e Argentina.
De harmonia com o ecologista, a proliferação de Penachos ao longo das estradas micaelenses “é o melhor modo de facilitar a dispersão, ao longo dos corredores”
“Tal como já ocorreu no passado, virão uns senhores sabichões com as suas manobras de diversão dizer que tudo está controlado (…) e que erramos ao não falar noutras espécies, e que há outros problemas ambientais mais graves…”, refere Teófilo Braga.
Entretanto, lê-se no boletim “Terra Livre”, a denúncia de plantação de espécies invasoras nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, “foi um autêntico ovo de Colombo”.
“Toda a gente sabia que aquelas plantas ali estavam, mas ninguém tomava a iniciativa de agir, esperando-se que a prometida remoção se faça em breve”, desejo dos ecologistas.
Fonte: Correio dos Açores
Mata Santa, O que se Passa?
Mata da Santa transformada em pastagem
04 Novembro 2008 [Regional]
A direcção regional dos Serviços Florestais confirmou ontem ao “Correio dos Açores” que autorizou a transformação da conhecida “mata da santa” em pastagem, decisão que está a gerar fortes protestos de moradores, ecologistas e ambientalistas.
Na direcção regional do Ambiente, foi ainda ontem à tarde comunicado pessoalmente a moradores que o Plano Director Municipal (posto em causa por esta decisão dos Serviços Florestais) é soberano e a proprietária tem dois anos para reflorestar a zona.
Os responsáveis pelo Ambiente que falaram com os moradores disseram que, à partida, não podiam agir neste caso, mas que a câmara deve fazer cumprir o Plano Director Municipal.
Objectivamente, a proprietária da “mata da santa” foi autorizada a abater 50 mil metros quadrados (38 alqueires) de árvores numa zona florestal (principalmente acácias e incensos), transformando toda a área numa pastagem.
O túmulo onde se encontra a imagem de uma santa, venerada por muitos populares que lá depositam flores, ficará no meio de uma pastagem em vez de, como historicamente sempre aconteceu, numa mata.
Esta decisão dos Serviços Florestais não respeita o Plano Director Municipal da Lagoa quando classifica a zona como um espaço silvo-pastoril onde está interdita “a destruição da camada arável do solo e do relevo natural bem como do coberto vegetal quando altera o valor estético da paisagem ou contribua para acelerar o processo erosivo dos solos”.
É objectivamente interdito “o corte raro de árvores, salto se estiver abrangido em projecto de reflorestação aprovado por entidade competente”, o que não é o caso.
Está também interdita a deposição no local de materiais sobrantes, ou de sucata, mesmo que temporariamente. E o facto é que, recentemente, camiões transportaram para a zona materiais sobrantes de um aterro feito no Livramento de um espaço destinado à habitação.
Contactada por populares, da câmara municipal da Lagoa foi comunicado que nada poderia fazer perante a decisão da direcção regional dos Serviços Florestais.
Rolando Cabral foi muito claro nas declarações ao ‘Correio dos Açores’. “Os serviços florestais analisaram o pedido de transformação de um terreno em pastagem. Tecnicamente, não viram inviabilidade”.
O director dos Serviços Florestais minimizou a relevância da mata. Trata-se, como disse, de “vegetação dispersa e instantânea”.
Pretendeu sublinhar que os Serviços Florestais “têm a preocupação de não aumentar a área de pastagem, salvo casos pontuais em que, tecnicamente, são justificáveis, que é o caso em apreço”, diz Rolando Cabral.
O facto é que a conhecida “mata da santa”, entre as canadas das Socas e Nova do Pópulo, está, na realidade, a ser devastada mediante autorização governamental.
A nota de reportagem do “Correio dos Açores” a chamar a atenção para o culto de uma imagem de santa no meio de uma mata, no Livramento, despertou a curiosidade de muitos micaelenses e estrangeiros que acorreram à mata para verem com os próprios olhos o que o jornalista descreveu.
Um grupo de moradores interessou-se particularmente por denunciar o avanço de máquinas na mata transformando o arvoredo em pastagem e protestou junto da câmara municipal da Lagoa e direcção regional dos Serviços Florestais.
A mata está enquadrada num trilho turístico de cavalos, por onde circulam europeus nórdicos e fica localizada numa zona de moradias e potencialmente turística.
Autor: João Paz
(Extraído do jornal Correio dos Açores)
domingo, 2 de novembro de 2008
Em Defesa da Macaronésia- Em Defesa da Laurissilva
Caro Amigo / Caríssima Amiga
Acabou de ser lançada uma petição online contra a construção do teleférico projectado para a ligação do Paul da Serra ao Rabaçal.
Se discorda desta obra, assine e divulgue a petição.
O endereço é http://www.petitiononline.com/247132/petition.html
A Laurissilva da Madeira não é propriedade privada do Governo Regional. A Laurissilva é património da Humanidade!
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
BRIÓFITOS RAROS DOS AÇORES
Da autoria de Nídia Homem e Rosalina Gabriel foi editado no passado mês de Setembro o livro "Briófitos Raros dos Açores".
Para as autoras a publicação tem como objectivo principal "contribuir para aumentar o interesse por estas plantas, encorajar a sua observação e o seu estudo e partilhar a beleza microscópica e frágil que eles possuem com todos quantos se interessam pela natureza".
Estão de parabéns as autoras, bem como todos os investigadores universitários que se preocuapm com a importante, mas por vezes menosprezada, tarefa de fazer chegar os conhecimentos ciêntíficos aos não especialistas.
sábado, 1 de novembro de 2008
A Morte da Terra pela Economia
A economia está a matar a Terra: afinal, eles (os economistas e os políticos) são irresponsáveis e loucos obsessivos ( segundo a New Scientist)
Se foi preciso apenas alguns dias para que os governos da Grã-Bretanha e dos EUA abandonassem décadas de doutrinas económicas liberais ortodoxas (a favor do mercado e da não-intervenção do Estado), para tentar salvar o sistema financeiro capitalista de um colapso, por que se há-de demorar mais tempo para se introduzir um plano para parar o colapso do planeta provocado por uma gestão e política irresponsável que poderiamos apelidar por obsessão pelo crescimento?
Em plena crise global com os governos e os mercados financeiros preocupados com uma possível recessão mundial, a revista científica britânica New Scientist dedica a capa da sua última edição à obsessão e irresponsabilidade demonstrada pelos políticos e economistas em continuarem apostados no crescimento económico quando tal se torna comprovadamente impossível pelo um cenário de recursos finitos o que tem como efeito que a procura obsessiva por mais crescimento económico está a matar o planeta.
Por via de série de entrevistas e artigos de especialistas em desenvolvimento sustentável, a revista New Scientist no seu último número, publicado nesta semana, traça um quadro em que todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto o nosso sistema económico continuar apostado no crescimento económico.
“A Ciência diz-nos que se for para levarmos a sério as tentativas para salvar o planeta, temos que reformar a nossa economia”, afirma a revista.
Segundo os analistas consultados pela publicação, o grande problema na equação do crescimento económico está no facto de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados.
“Os economistas não perceberam um facto simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. A Terra já não está conseguindo sustentar a economia existente, muito menos uma que continue crescendo”, afirma num artigo o economista Herman Daly, professor da Universidade de Maryland e ex-consultor do departamento para o meio ambiente do Banco Mundial.
Para Daly, o facto do nosso sistema económico ser baseado na busca do crescimento acima de tudo o mais, faz com que o mundo estejamos a caminhar para um desastre ecológico e também económico, dadas as limitações dos recursos.
“Para evitar este desastre, precisamos de mudar a nossa aposta no crescimento quantitativo para um qualitativo e impôr limites nas taxas de consumo dos recursos naturais da Terra”, escreve.
“Nesta economia de estado sólido, os valores das mercadorias ainda podem aumentar, por exemplo, por causa de inovações tecnológicas ou melhor distribuição. Mas o tamanho físico dessa economia deve ser mantido num nível que o planeta consiga sustentar”, conclui Daly, que compara a actual economia a um avião em alta velocidade e a sua proposta a um helicóptero, capaz de voar sem se mover.
Mas essas mudanças no sistema não serão fáceis. Na entrevista à revista, James Gustav Speth, ex-conselheiro do governo Jimmy Carter (1977-1981) e da ONU, afirma que o movimento ambiental nunca conseguirá vencer dentro do actual sistema capitalista.
“A única solução é reformarmos o capitalismo actual. Os Estados Unidos cresceram entre 3% e 3,5% por um bom tempo. Há algum dividendo deste crescimento? Existem melhores condições sociais? Não. Os Estados Unidos têm que apostar em indústrias sustentáveis, necessidades sociais, tecnologias e atendimento médico decente, e não sacrificar isso para fazer a economia crescer.”, diz.
“A comunidade ambientalista, pelo menos nos Estados Unidos, é muito fraca quando falamos sobre mudança de estilo de vida, consumo e sobre sua relutância em desafiar o crescimento ou o poder das corporações. Nós precisamos de um novo movimento político nos EUA. Cabe aos cidadãos injectarem valores que reflictam as aspirações humanas, e não apenas fazer mais dinheiro.
Obsessão pelo crescimento
A revista também traz um artigo que discute o argumento de que o crescimento económico é necessário para erradicar a pobreza e que quanto mais ricos ficam alguns, a vida dos mais pobres também melhora. É a chamada Teoria do Gotejamento.
Segundo Andrew Simms, diretor da New Economics Foundation, em Londres, este argumento, além de “não ser sincero”, sob qualquer avaliação, é “ impossível”.
“Durante os anos 1980, para cada 100 dólares adicionados na economia global, cerca de 2,20 dólares chegavam àqueles que estavam abaixo da linha de pobreza. Durante a década de 1990, esse valor passou para US$ 0,60. Essa desigualdade significa que para que os pobres estão a tornarem-se cada vez mais pobres e os ricos a ficar muito mais ricos”.
“A humanidade está indo para além da capacidade da biosfera ao sustentar as actuais actividades anuais desde meados dos anos 1980. Em 2008, nós ultrapassamos essa capacidade anual em 23 de Setembro, cinco dias antes do ano anterior”.
Ele ainda afirma ser impossível que um dia toda a humanidade tenha o padrão de vida dos países desenvolvidos.
“Seriam necessários pelo menos três planetas Terra para sustentar essas necessidades se todos vivessem nos padrões da Grã-Bretanha. Cinco se vivêssemos como os americanos”.
Para Simms, a Terra estaria inabitável há muito tempo antes que o crescimento económico pudesse erradicar a pobreza.
Para que o mundo possa ter uma economia ecologicamente sustentável, segundo Simms, é preciso acabar com o preconceito de alguns em relação ao conceito de “redistribuição”, que, para ele, é o único modo viável de acabar com a pobreza.
“Só foi preciso alguns dias para que os governos da Grã-Bretanha e dos EUA abandonassem décadas de doutrinas económicas para tentar resgatar o sistema financeiro de um colapso. Por que tem que demorar mais para introduzirem um plano para deter o colapso do planeta trazido por uma conduta irresponsável e ainda mais perigosa chamada obsessão pelo crescimento?”.
Fonte: BBC Brasil
http://www.newscientist.com/home.ns
Editorial: Time to banish the god of growth
How our economy is killing the Earth
Economics blind spot is a disaster for the planet
The facts about overconsumption
Extraído do Blog Pimenta Negra
ESTE ANO SALVE UM CAGARRO
As associações Amigos dos Açores e Amigos do Calhau proclamam, este ano, o dia 1 de Novembro como o dia do cagarro.
O Cagarro (*Calonectris diomedea borealis*) é uma ave marinha muito abundante nos Açores, e é nestas ilhas que esta espécie nidifica. No fim de Outubro os cagarros juvenis, ao atingirem a plumagem e o tamanho adulto, são abandonados nos ninhos pelos progenitores e, movidos pela fome, lançam‐se ao mar, enfrentando vários perigos. Vamos ajudar o cagarro a seguir a sua rota.
Este ano salve um cagarro!
*Como salvar um cagarro*
Se encontrar um cagarro ferido ou desorientado:
- Prepare uma caixa de papelão e faça-lhe alguns furos.
- Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;
- Com uma camisola, casaco ou manta cubra o cagarro;
- Apanhe o cagarro, segurando-o pelo pescoço e cauda;
- Coloque o cagarro na caixa de papelão;
- Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;
- Na manhã seguinte, dirija-se a um local perto do mar;
- Solte o cagarro, deixando-o pousado no chão e afaste-se do local;
- Ao fim de pouco tempo, o cagarro começará a voar e encontrará o seu caminho.
*Atenção:*
- Não alimente o cagarro, para que ele não se habitue;
- Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;
- Não segure a ave pelas asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;
- Não force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.
No caso de querer participar alguma situação ou a localização de aves mortas pode ligar para:
- Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) Da sua área de reisdência (296306350 ou 961196202 - Ilha de São Miguel)
- Serviço de Ambiente da sua área de residência (296 206 785)
- Amigos dos Açores - Associação Ecológica (296498004 ou 9699866372)
- Associação Amigos dos Calhau (919978026 ou 9699866372)
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