Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sábado, 16 de outubro de 2010
Os cagarros e os reaccionários de hoje
Jornal "A Caça", nº 7, 1 de Dezembro de 1936
A leitura de um texto, publicado no jornal "A caça" de 1936, onde os caçadores defendiam que se devia matar o milhafre, a única ave de rapina diurna que nidifica nos Açores, fez-me lembrar que ainda hoje alguns caçadores se consideram a nata da sociedade açoriana.
Com efeito, alguns deles consideram-se como os verdadeiros e únicos defensores do ambiente e das espécies e ao seu vício de matar associam o seu bom gosto de apreciar a tortura de animais, nomeadamente as touradas.
Numa altura em que está em curso mais uma campanha em defesa do(a) cagarro(a) não estranhamos a sua defesa das tradições e dos bons costumes do século XVI. Assim, para eles matar cagarros para petisco é um hábito que devia persistir para todo o sempre.
M.Soares