Para que possam desempenhar um papel importante no incentivo à participação dos cidadãos e na implementação da educação ambiental, as ONGAS devem ter como princípios orientadores, entre outros, os seguintes:
1- Independência. As associações deverão ser independentes dos poderes políticos e dos interesses económicos, corporativos ou outros.
2- Diálogo e cooperação. A dimensão dos problemas e a urgência na sua resolução exigem colaboração e coordenação de esforços. Assim, as associações deverão promover o diálogo com governos, partidos políticos, universidades, sindicatos e organizações patronais, autarquias, outras associações, etc..
3- Voluntariado. As associações deverão desenvolver as suas actvidades tendo como base o trabalho voluntário dos seus membros, não devendo os cargos de direcção ser desempenhados por profissionais.
4- Competência. As associações devem recusar liminarmente o espectáculo e a demagogia. Todas as suas posições públicas deverão ser fundamentadas através do contributo das mais diversas áreas disciplinares e científicas.
5- Postura construtiva. As associações deverão evitar a crítica estéril, devendo previligiar a apresentação de alternativas positivas, por exemplo propor a utilização de energias renováveis e a eficiência energética, quando se ataca o nuclear ou um mundo baseado na não-violência quando se combate as armas nucleares e a violência.
6- Democracia e participação. As associações deverão apostar na participação directa dos cidadãos.
7- Trabalho em Rede. A autonomia e a especificidade das diferentes associações deverão ser respeitadas, sendo previligiado o trabalho “em rede”, em detrimento de qualquer estrutura centralizadora e dirigista, tão do agrado do poder político.