Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Touradas proibidas na Catalunha
Com a decisão, a região torna-se a segunda de Espanha, a seguir às Canarias(1991) a banir a prática.
O parlamento catalão aprovou nesta quarta-feira, com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções, um decreto de proteção dos animais que implica na proibição das touradas na região, que fica no nordeste da Espanha. A lei entra em vigor a partir de 2012.
O projeto surgiu por meio de uma Iniciativa Legislativa Popular (ILP), apresentada em dezembro de 2009 por grupos de oposição às touradas. Simpatizantes e opositores estavam mobilizados desde terça-feira, aguardando uma votação que prometia ser acirrada. Esta virou uma questão política na região onde, segundo o jornal madrilenho El Mundo, "a ideia é extinguir tudo o que for espanhol".
Nos últimos dias, o tema foi recorrente na imprensa conservadora do país, que via na possível proibição uma vontade de revanche dos políticos catalães, depois de uma recente decisão do Tribunal Constitucional que retirou certos aspectos do estatuto de autonomia da região.
Opositores das touradas, cada vez mais numerosos na Catalunha e apoiados por poderosas organizações internacionais de defesa dos animais, relembram que esta tradição está perdendo força na região, onde apenas a Praça Monumental de Barcelona continua a organizar eventos do tipo.
Nos Açores, se não fossem os apoios governamentais e autárquicos as touradas de praça já tinham desaparecido e as de corda estariam confinadas a uma ilha.
Continuemos a nossa luta para acabar com a tortura de que são alvo os touros. Só através da pressão dos cidadãos conseguiremos algo.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Um trabalho bem feito
Fonte: Planisfério das Ilhas
Passeio Marítimo à Fajã do Calhau from Amigos dos Açores on Vimeo.
Fonte: Amigos dos Açores
terça-feira, 27 de julho de 2010
Praia de Santana, afinal é para usar ou é um perigo?
Aqui já havíamos feito uma referência à Praia de Santana, hoje apresentamos duas fotos que mostram a irresponsabilidade na gestão da coisa pública por parte de alguns "eleitos".
Tal como Pilatos, fazem-se obras sem pensar e depois lavam-se as mãos a dizer que é um perigo.
Mais palavras para quê?
Fotos: JC
Texto: TB
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Valorização energética aka INCINERAÇÃO
Continuo a achar que chamar energia renovável à incineração de resíduos (disfarçada com o termo pomposo de "valorização energética") é um embuste do piorio. Quanto às soluções tecnológicas mais recentes, tanto as há para a incineração como para a prevenção de resíduos e sua reciclagem (isto para responder ao argumento que vai sair da cartola da SRAM de que a tecnologia actual, evoluiu, de que a incineração é preferível aos aterros e ainda produz energia, sobretudo em ilhas, onde o terreno não cresce, de que com a reciclagem gera-se mais poluição e mais agressão ao planeta que se queimarmos os resíduos, de que o carbono que se poupa ao queimar lixo para energia é superior ao ganho que teriamos ao fazer reciclagem e reutilizaçao e que ainda por cima não faz mal a ninguém, de que o custo do transporte de lixo para o exterior é incomportável - e sabemos que é caro para a Região! de que a possibilidade de se produzir x Mwats com lixo é claramente benefico para o ambiente, transformamos o lixo em energia, e outros blá blá blás que irão surgir para defender mais uma solução que não é a que mais interessa aos Açores)
O problema tem sido o lobby da incineração, que é muito forte. A solução passa, por um lado, pela prevenção de resíduos em todos os sectores (Ex indústria, hotelaria, restauração)e pela melhoria da eficiência dos métodos de tratamento (e nestes campos há muito a fazer). Não só isso é possível, como estou certa de que a maioria dos turistas a prefeririam bem como a população local, se estivesse bem informada sobre estas questões. Sei que o transporte das embalagens para reciclagem é complicado e fica caro. Mas a saúde dos açorianos não fica cara também???
Temos que fazer um paralelo com a situação na Madeira, que possui uma incineradora há seis anos e neste momento o sistema está falido porque incinerar é muito caro e as câmaras não têm dinheiro para pagar. Cada câmara paga cerca de 70 euros por tonelada a incinerar e o governo regional mete no sistema de incineração outro tanto. Foi um erro tremendo, até económico, a Madeira ter optado pela incineração, espero bem que o Açores não caía na mesma asneira.
Infelizmente serão os aspectos económicos que poderão despertar mais o interesse dos políticos locais/regionais, assim alguns aspectos a ter em conta são: saber ao certo qual o o investimento que se irá fazer nesta solução tecnológica e comparar com outras soluções como o tratamento mecânico e biológico, a compostagem, vermicompostagem, etc. Importante será também esmiuçar o caso da Madeira. Então se há tantas vantagens com a produção de energia, porque é que a tarifa é tão cara?!? os casos de tarifas com Tratamento Mecânico e Biológico como da Valnor são importantes referências a ter em conta. Além disso, de acordo com a Estratégia Temática para a Prevenção e Reciclagem apresentada pela Comissão Europeia, a reciclagem permite a criação de 25 vezes mais empregos do que o aterro e 8 vezes mais empregos do que a incineração.
E dados científicos também nós dispomos e os relatórios europeus apontam que o balanço em termos de emissões de CO2 equivalente segundo o Estudo da Evalue em anexo ao PERSU II é o seguinte: Aterro: emissão de 0,6 toneladas de CO2 eq; Incineração: emissão de 0,2 toneladas de CO2 eq; Reciclagem: poupança de 0,4 toneladas de CO2 eq
Em resumo, falar em alternativas, é falar de tudo isto aprofundadamente, e é evidente, por todas estas problemáticas, que a solução deverá envolver estudos aprofundados, adaptados ao caso da Região, feitos por especialistas e devidamente sintetizados em dossiers técnicos que, como é óbvio, ultrapassam as pretensões de um blogue sem fins lucrativos.
O que me parece falacioso é adoptar a posição da avestruz e pretender ignorar, ou pior ainda, negar a elevada perigosidade da incineração de resíduos, quer pela sua incontrolabilidade (impossibilidade de controlar o tipo e quantidade de compostos emitidos), quer pela emissão de dioxinas e compostos de metais pesados, que ainda ninguém (incluindo José Sócrates) conseguiu negar.
E mais: no início diz-se sempre que só se vão incinerar x toneladas e bem sabemos que há uma quantidade mínima para que o negócio da incineração seja viável.
É caso para se dizer "quando o sábio aponta para as estrelas, o idiota olha para o dedo".
Publicado por Ana Monteiro em http://quercus-saomiguel.blogspot.com/search?updated-max=2010-07-20T13%3A52%3A00Z&max-results=10
domingo, 25 de julho de 2010
Crise climática e destruição programada de bosques
Sílvia Ribeiro, 17 de Julho de 2010
Paradoxalmente, falar de “mudança climática” é cair na armadilha dos que a provocaram: convida a pensar numa mudança paulatina, natural e frente à qual não resta mais que tratar de “adaptar-nos” ou “mitigar” os seus efeitos. «Nós preferimos falar de crise climática, provocada por um modelo de sociedade que decidiu “queimar” o planeta para que alguns desfrutem pouco de um estilo de vida que também de forma perversa caíram em chamar “desenvolvido”», afirma o editorial de “Crisis climática, falsos remedios y soluciones verdaderas”, compêndio editado pela revista Biodiversidad, sustento y culturas, com o Movimento Mundial de Bosques e Amigos da Terra ALC.
A crise climática é uma consequência da civilização petrolífera, com gravíssimos impactos sociais e ambientais. O assunto está infestado de armadilhas conceptuais, tentando que não reconheçamos as causas reais ou os remédios falsos propostos pelos que provocam os problemas para continuar a sacar lucros ainda que a crise piore.
Um exemplo disso são os programas chamados Redd, da sigla em inglês, que se traduz como “Redução de emissões de carbono derivadas da deflorestação e degradação de bosques”.
Como explica o Movimento Mundial de Bosques no citado compendio, a ideia é simples: a deflorestação é um factor importante de emissões de dióxido de carbono – portanto, de aquecimento global –, pelo que se procura compensar financeiramente quem possa evitar a deflorestação. Mas os problemas começam a partir da definição. Na convenção sobre mudança climática referem-se em Redd a “deflorestação evitada” e não a “evitar a deflorestação”. Parece uma distracção semântica, mas as consequências são enormes: não se trata de apoiar quem realmente evita a deflorestação, mas de pagar a quem já defloresta e lucra com isso, para que defloreste um pouco menos, pagando-lhe o que deixaria de ganhar. Trata-se da mesma lógica do Mecanismo de desenvolvimento limpo dessa convenção, que só apoia quem tenha desenvolvimento sujo pagando-lhe para que suje um pouco menos. Não são apoios para quem não contamina ou não defloresta, mas apenas para aqueles que o fazem. O programa premeia os maiores deflorestadores (quanto maiores mais ganham) e estimula a deflorestação para poder cobrar para deixar de fazê-lo (depois de ter lucrado primeiro com ela). Os países e comunidades que cuidam dos seus bosques não podem receber nada desses programas, é necessário primeiro que os destruam. Que num determinado período não se defloreste uma zona não implica que não se possa fazer nos anos seguintes, estimulando assim também a abertura de novas zonas a deflorestar enquanto se volta depois às que se deixa de deflorestar, de tal maneira que as mesmas empresas, ONG e governos, podem fazer negócio tanto cobrando de Redd como deflorestando. As novas versões de programas Redd, chamadas Redd++, dão mais uma volta à perversão, com mais armadilhas conceptuais e maior prejuízo para as comunidades indígenas e florestais.
Nessas versões introduzem-se no programa a “conservação”, a “gestão sustentável dos bosques” e o “melhoramento da capacidade de armazenamento de carbono nos bosques”. Pode soar bem, mas o que significam é muito mau.
A “conservação” e “gestão sustentável dos bosques”, no âmbito de Redd, significa que estados, ONG e/ou técnicos poderão definir, com regras externas elaboradas por instituições internacionais (como o Banco Mundial), por cima das comunidades, o uso dos seus territórios. Isto já significou em vários países, inclusive, a expulsão de comunidades indígenas destas áreas e em todas a alienação da decisão das comunidades sobre os seus territórios.
O chamado “melhoramento da capacidade de armazenamento” é uma luz verde para deflorestar bosques naturais (até 90 por cento e ainda “cumprir” com Redd, já que deixam de devastar 10 por cento) e plantar monocultivos de árvores de rápido crescimento e fins comerciais, como eucaliptos, pinheiros e dendezeiros, porque enquanto as árvores estão a crescer absorveriam mais dióxido de carbono que os bosques antigos. Este esquema foi refutado cientificamente, ao observar-se o ciclo de vida completo de um bosque natural contra o de uma plantação, mas os que ganham com os monocultivos de árvores ocultam estes dados.
O México, o Brasil e outros países que estão entre os piores deflorestadores do mundo abraçaram as propostas Redd com entusiasmo, acompanhados por ONG transnacionais, como The Nature Conservancy, WWF e Conservação Internacional, e pelas transnacionais mais contaminadoras, como a petrolífera BP, que vislumbram um grande negócio que, além do mais, lhes serve como maquilhagem verde. Também ONG nacionais, as mesmas que apoiaram o negócio de venda de serviços ambientais (incluindo a biopirataria) e a entrada de projectos do Banco Mundial em comunidades, defendem agora os projectos Redd para “apoiar as comunidades florestais”. Além de promover maior destruição de bosques, a Redd é na realidade outra forma de alienar o poder de decisão das assembleias comunitárias para que grupos compitam por projectos em lugar de lutar pelos seus direitos, pelo reconhecimento e apoio que deveria ser política pública – não dependente de transnacionais e de instituições financeiras internacionais – ao papel fundamental que as comunidades indígenas, camponesas e florestais, entre muitos outros, têm para enfrentar a crise climática e arrefecer o planeta.
Fonte: La Jornada
Extraído de: http://infoalternativa.org/spip.php?article1820
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
O priôlo adora automóveis
Máquinas à solta nas áreas protegidas
Este ano o Sata Rallye Açores vai passar novamente pelas Áreas Protegidas da Tronqueira e do Planalto dos Graminhais, tal como em anos anteriores (ver). Como é bem sabido, esta zona oriental da ilha de São Miguel é precisamente o único lugar do mundo onde vive o priôlo (Pyrrhula murina), ave endémica desta ilha e que se encontra entre as espécies mais ameaçadas do planeta. E outra vez, tal como em anos anteriores, o rallye vai passar nesta zona durante a época de reprodução desta ave açoriana única (a época de reprodução decorre de meados de junho ao fim de agosto).
No seu dia, os governantes açorianos pareceram demonstrar uma grande consciência ambiental ao criar as referidas Áreas Protegidas da Tronqueira e dos Graminhais, nascidas sem dúvida com o nobre propósito de preservar a laurissilva original da ilha e o habitat necessário para a sobrevivência do priôlo. Mas curiosamente, na altura do ano em que os rallyes aparecem no calendário, todos esses nobres e louváveis propósitos parecem ficar bem atrás nas suas cabeças pensantes. Sim, a laurissilva e o priôlo são sem dúvida símbolos de excelência do património natural dos Açores –parecem pensar–, mas não são nada que se compare, na realidade, a um bom espectáculo de rallyes com montes de carros barulhentos a percorrer a alta velocidade a ilha, e tudo isso bem regado com uma boa e abundante dose de cerveja para acompanhar o evento.
É nesta triste perspectiva que o rallye Sata Rallye Açores, um evento financiado por entidades públicas, acaba por conseguir, uma vez e outra, as licenças necessárias para passar por quaisquer áreas protegidas, mesmo nas épocas mais perniciosas. Afinal, contra mais protegida e mais natural é a zona percorrida pelo rallye, maior e mais vistoso é o espectáculo.
Mas será que para isto era preciso dar-se ao trabalho de declarar a Serra da Tronqueira como área legalmente protegida? Será que este e outros rallyes tem de passar necessariamente pelas zonas protegidas da ilha? Não há mais caminhos disponíveis? Será que, sendo assim, tem de passar precisamente na época de reprodução duma espécie tão ameaçada? Será que a necessidade de espectáculo do rallye é mais importante que a preservação das espécies nativas açorianas? Será que é ainda necessário gastar tanto dinheiro público para realizar este tipo de eventos? E será que, afinal, há alguma coisa na cabeça dos nossos governantes?
O priôlo, a flora nativa e, em geral, a natureza das ilhas estão ainda muito longe de ser vistos com orgulho pelo povo açoriano e de ser contemplados como uma parte substancial do seu património e da sua essência cultural e afectiva. Nesta necessária tarefa de sensibilização e de enriquecimento cultural, os governantes deveriam dar sempre o exemplo. Mas não é isto que acontece… Perguntem aos priôlos!
Posted by D.M. Santos
Fonte: http://osverdesacores.blogspot.com/
Nota- Seria interessante conhecer, se existe, algum estudo sobre o impacto da passagem do rallye na Tronqueira, numa altura em que o priôlo está em período de reprodução. O que pensará de tudo isto a tutela do ambiente? E a CE que tem financiado os vários projectos? Ou os "negócios" estão em primeiro ligar e acima de tudo?
terça-feira, 20 de julho de 2010
CLEAN?
BEE CLEAN OU EMPRESA SUJA?
Uma das maiores empresas de manutenção e limpeza do Canadá “Bee.Clean” vai promover no próximo dia 27 de Julho uma tourada à corda na Lagoa, ilha de São Miguel.
Apelamos a todos o envio de mails, à empresa, à embaixada do Canadá, ao consulado do Canadá em Ponta Delgada e à Câmara Municipal da Lagoa, a fim de manifestarmos a nossa opinião contra a realização daquele tipo de espectáculos que em nada dignificam quem os promove e enxovalha a nossa terra.
ENDEREÇOS:
info@bee-clean.com, lsbon@international.gc.ca, honconpdl@az.netcabo.pt, gabpres-cml@mail.telepac.pt
bcc: acoresmelhores@gmail.com, acores@lusa.pt
Exmos Senhores,
Foi com perplexidade e alguma tristeza que tomámos conhecimento que a prestigiada empresa canadiana Bee Clean vai promover uma tourada à corda na freguesia do Cabouco, ilha de São Miguel.
Como é do Vosso conhecimento as touradas não são tradicionais da ilha de São Miguel e a tourada à corda nesta ilha faz parte da estratégia de um grupo minoritário que a pretende generalizar, nos Açores, com o objectivo de legalizar as touradas picadas e os touros de morte.
Além disso, as touradas, para além de não criarem riqueza e de desconceituarem a nossa terra aos olhos dos estrangeiros que nos visitam, são um dos veículos de promoção da insensibilidade e de deseducação para com o respeito que todos devemos ter para com os animais.
Como pessoas que querem o progresso da nossa Terra repudiamos a atitude da Bee Clean e apelamos para que esta reconsidere a sua atitude.
Os Açores não precisam do contributo de quem para cá vem promover o retrocesso civilizacional.
A Bee Clean para além de ser uma empresa de limpeza precisa de ser, também, uma empresa limpa.
Com os melhores cumprimentos
(Nome)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
LIXOS NA RIBEIRA SECA DE VILA FRANCA (RIBEIRA NOVA)
sábado, 17 de julho de 2010
PICO MELHOR SEM TOURADAS
Proteste Praça de Touros sobre Pista de Patinagem
No Pico instala-se uma praça de touros sobre uma pista de patinagem. Este é um crime que como todos os outros não terá castigo (?), por isso temos que mostrar ao mundo que nas chamadas ilhas paradisíacas a civilização retrocede.
Por favor, não fique indiferente, envie um mail de protesto ao presidente da Câmara da Madalena, mande cópia para os jornais da sua região e divulgue o mail que puder.
Envie para: geral@cm-madalena.pt
Exmo Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Madalena
Através de uma reportagem transmitida pela RTP/Açores tomámos conhecimento da instalação de uma praça de touros sobre instalações desportivas, nomeadamente numa pista de patinagem como foi devidamente contestado por um representante da Associação de Patinagem do Pico
Como cidadãos amantes da nossa Terra e dos seres que nela habitam, vimos manifestar a nossa solidariedade à Associação de Patinagem do Pico e declarar o nosso repúdio pelo desprezo a que é votada a educação da nossa juventude em favor da aposta num negócio que não cria riqueza, está associado à tortura animal e só vive à custa do mau uso dos dinheiros públicos.
Cumprimentos
(nome)
(localidade)
sexta-feira, 16 de julho de 2010
No Pico Praça de Touros sobre Pista de Patinagem
No Pico instala-se uma praça de touros sobre uma pista de patinagem. Este é um crime que como todos os outros não terá castigo(?)por isso temos que mostrar ao mundo que nas chamadas ilhas paradisíacas a civilização retrocede.
A juventude (a região) merecia melhores políticos. A nossa solidariedade para com a Associação de Patinagem da ilha do Pico.
O futuro da Região não será sorridente, quando se troca o desporto e a formação da juventude por um negócio associado à tortura animal que só consegue sobreviver à custa do erário público.
JB
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Deputados sem vergonha na cara
A vergonha de um parlamento aprovar uma saudação, à Tertúlia Tauromáquica Terceirense, por ter recebido um prémio dado por outra associação tauromáquica na capital da Tauromaquia.
Tertúlia Tauromáquica saudada
Foi apresentado ontem na Assembleia Legislativa dos Açores e aprovado por unanimidade um voto de saudação à Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT), que em março recebeu um prémio da Associação Taurina Parlamentar de Espanha, pela atividade cultural a nível internacional.
O voto foi apresentado pelo deputado socialista Berto Messias, que afirmou que é “impossível falar da ilha Terceira sem falar da sua aficion” e que a TTT tem sido uma das instituições que mais tem trabalhado para a afirmação deste potencial.
O voto foi apoiado também pelo PCP, Bloco e PSD. O CDS/PP, pela voz de Artur Lima, o líder do partido a nível regional, adiantou rever-se nas palavras de Berto Messias, mas lamentou que o espetáculo tauromáquico na Terceira não apresente sorte de varas, vulgo touradas picadas, devido ao chumbo, no Parlamento Açoriano, de uma proposta que legalizava esta prática.
Artur Lima adiantou que faltou lealdade no seio da bancada socialista, com deputados a “voltarem atrás na palavra”. Já Berto Messias respondeu que o que se passou há alguns meses foi apenas “a democracia a funcionar”.
Foi também aprovado um voto de pesar, apresentado pelo PSD, pelo falecimento, a sete de junho, na Terceira, de José Martins Freitas, coronel do Serviço de Administração Militar que foi responsável entre 1974 e 1984, pela Manutenção Militar da Região Militar do Centro, em Coimbra. De 1984 a 1986 foi diretor dos Serviços Administrativos da extinta Guarda Fiscal, em Lisboa. Recebeu vários louvores, como a Medalha de Serviços Exemplares e a Medalha de Mérito de Primeira Classe. Foi também presidente do Sport Club Angrense. HF
terça-feira, 13 de julho de 2010
Tourada faz TVI diminuir audiência
Será que a publicidade às touradas e a transmissão de um programa sobre as mesmas são responsáveis pela diminuta audiência da RTP-AÇORES?
Fonte: http://mundo-da-televisao.blogspot.com/2010/07/tourada-na-tvi-faz-sic-e-rtp1-crescer.html
segunda-feira, 12 de julho de 2010
A ECOLOGIA DO ABSURDO
"A defesa da vida no planeta, afirma o autor, não se consegue nem pelo abandono das técnicas modernas (aliás, esse mítico retorno a um passado de simplicidade seria bem menos bucólico do que imaginam os seus adeptos), nem pela limitação da produção, ideia abstrusa quando há centenas de milhões privados de tudo.
Equilíbrio natural, solidariedade, bem-estar, harmonia, estarão ameaçados enquanto a espiral de acumulação do capital envolver a humanidade nos seus tentáculos.
A degradação acelerada do meio ambiente é um entre vários sinais de alarme a anunciar a inviabilidade da actual organização social e a urgência de procurar uma nova forma de viver"
(extraído da contracapa)
O saber não ocupa lugar. Vale a pena ler o ponto de vista de Tom Thomas, ensaísta marxista francês, residente em Paris, autor de uma vasta obra, da qual alguns títulos foram publicados em português nas edições Dinossauro.
domingo, 11 de julho de 2010
O Jornal Vida Nova (1908-1912) e a Protecção dos Animais
O Jornal Vida Nova, “órgão do operariado micaelense”, publicou-se, em Ponta Delgada, entre 1908 e 1912, tendo como director e proprietário Francisco Soares Silva e como administrador António da Costa Mello.
A protecção dos animais, preocupação a que algumas correntes anarquistas são sensíveis, foi uma das temáticas que foi tratada nas páginas do Vida Nova, através do seu colaborador João H. Anglin.
Dada a actualidade do teor de um texto, do autor mencionado, publicado no número 48 do mencionado jornal, datado de 15 de Agosto de 1910, abaixo transcrevemos um longo excerto:
“Uma das mais manifestas provas da ignorância do nosso povo é a feroz brutalidade que usa com os pobres animais que na maioria dos casos lhe são um valioso auxílio na luta quotidiana pela vida.
Esses repugnantes espectáculos que diariamente se repetem nas ruas desta cidade nada atestam a favor da nossa boa terra, antes a desconceituam aos olhos dos estrangeiros que nos visitam os quais nos terão na conta de brutos a julgar por estas cenas bárbaras de que são vitimas os pobres animais indefesos.
Com isto não queremos dizer que o povo seja mau, porque de há muito está provado que não há homens maus. O que há apenas é a crassa ignorância, por cuja perpétua conservação tanto se empenham os políticos e governantes”.
Ainda no mesmo texto, João H. Anglin fala na necessidade do aparecimento de Sociedades Protectoras de Animais para acabar com todas as atrocidades e refere-se ao facto de alguém já ter tentado criar uma e ao que lhe parece já estarem redigidos os respectivos estatutos.
No número 51 do Vida Nova, de 15 de Outubro de 1910, surge a informação da realização, em breve, sessões para a elaboração e discussão de estatutos para uma Sociedade Protectora de Animais e apresenta António José de Vasconcellos, como a pessoa que iria ser convidada para presidir à instituição.
Naquela altura, 1910, a preocupação principal era para com os animais usados como auxiliares dos homens no seu trabalho, como poderemos deduzir através da leitura de outro excerto do texto do autor referido acima: “…era bom que alguma coisa se fizesse no sentido de melhorar a sorte desses pobres seres que tantos serviços prestam ao homem e que em recompensa recebem forte pancadaria quando porventura se encontram impossibilitados de trabalhar tanto quanto os seus donos exigem”.
Teófilo Braga
São Miguel, 9 de Julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
FERNANDO PEREIRA MORTO À BOMBA PELO ESTADO FRANCÊS HÁ 25 ANOS
Fernando Pereira, natural de Chaves, onde nasceu a 10 de Maio de 1950, vivia na Holanda para onde havia emigrado para fugir à Guerra Colonial foi morto a 10 de Julho de 1985 a bordo do navio, do Greenpeace, Raibow Warrior, no porto de Auckland, na Nova Zelândia, onde se preparava para viajar para o atol de Moruroa, no Pacífico Sul, onde a França realizava testes nucleares.
No referido porto, pouco antes da meia-noite, com um pequeno intervalo, rebentaram duas bombas, colocadas por agentes da DGSE (serviços secretos franceses). Depois de ter sido dada ordem para abandono do barco aquando da primeira explosão, Fernando Pereira voltou atrás para tentar recuperar o seu material fotográfico e foi apanhado pela segunda bomba que abriu um novo buraco e terá morrido afogado, deixando a mulher e dois filhos, Marelle e Paul.
Depois de ter negado a autoria do atentado bombista, o primeiro-ministro francês foi obrigado a reconhecer que os agentes tinham agido em “cumprimento de ordens”, emanadas dos serviços secretos franceses, então chefiadas pelo coronel Jean-Claude Lesquer. Os dois agentes secretos envolvidos directamente no afundamento do Rainbow Warrior, Dominique Prieur e Alain Mafart, foram condenados a uma pena de dez e sete anos, respectivamnete, tendo saído da prisão ao fim de menos de dois anos.
Aos responsáveis políticos, o primeiro-ministro, Laurent Fabius, e o presidente da República, Francois Miterrant, nada aconteceu e os autores do atentado bombista continuaram a fazer as suas carreiras como nada se tivesse passado, de tal modo que, em 1993, Alain Mafart foi promovido a coronel e Dominique Prieur é, hoje, também coronel na reserva.
É caso para dizer: o crime, dependendo do mandante, por vezes compensa.
Fontes: http://aosabordamare.blogs.sapo.pt/30912.html
PAÇO, A. (2010). Há 25 anos: o afundamento do Rainbow Warrior pelo estado francês. Rubra, nº 8, p.30.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
BOAS FÉRIAS PARA SI E PARA OS SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Aproximam-se as férias de Verão e com elas, todos os anos, o aumento do abandono dos animais de estimação. Isto acontece porque ao adquirir um animal de estimação não se pensou devidamente que tal é um compromisso que se assume para o resto da vida do animal.
Para evitar o abandono de animais, que é uma forma desumana e cruel de os tratar, o GBEA- Grupo pelo Bem-estar Animal dos Amigos dos Açores apela para que, ao mesmo tempo que faça umas férias felizes, não as transforme em pesadelo para os seus animais de estimação.
Assim, se não puder levar o seu animal consigo, opte por uma (haverá outras) das seguintes soluções para o seu tratamento:
- Peça a ajuda aos seus familiares ou amigos;
- Solicite os serviços de particulares ou de empresas que prestam apoio ao domicílio;
- Recorra aos serviços de hotéis para animais ou a clínicas veterinárias que ficam com os animais durante as ausências dos seus donos.
Açores, 9 de Julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
A CENSURA E AS TOURADAS
Nos Açores, as notícias sobre mortes e feridos nas touradas são segredo de estado.
Mesmo a nível nacional só encontramos esta notícia. Por que não se referiu a ela a RTP- Açores ou os outros órgãos de comunicação social da Região?
Toiros atiram 16 para o hospital
Por: João Saramago
As largadas de toiros de ontem em Vila Franca de Xira provocaram dez feridos ligeiros, que foram transportados pelos bombeiros voluntários locais ao Hospital Reynaldo dos Santos. A bravura dos animais levou a que os soldados da paz não tivessem mãos a medir a fazer curativos.
Na avenida Pedro Victor, Manuel Lima gemia com fortes dores, deitado no chão. Alguns minutos logo após o início das largadas fora colhido. Ao lado deste camionista da Póvoa de Santa Iria, um amigo, Manuel Letras, explicava que só por um milagre não tinha acontecido uma desgraça na 78ª edição da Festa do Colete Encarnado. 'Ele ficou entre os cornos', explicou.
Já no final da largada, dois outros aficionados foram tirados em braços com as calças rasgadas após a investida dos animais. Francisco Pereira, pedreiro na cidade, tremia após ter encarado o toiro. Na queda acabou por esfolar os braços e as pernas. Também a sangrar, Manuel Anacleto era outro dos muitos feridos que foram assistidos no local.
Com recurso a tratamento hospitalar, além dos dez aficionados de ontem foram transportados mais seis durante o sábado.
O caso mais grave foi de Nélson Carvalho Matos, de 41 anos, residente em Coimbra, que sofreu uma 'perfuração numa perna', mas que não corre perigo de vida
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/toiros-atiram-16-para-o-hospital
domingo, 4 de julho de 2010
UE CONTRA O AMBIENTE
Leia aqui o relatório completo.
The EU Policy of Subsidising Energy from Burning Waste is Worsening the Climate
Press Release:
Brussels, Belgium. 30th June 2010. GAIA’s new report “When the EU wastes the climate” warns about the negative impacts on the climate and sustainability stemming from current EU policies to reward energy from incineration.
A big part of the energy produced by European incinerators is considered to be renewable energy, which allows them to receive considerable rate premiums and subsidies. This has the effect of a false green subsidy to burn waste that could be recycled or composted. In reality these subsidies end up creating the opposite of the intended effect: more greenhouse gas (GHG) emissions in the short term, less sustainability and less incentive to green the economy.
Firstly, the report denounces the biased accounting of CO2 emitted by incinerators. Because of a mistaken understanding of the IPCC guidance up to 50% of the emissions from burning waste are not accounted for, albeit the growing consensus about the dangers of considering burning waste of biogenic origin as carbon neutral (1).
Secondly, the current directive on Renewable Energy (2009/28/EC) opens the door for subsidies and premiums to reward the generation of energy from burning the biogenic fraction of waste. This works as a market disincentive for prevention, reuse and recycling and contradicts the Waste Hierarchy spelled out in the Waste Framework Directive (2006/12/EC).
“The current system of premiums to incineration is flawed because it penalizes saving energy. Due to the fact that recycling and composting do not generate electricity they are not eligible for renewable energy premiums whilst burning waste, which generates electricity inefficiently and is a step lower in the waste hierarchy, still manages to get such reward.
The market incentives given by the Renewable Energy directive distort the waste hierarchy; burning waste is given priority before composting which is a step higher in the hierarchy.” says GAIA Europe Coordinator, JM Simon.
The report studies the situation of the premiums for energy from incineration in 4 EU countries: Flanders in Belgium, France, Italy and Spain.
On the top of the billionary grants and funding provided by the EU cohesion funds and the European Investment Bank to build new incinerators, if all the EU countries rewarded energy from incineration as the Spanish or the Belgians do the EU and member states would be spending €2.5 billion per year to promote burning resources.
If the EU countries followed the Italian scheme up to €36 billions of taxpayers money would go to subsidise energy from incineration. With this money the EU could afford to finance the EU smart grid in only 7 years!
The report calls for:
- A correct accounting of the emissions from incinerators –currently around half of its emissions are not accounted for-,
- If the subsidies and premiums to incineration are to be continued the EU should elaborate an EU policy and a methodology to calculate energy savings of prevention, reuse and recycling and make them also eligible for premiums or fiscal compensation,
- Prioritise the energy from anaerobic digestion before incineration because of its more favourable externalities in soil productivity and carbon sequestration.
“The EU has good directives for different waste-streams but it will be difficult that prevention and recycling take off in Europe as long as the money and policy go to favour incineration instead of rewarding the energy savings, lower emissions and higher sustainability provided by prevention, reuse and recycling.” concludes Simon.
ENDS
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For more information contact:
jm.simon(at)no-burn.org
JM Simon, GAIA Coordinator in Europe +32 486832576
sábado, 3 de julho de 2010
DESEDUCAR PARA INCINERAR O FUTURO
A questão da gestão dos resíduos sólidos urbanos nunca foi devidamente tratada na Região Autónoma dos Açores. Com efeito, não se percebe (ou percebe-se?) que numa região constituída por nove ilhas, com um território limitado, nunca se tenha apostado no primeiro R- reduzir, tendo-se ficado e digamos, mal, pelo segundo R- o reciclar, sabendo-se que por aqui parece não ser viável a instalação de qualquer instalação industrial para o efeito.
Ainda no que se refere ao arremedo de sistema de recolha selectiva de resíduos, levou pelo menos duas décadas a ser implementado, depois de serem lançados os primeiros alertas, e nunca foi generalizado a todos os concelhos e a todas as ilhas. Ainda hoje, recebemos denúncias da mistura dos resíduos por parte dos serviços de recolha e não há dia em que não encontramos vazadouros ilegais.
Mais recentemente, voltou à baila a solução milagrosa, a incineração, que irá de uma vez por todas acabar com os resíduos, esquecendo-se que nenhum processo de tratamento tem capacidade para reduzi-los a zero ou enviá-los todos para o espaço, através das chaminés.
Outro argumento usado é o da produção de energia. Trata-se de mais uma cenoura que é posta à frente do burro, mas que não funciona. Com efeito, uma análise detalhada do ciclo de actividade revela que as incineradoras gastam mais energia do que produzem. Isto é, com a reciclagem dos materiais queimados poupar-se-ia mais energia do que a que é libertada pela queima dos mesmos.
Mas, o que mais nos repugna são as atoardas, para não dizer outras coisas, que têm vindo a público nos últimos dias. Vejamos algumas:
- Em vez de se dizer que a incineração é uma tecnologia que está sujeita a controvérsia científica ou compará-la com outras e explicar a opção por ela, diz-se que a mesma é melhor do que um aterro (tolice, aterros sempre existirão, mesmo com incineradora, a não ser que se exporte para a Lua o que ficará após a queima) ou afirma-se que ela polui menos que uma noite de fogo-de-artifício, será que se está a falar em poluição luminosa? Ou que polui menos que uma central geotérmica, será que com esta afirmação pretende-se fechar uma das que está em funcionamento em São Miguel?
- Outra afirmação que ouvimos, é de que é muito mais fácil falar mal da incineração do que defendê-la. Puro engano, com efeito de entre as respostas que tenho ouvido para a não tomada de posição contra, as mais comuns são o trabalhar numa autarquia ou num organismo governamental. Tenho a certeza de que se a presidência da AMISM fosse de um autarca PSD e se o Governo continuasse a opor-se à incineração muitas mais vozes se fariam ouvir a defender uma solução “amiga” do ambiente.
Por último, relativamente ao estudo de impacto ambiental, que diz-se já estar em curso, já podemos divulgar a conclusão: não haverá qualquer problema para a saúde e para o ambiente.
Siga a procissão que o andor ainda vai no adro!
Teófilo Braga
29 de Junho de 2010
(Publicado no jornal “Terra Nostra”, nº 464, 2 de Julho de 2010, p.23)
Nota- Dedido este texto a Veríssimo Borges,uma voz livre que pela lei da vida foi calada e que ainda não encontrou quem o substituisse.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Pico do Radar
Caros Amigos / Caríssimas Amigas,
Hoje, 01 de Julho, é o Dia da Madeira e o Dia da Força Aérea
Portuguesa.
Para assinalar esta feliz coincidência, e atendendo a que o Governo
Regional e o Ministério da Defesa andam felicíssimos com o nascimento do
radar militar no Pico do Areeiro (fotos 4,5,6), proponho que o pico mude de
nome, à semelhança do que aconteceu em 1984, quando a Quinta das Angústias
foi rebaptizada de Quinta Vigia, e já este ano quando a Herdade da Achada
Grande passou a chamar-se Herdade do Chão da Lagoa.
A mudança de nome justifica-se, porque o pico cresceu de 1818 metros
para 1833 metros de altitude e porque o radar militar passou a ser a
eminência mais visível daquele conjunto montanhoso. Assim sendo, o terceiro
pico mais alto da Madeira passará a ser conhecido popularmente por PICO DO
RADAR.
As obras decorrem a bom ritmo e dentro de alguns meses os
madeirenses sentir-se-ão mais seguros, graças ao sofisticado equipamento
espanhol que vigiará os céus em busca de aviões e outros objectos que possam
perigar a paz nesta pérola do Atlântico. Dois aviões F16 ficarão baseados no
Porto Santo para de imediato dissuadir qualquer eventual intruso.
Segundo informações duma fonte entendida em geoestratégia, o novo
sistema de defesa do espaço aéreo madeirense apenas não impedirá a invasão
do vento quente e seco de leste, das areias e poeiras do Deserto do Sara,
das nuvens de gafanhotos e dos escaravelhos das palmeiras.
Perto do PICO DO RADAR, os massarocos com vistosas inflorescências
azuis e as andríalas de capítulos florais amarelos pintam a paisagem com as
cores da Região Autónoma da Madeira (fotos 1, 2 3).
Neste dia de sol radioso, acima do mar de nuvens, as delicadas
flores indígenas e as monumentais formas geológicas da cordilheira central
atraíram, vezes sem conta, as objectivas de centenas de turistas, que também
foram fotografando para memória futura o "monstro do Areeiro", o PICO DO
RADAR.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
Nota- Tal como o texto a foto é de Raimundo Quintal. Também, estamos à espera de um radar militar similar, nos Açores, para a defesa da Região face a uma iminente invasão por parte dos fenícios)
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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