domingo, 20 de março de 2016

Contra a garraiada marchar



Solicita-se a colaboração de tod@s para o ENVIO e PARTILHA do seguinte texto para:
reitoria.gabinete@uac.pt
geral@aecah.com
sasua@uac.pt
Cc: acores@lusa.pt


Magnífico Reitor
Caros/as estudantes

Nos últimos anos têm sido recorrente as manifestações da sociedade repudiando qualquer ato de agressividade e violência infligido animais, como forma de diversão.

A estas manifestações, aconteçam presencial ou virtualmente, têm-se associado, também, as camadas mais jovens da população, que em movimentos estudantis de diferentes graus de ensino, repudiam aquilo que consideram ser uma prática desajustada aos valores que se pretendem desenvolver e implementar, nos quais se incluem o respeito e bem-estar animal, no que não se inclui a garraiada.

Realça-se a grande inovação e passo civilizacional dado por diversas associações de estudantes que eliminaram dos seus programas da "Queima de Fitas" a prática da garraiada, por diversas universidades em Portugal.

Desta forma, a única tradição de que qualquer instituição de ensino, neste caso concreto a Universidade, deve orgulhar-se e pela qual deve lutar acerrimamente, é a do seu papel como baluarte do conhecimento e da ética.

É por isso que deve questionar regularmente as suas práticas e os seus valores para que estes sejam sempre consentâneos com o papel de charneira que a sociedade lhe imputa.

Pelo seu percurso histórico, a Universidade dos Açores, tem neste campo uma responsabilidade acrescida e não pode, assim, continuar a permitir-se promover atividades que violam o princípio básico de não provocar sofrimento desnecessário.

Devemos contribuir para a difusão de valores como a ética, a solidariedade, a excelência académica, não precisamos nem devemos vitimizar animais em garraiadas e atividades similares para celebrarmos os nossos sucessos.

Por estes motivos manifesto o meu total repúdio, lamentando a continuidade de uma prática tão polémica, nos programas do evento supra referido, relativamente ao campus de Angra do Heroísmo no dia 9 de abril, apelando para que seja definitivamente banida.

Com os melhores cumprimentos e elevada consideração,