terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Solidariedade com Paca Blanco e a sua luta

Informados dos dramáticos eventos (*) que têm atingido a activista Paca Blanco, bem conhecida de muitos de nós pelo seu envolvimento na luta pelo encerramento de Almaraz, luta pela protecção dos recursos do Tejo, e manutenção dos espaços em condições de sustentabilidade social e usufruto ecológico, vem os abaixo assinados manifestar por este meio a sua solidariedade pessoal, independentemente de outros envolvimentos que venham a desenvolver, e desta dar informação aos órgãos de comunicação social nacionais e do Estado espanhol. É intolerável que a infracção da lei seja paralela ao ataque pessoal e espezinhamento dos direitos individuais de cidadania, num Estado democrático de Direito. António Eloy, coordenador G.E.M., e deste documento (tel. 919289390) António Regedor, docente Universitário/ecologista António Serzedelo Presidente Opus Gay Carlos Pimenta, ex secretario Estado do Ambiente Emília Araújo, economista/direcção FAPAS Helena Roseta, arquitecta, vereadora da CML José Carlos Costa Marques, Presidente da Campo Aberto José Janela, professor/presidente núcleo Quercus Portalegre José Luiz Almeida Silva, director da Gazeta das Caldas José Maria Moura, direcção do Movimento Urânio em Nisa Não Luís Silva, engenheiro/activista conservação energia Maria Teresa Nogueira, Coordenadora do G.T. sobre a China da Amnistia Internacional-Portugal Miguel Duarte, Presidente do Movimento Liberal Social Nuno Nabais, docente Universitário/Director da Fábrica de Braço de Prata Nuno Quental, gestor de apoio a projectos (U.E.) Nuno Sequeira, Presidente Quercus Paulo Constantino, porta–voz do proTejo – Movimento pelo Tejo Paulo Bagulho, empresário da restauração/ direcção do M.U.N.N. Paulo Trancoso, produtor cinema/ecologista Paulo Talhadas Santos, presidente FAPAS Rui Cunha, empresário de Imagem e Comunicação Serafim Riem, empresário de arboricultura Teófilo Braga, professor/ecologista Vítor Nogueira, economista/activista direitos humanos Zé Justino, docente Universitária/activista dos direitos humanos (*) http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/extremadura/la-ecologista-paca-blanco-cede-ante-acoso_555666.html http://www.elpais.com/fotografia/sociedad/Paca/Blanco/elpepisoc/20110319elpepisoc_5/Ies/ e sobretudo aqui: http://signos.blogspot.com/search/label/Paca%20Blanco e aqui: http://www.ecologistasenaccion.org/article22142.html

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Veneno Está ma mesa

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Assim são tratadas as nossas ribeiras

Ribeira Seca de Vila Franca do Campo, 22 de Fevereiro de 2012 (Junto ao Poço da Viola)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DANADOS PARA A TORTURA


Os primeiros dias do mês de Fevereiro foram agitados para os lados dos defensores das sessões de tortura animal mais conhecidas por touradas. Com efeito, a realização do II Fórum dito Mundial da Cultura (?) Taurina não terá ocorrido com serenidade, pois foram vários os protestos contra o uso de dinheiros públicos sem os quais a iniciativa não se teria realizado.
A falta de serenidade notou-se pelo nervosismo dos “porta-vozes” do evento referido que fartaram-se de criticar os jornalistas pela sua pretensa parcialidade, de mentir acerca do não recebimento de apoios públicos, de falar sobre o seu sonho – a sorte de varas – quando anunciaram que o Fórum nada tinha a ver com esta pratica ainda mais sanguinária e a criticar as touradas à corda, dizendo que quem gosta delas são os anti-touradas, porque o que querem ver é “porrada”.

Com a denúncia, por parte de algumas associações e grupos informais, de alguns milhões de euros de impostos que são desviados ao investimento em actividades produtivas para financiar o lobby das touradas, a nobreza terceirense, que ao longo de toda a história espezinhou o povo e para o anestesiar deu-lhe touradas à corda, nomeadamente em períodos eleitorais, voltou a apelar à união pois os perigosos anti-taurinos querem acabar com toda a tauromaquia terceirense e dos arredores.

Mas, o bairrismo doentio também arrasta alguns nobres dissidentes ou falidos e alguns intelectuais de pacotilha, associados a fascistas de esquerda e de direita, que, achando cruéis as touradas de praça, consideram que as de corda são dignas de figurar entre o património imaterial da humanidade. Bastava que estes pobres de espírito lessem a obra, de Pedro de Merelim, “Tauromaquia Terceirense”, para perceberem que se hoje estas são mais “suaves” para os animais, já o foram mais bárbaras e muitas mortes e feridos já causaram.

Além do referido, as touradas têm sido um entrave a um desenvolvimento económico saudável dos Açores, por serem um sorvedouro de dinheiros públicos que são transferidos para os bolsos de meia dúzia de industriais da indústria da tortura animal, por roubarem horas de trabalho (volto a recomendar a leitura de Merelim), pelo facto das despesas de saúde advindas dos ferimentos causados aos “foliões” e não só ficarem a cargo de todos nós, etc. .

Não me querendo alongar, pois os argumentos dos que gostam de touros, mas torturados, não fazem sentido, por isso nem merecem ser rebatidos, farei apenas uma ligeira referência ao de um ganadeiro que filosofou sobre a grande diferença que existe entre sofrimento e dor.

Para mim, mesmo que os animais se ficassem pela dor, eu continuaria a sofrer ao ver um touro ser maltratado e a sangrar apenas para satisfazer o sadismo de alguns ou a insensibilidade que foi incutida a muitos outros.
Também, queria dizer que não é verdade que vai quem quer às touradas. Com efeito, se não vou fisicamente, uma parte do meu vencimento, resultado do meu trabalho, que me é retirado pelos impostos, está lá presente.

Para terminar, dedico a citação, abaixo, a todos os humanos sensíveis aos problemas dos sem-abrigo, à fome que atinge algumas pessoas, ao abandono a que são votados os animais domésticos, mas que pela lavagem ao cérebro a que foram sujeitos não conseguem entender que é possível a todos, seres humanos ou não (cães, gatos, touros, patos, etc.) vivermos melhor, em harmonia:

“Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também caçam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade.” (Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta e cronista brasileiro)

Mariano Soares

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Petição Tauromaquia no Inventário do Património Cultural Imaterial Nacional NÃO!

Entra em Acção: Petição Tauromaquia no Inventário do Património Cultural Imaterial Nacional NÃO!
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira prepara-se para candidatar os seus festejos tauromáquicos ao Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial (INPCI). Não vamos permitir, pois não? Por favor, assine e divulgue esta petição. Assine aqui: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=ANIMAL

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Petição Alameda dos Plátanos da Povoação a património paisagístico da Região Autónoma dos Açores

Foto:J.Cardoso Para:Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores A Alameda de Plátanos da Povoação é um caminho de terra batida, em cascalho vermelho, ladeado, em toda a sua extensão de quase três quilómetros, por mais de seiscentos imponentes plátanos e por tapumes de coloridas hortênsias. Este conjunto paisagístico constitui uma das últimas alamedas dos Açores que ainda preserva a sua traça original. Um testemunho do passado, em que todas as vias eram em terra batida ou em calçada de pedra basáltica. É por isso um património a preservar. Contudo, existe a intenção de cimentar o piso em betão descaracterizando assim esta mística alameda, considerada por alguns como sendo uma das grandes alamedas de plátanos da Europa e suas regiões ultraperiféricas, como é o caso dos Açores. Assim esta petição pretende o seguinte: Primeiro: Que esta alameda seja considerada património paisagístico da Região Autónoma dos Açores, e por conseguinte protegida por lei; Segundo: Que a alameda mantenha a sua traça original: caminho de cascalho vermelho ladeado por duas alas de plátanos e por tapumes ou sebes de hortênsias; Terceiro: Que sejam criadas condições tendo em vista o seu melhoramento e preservação. Com estas três condições asseguradas, teremos a preservação de mais um belo cartaz turístico destas nossas ilhas dos Açores. ASSINE AQUI: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N20241

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Ditadura está a passar por aqui

“É melhor dizer certas coisas e criar antipatias a não dizer nada e viver de aparências.” (Manoel Nascimento) Na passada quinta-feira, pelas cinco horas da manhã, talvez fruto das conversas e da troca de correspondência que havia mantido com algumas pessoas que se sentem com coragem para contar as suas dificuldades, nomeadamente as ameaças, ainda que veladas que recebem, acordei depois de um sonho/pesadelo. No mesmo, estava a ser perseguido por um touro bravo numa canada e tendo-me escondido atrás de uns arbustos fui surpreendido por outro que entretanto surgiu do nada. O que se passou no sonho, que me fez levantar mais cedo e escrever este texto, está a acontecer na realidade com alguns cidadãos que decidiram manifestar o seu descontentamento pela realização do II Fórum da Cultura Taurina que contou com o apoio do Governo Regional dos Açores e das duas Câmaras Municipais da ilha Terceira. Com efeito, as pessoas em causa sentiram-se encurraladas e abdicaram da sua liberdade de exprimir os seus sentimentos a favor da ditadura do medo. Mas, em que se manifesta o que eu denomino de ditadura? Em primeiro lugar, no silêncio de quase todos os que independentemente do seu credo religioso, nem uma palavra pronunciam sobre o apoio escandaloso da Direcção Regional de Turismo no valor de 75 mil euros para a realização do mencionado fórum, acrescidos de mais 5 mil euros para a realização de uma tourada à corda promovida pela Casa de Pessoal da RTP, já não sei se é Açores, enquanto, às maiores festas religiosas dos Açores, apenas concede o apoio de 28 mil euros. Todos nós sabemos que os governos gostam de estudos. É, portanto, a hora de se exigir a divulgação de todos os apoios concedidos à tauromaquia pelo menos nos últimos dez anos e a realização de um estudo para provar, ou não, se houve algum retorno do uso dos nossos impostos no apoio a touradas em termos do aumento do número de turistas, na ilha Terceira. Se ficarmos pelo número de pessoas vindas de fora da região que se deslocaram para o Fórum taurino e as que se chegam anualmente a São Miguel para assistir às festas do Senhor Santo Cristo, não temos quaisquer dúvidas e não será necessário gastar mais dinheiros com estudos. Em segundo lugar, queria mencionar a confusão que pela segunda vez, pelo menos no que diz respeito a touradas, a ALRA- Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, fez relativamente a um conjunto de e-mails que recebeu. Será que a ALRA não consegue distinguir um texto de protesto ou de sensibilização para uma injustiça social, como é o caso do uso de dinheiros dos impostos para benefício de poucos e mau trato de animais, de uma petição que deve obedecer a um conjunto de regras previamente definidas? Será que a a ALRA tem legitimidade para transformar uma coisa na outra? Ou pretende a mesma, como já aconteceu anteriormente, chegar à conclusão de que a suposta petição não obedece às regras e que, portanto, os subscritores não sabem o que estão a fazer e tão incompetentes são que nem sequer conseguem promover uma petição digna de ser discutida em plenário? Ainda a propósito dos e-mails enviados, por que divulgou a ALRA a notícia de que os supostos peticionários não queriam ser ouvidos, quando não houve petição nenhuma e por que razão a RDP, não sei se ainda é Açores, escreveu que os peticionários alegaram que no fórum iria ser aprovada a sorte de varas…? Má jornalismo ou distorção propositada do texto para ridicularizar todas as pessoas que tiveram a coragem de enviar e-mails. Digo coragem pois nesta terra se não há censura imposta, silêncios cúmplices abundam e auto-censura é o pão-nosso de cada dia. Nos Açores é cada vez mais difícil dar a cara de tal modo que, a propósito dos e-mails enviados à ALRA, o jornalista António Gil, no facebook escreveu o seguinte: “Recebi desabafos de alguns dos nossos membros [Info Açores] relativamente a esta questão, e ao receio que sentem em assumir na ALRA as suas opiniões. Nem todos se podem dar a esse luxo…” Já agora e antes de ser acusado de não entender nada de tauromaquia pois nunca entrei numa praça de touros, aqui vai informação pertinente. Vivi três anos na ilha Terceira, assisti a uma tourada de praça, a uma tourada dos estudantes e a várias touradas à corda. Foi na ilha Terceira que aprendi a detestar touradas de praça, pela brutalidade com que o touro é tratado, e na ilha Graciosa que aprendi a desprezar as touradas à corda, depois da morte de um jovem numa delas. Teófilo Braga (Correio dos Açores, 1 de Fevereiro de 2012)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012