Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Viana do Castelo acaba com touradas
Fim das touradas foi a "medida mais popular"
PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Câmara inundada com parabéns de todo o mundo
Autarca diz que nunca tinha sido tão felicitado por uma decisão
Depois da contestação inicial por parte dos aficionados, o fim das touradas em
Viana do Castelo afigura-se, afinal, como uma das medidas "mais populares" do
autarca socialista que lidera a câmara local desde 1993. A revelação foi
feita ontem pelo próprio Defensor Moura, dando conta de que desde que a
autarquia anunciou a compra da Praça de Touros para reconverter o espaço em
museu foi "inundada" por mensagens de felicitações de todo o mundo.
"Nunca tomei uma medida tão popular, internacionalmente. São mais de mil
e-mails que recebemos de todo o mundo felicitando pelo fim das touradas",
anunciou o socialista. Durante mais de um século, a tourada esteve intimamente
ligada a Viana do Castelo, o que agora acabará com a compra, pela Câmara
Municipal, da actual Praça de Touros. O objectivo passa por transformar o
espaço num Museu de Ciência Viva, de forma a aproveitar a proximidade ao
Parque Urbano, onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação
Ambiental.
A compra será feita por 5127,74 euros e, reconheceu Defensor Moura,
representará o fim das touradas em Viana do Castelo, tradição que remonta a
1871, com a instalação da primeira praça de touros, ainda de madeira, num
outro local da cidade, já então integrada na Romaria da Senhora d'Agonia.
"Temos recebido mensagens de apoio, por Viana do Castelo ser uma cidade sem
touradas", afirmou ainda, acrescentando: "No século XXI é uma atrocidade
continuar a sacrificar animais em público daquela maneira", diz o autarca,
sublinhando que a cidade não tem nenhuma tradição enraizada do género. "Não
temos toureiros, forcados, touros ou cavalos", afirma.
O actual edifício foi construído em 1949, para que a cidade passasse a dispor
de um espaço definitivo, dispondo mesmo de uma pequena capela no interior.
Actualmente recebia apenas uma tourada por ano, por ocasião da Romaria
d'Agonia.
http://dn.sapo.pt/2008/12/24/cidades/fim_touradas_a_medida_mais_popular.html