sábado, 27 de setembro de 2008

Coastwatch Europe 2008



O blog "Terra Livre" felicita esta iniciativa dos Amigos dos Açores e apela à participação do máximo número de pessoas na monitorização do litoral das diversas ilhas dos Açores, bem como em todo o território nacional.

Luta Ecológica 1981-1990



Graças à amizade de Roberto Oliveira e de Valentino Henrique, foi editada recentemente uma brochura onde o autor reune um conjunto de modestos textos publicados, ao longo de 21 anos, em diversos jornais e boletins.

Os interessados em receber um exemplar deverão enviar um mail, indicando o seu endereço postal, para teobraga(arroba)gmail.com

domingo, 21 de setembro de 2008

A Energia Nuclear é Limpa


Cancro mata mais um mineiro da extinta ENU

Antigos trabalhadores preparam no sábado novas jornadas de luta com movimentos cívicos de Nisa


Ao todo, já morreram de cancro 115 trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, desde meados da década de 90. Os mineiros não querem que o urânio volte a ser explorado. Mas em Nisa há essa possibilidade. Vai haver luta.

Morre em média, vítima de doenças do foro oncológico, um trabalhador por mês da extinta Empresa Nacional de Urânio (ENU). O último faleceu há menos de uma semana, engrossando a lista de mortes (115) de antigos mineiros, desde que a exploração de urânio terminou em Portugal, em meados da década de 90.

As contas são da comissão de antigos trabalhadores da ENU, que no próximo sábado recebe na Urgeiriça, movimentos cívicos de Nisa e a delegação de Portalegre da Quercus, para uma sessão de trabalhos e de visitas a complexos mineiros desactivados e abandonados na região, entre eles o da Cunha Baixa, no concelho de Mangualde.

No encontro deverá ser aprovada uma moção para a realização, já em Outubro, de uma jornada de luta em Nisa, concelho onde está localizado o maior jazigo de urânio do país, um filão que o governo pretende explorar já a partir de 2009, contra a vontade das populações.

"A deslocação de ambientalistas de Nisa à Urgeiriça, e o programa de visitas às antigas minas abandonadas que temos planeado para este sábado, servirá para debatermos os malefícios à saúde humana causados pela exploração do urânio", explica António Minhoto, porta-voz da comissão de trabalhadores da extinta ENU.

"Vamos promover esta iniciativa num ambiente de dor, já que mais um antigo trabalhador da ENU acaba de falecer, vítima de cancro", afirma Minhoto, prometendo não baixar os braços na luta contra as intenções do governo de retomar a exploração do urânio.

O homem que faleceu era do concelho de Penalva do Castelo e "trabalhava como sondador, fazia sondagens nos terrenos de urânio", lembra o porta-voz.

A jornada de luta em Nisa, em Outubro (o dia será marcado no sábado), contará com a participação e a solidariedade dos ex-mineiros da Urgeiriça e dos restantes trabalhadores das minas já desactivadas localizadas na Região Centro.

"Será um dia em cheio. Haverá uma tribuna cívica aberta a todos, e depois a marcha da indignação em direcção ao local da mina de urânio de Nisa", antecipa António Minhoto.

"Em Nisa, a Assembleia Municipal já votou contra a sua exploração. E os movimentos cívicos locais, juntamente com a Quercus de Portalegre, estão muito activos e decididos em que a exploração não venha a ser uma realidade. Ninguém quer isso. As pessoas sabem dos perigos que podem correr", afirma Minhoto.

Texto de RUI BONDOSO, Jornal de Notícias, 21 de Setembro

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estudo sobre os Morgegos dos Açores

Da autoria de Ana Rainho, J.Tiago Marques e Jorge Palmeirim, pode ser consultado aqui o estudo"Os Morcegos dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira: Um contributo para a sua conservação"

domingo, 14 de setembro de 2008

Associativismo Ambiental nos Açores: Amigos dos Açores com novos Órgãos Sociais


Foram eleitos, ontem, os novos òrgãos Sociais dos Amigos dos Açores- Associação Ecológica. Tal aconteceu na sequência da demissão da Direcção presidida por Teófilo Braga, que passa a ocupar o cargo de Presidente da Assembleia Geral. Da actual direcção apenas um elemento, Diogo Caetano, transita da anterior.

O blog Terra Livre felicita os recém eleitos e deseja os maiores êxitos na luta por uns Açores com melhor ambiente.

Abaixo, apresenta-se a composição dos Órgãos Sociais dos Amigos dos Açores:

Direcção

Presidente Sérgio Diogo Caetano
Secretário Gilda Pontes
Tesoureiro Eduardo Santos
Vogal Eva Almeida Lima
Vogal Jorge Cardoso
Suplente Lúcia Ventura
Suplente José Pedro Medeiros

Conselho Fiscal

Presidente Emanuel Ponte
Secretário Arlinda Fonte
Vogal Norberto Carreiro
Suplente Nuno Pimentel
Suplente Catarina Furtado

Assembleia Geral

Presidente Teófilo José Soares de Braga
Vice-Presidente Maria Manuela Borges Livro
Secretário Mário José Coelho Furtado
Suplente Eduardo Almeida
Suplente José Melo

sábado, 13 de setembro de 2008

Armas Nucleares na Terceira?



Esta hipóstese não é de agora, já em artigo publicado no jornal “Diário Insular”, 4 de Julho de 1981, escreviamos o seguinte:


"Neste pequeno artigo, irei divulgar algumas das conclusões (só as que nos dizem respeito) de um estudo sobre questões militares da autoria de Alberto Santos, doutor em Sociologia, antigo professor no Instituto de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa, editado pela Fundação para os Estudos de Defesa Nacional de França, presidida pelo General Enri de Bordas.

A dado passo do seu trabalho, podemos ler:” Na Terceira, os americanos aumentaram consideravelmente o porto da Vila da Praia da Vitória a fim de que pudesse receber os submarinos nucleares Polaris- Poseidon” e mais adiante “... no porto da Vila da Praia da Vitória e ao largo do arquipélago estacionam os submarinos nucleares do tipo Trident e Poseidon”."

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O que é o decrescimento?


A contestação do crescimento económico é um fundamento da ecologia política. Não é possível um crescimento infinito num planeta finito. Muito incómoda, pois entra em ruptura radical com o nosso desenvolvimento actual, esta crítica foi rapidamente abandonada por conceitos mais suaves, como o “desenvolvimento sustentável “. No entanto, racionalmente, não existem outra vias pelas quais os países ricos (20%) da população planetária e 80% do consumo dos recursos naturais) que de reduzir a sua produção e o seu consumo de forma a “decrescer”.
Bruno Clémentin e Vincent Cheynet

O crescimento pelo crescimento torna-se o objetivo primordial, senão o único da vida, na sociedade capitalista, o que acarreta uma degradação progressiva do ambiente e dos recursos globais. Vivemos, atualmente, às vésperas de catástrofes previsíveis.
Serge Latouche

O decrescimento é um slogan. É tambem um conceito que nos obriga a todos a tomar consciência dos limites fisicos do planeta aos quais nós nos confrontamos. Ele obriga-nos a pôr em causa a nossa noção de conforto, de necessidade.
O decrescimento não é uma ideologia, é uma necessidade absoluta (...).
Mas o decrescimento não se limita aos aspectos ecológicos (...).
O decrescimento não será o «retorno à luz da vela» (...).
O decrescimento é também ir contra, desde hoje, ao sistema capitalista, industrial e espectacular. É um grão de areia na engrenagem da mega- máquina. (...)
Grupo Marée Noire

Extraído do blog Pimenta Negra

Para saber mais, consulte o Blog O Decrescimento

domingo, 7 de setembro de 2008

De quem é o Lixo?




As duas fotos que se apresentam neste post foram tiradas, hoje, no sítio da Tronqueira, estrada do Carreiro, na Ribeira Seca de Vila Franca do Campo. Os lixos estão colocados na berma da estrada e numa linha de água existente na localidade.
Por acaso encontramos um membro da Junta de Freguesia local e fizemos a denuncia da situação e apelamos para que a Junta de Freguesia, em colaboração com a Câmara, fizesse uma limpeza.

Posto ao corrente da situação, o dito cujo membro da Junta perguntou se o lixo era da Câmara.

Perante uma questão destas, não há nada a fazer.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ribeira de São Jorge (Madeira)



De acordo com o Diário de Notícias do Funchal a Lei portege as obras (vazadouro que está a tapar a Ribeira de São Jorge) e ignora impactos ambientais e paisagísticos.

Que raio de lei é esta?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Era uma vez uma lagoa azul e outra verde...


De acordo com Jorge Pinheiro, o processo de combate à eutrofização da Lagoa das Sete Cidades está a ser mal conduzido. Para o especialista em solos do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores estão a ser "combatidas" as consequências e não as causas.

As declarações à RDP-Açores podem ser ouvidas aqui.

Comentário: Se achamos que nas Sete Cidades, como em toda a Região, está a faltar a extensão rural, não consideramos que o combate à eutrofização deva passar para a responsabilidade da Secretaria Regional da Agricultura (melhor, Vacas e Touradas) e Florestas. Pelo contrário, o que tem de haver é uma coordenação entre as entidades que tutelam os diversos sectores de actividade. E uma nova política agrícola e de ambiente que tenha em conta as aspirações das populações locais.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Touradas, por que não?


Touradas?...

O touro é um mamífero capaz de sentir emoções fortes como dor, medo e até ansiedade. Possui um sistema límbico, um sistema nervoso complexo e terminações nervosas superficiais que lhe permitem sentir dor e sofrer (segundo estudo de John Webster, Veterinário Catedrático da Universidade de Bristol, 2005). É um herbívoro territorial, e como tal apenas se defende quando é atacado ou quando o seu espaço é invadido.
Os touros têm a capacidade de experienciar prazer e sentem-se motivados a procurá-lo. Basta ver como procuram e apreciam o prazer de viver em manada ou de estarem deitados com as cabeças levantadas na direcção do sol.

Como surgiram as touradas?

Influenciadas por alguns espectáculos frequentes no Império Romano, os primeiros registos de touradas remontam ao ano 815, por altura de um evento político da actual Espanha, onde foram mortos touros em homenagem ao acontecimento. Na documentação relativa à coroação de Afonso VII, em 1135, também existem referências a touradas, onde vários cavaleiros atestaram a sua bravura. A tourada era, portanto um entretenimento aristocrático, cuja ocorrência era rara e não tinha normas próprias que a definissem.
Na época da Inquisição com a construção de praças para condenar humanos e animais, as touradas passaram a ser mais populares. E durante o século XVIII, tornaram-se efectivamente um espectáculo para as massas.


Portugal já foi um país sem touradas

No Reinado de D. Maria II, em que o Ministro do Reino foi Passos Manuel, estiveram proibidas as touradas em todo o país. No ano de 1836, Passos Manuel promulgou um Decreto proibindo as touradas em todo o país (Diário do Governo nº 229, de 1836):
“Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros.”


Opinião da Igreja Católica sobre as touradas A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula "De salute gregis dominici", ainda em vigor:
“(...) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (...) a celebração destes espectáculos (...)” (in "Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio", tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.)


A sociedade evolui

A 15 de Outubro de 1978, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, na qual se declara:
- Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
(Artigo 3º, alínea 1)
- Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
(Artigo 3º, alínea 2)
- As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. (Artigo 10º, alínea 2)

Ao fazer do sofrimento de um animal um meio de diversão, o Ser Humano está a propagar e banalizar a violência gratuita como forma de ser e estar na sociedade. De geração em geração, o sofrimento alheio banaliza-se no inconsciente colectivo. Uma sociedade mais fraterna, justa e pacífica constrói-se em grande medida na abolição de práticas de “divertimento” que se baseiam no abuso de animais, como são as touradas.

Do mesmo modo que actualmente se preserva o lince ibérico e a águia-real, nada nos indica que os touros desapareceriam com o fim das touradas. Os touros poderiam viver livremente em santuários ou em grandes quintas.
Mas mesmo que a raça se extinguisse, tal seria preferível ao sofrimento que os animais padecem ao longo da sua vida. O impacto ecológico seria nulo, uma vez que o touro é uma raça domesticada resultante de selecção artificial feita pelo homem.


O que podes fazer?

• Frequenta outro tipo de espectáculos, como por exemplo, circos sem animais, cinema, teatro, animações de rua, espectáculos de magia, etc.
• Boicota e manifesta o seu desagrado a empresas que apoiam espectáculos tauromáquicos.
• Não participes em festas que incluam o touro em algum espectáculo.
• Informa e sensibiliza aqueles que nos rodeiam sobre os factos das touradas e a importância delas acabarem.
• Apoia, divulga e participa em iniciativas que defendam os direitos dos animais e dos touros em particular.
• Distribui o folheto Touradas?... deixemo-nos de Touradas!

Referências:

http://www.centrovegetariano.org
http://www.accaoanimal.com
http://www.matp-online.org

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Morceguismos


Como o saber não ocupa lugar, aqui deixo o link para um blog exclusivamente dedicado aos morcegos e à sua conservação.

Destruição de Árvores no Caminho do Comboio


No Caminho do Comboio vai surgir uma nova urbanização inimiga do Ambiente, como se pode confirmar pelas fotografias que envio em anexo.

O núcleo de árvores, visível na primeira fotografia (23.03.08), desaparecerá completamente se não forem tomadas medidas imediatas para pôr fim à destruição iniciada de forma manhosa no sábado (30.08.08).

Infelizmente já não é possível salvar as abacateiras e o loureiro, mas ainda é possível preservar o eucalipto monumental, pertencente a uma espécie indígena da Austrália e rara na Madeira.

Do Eucalyptus robusta só houve tempo para esgaçar dois ramos, pelo que a Câmara ainda está a tempo de o manter de pé e com boa saúde, para que possa continuar a desempenhar a sua função ornamental e ecológica. É importante referir, que, para além do impacto positivo na paisagem, o eucalipto tem funcionado como refúgio para corujas, que nidificam na sua
enorme copa e caçam ratos na área envolvente.

Não podemos continuar passivamente a assistir à erradicação das manchas verdes do tecido urbano do Funchal.

Saudações ecológicas,


Raimundo Quintal (Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal)