O
Governo Regional dos Açores é, como todos sabemos, um fervoroso adepto do
desenvolvimento sustentável, embora pareça não saber o significado do conceito,
e um feroz apoiante da economia verde, diga-se capitalismo verde.
A
provar o afirmado anteriormente, o governo diz apostar nas energias renováveis,
mesmo naquelas que de renováveis nada têm (para além dos disparates dos
técnicos (?) da AMISM), como a produzida pela queima de lixos, pois segundo
parece as doutas cabeças descobriram uma combustão verde, isto é sem emissão de
dióxido de carbono.
Se
o dito cujo governo distribui algum do dinheiro de todos a alguns, através do
PROENERGIA, encaminha muito mais para os grupos económicos que são os donos da
empresa que produz e distribui eletricidade nos Açores.
Em
nome dos Açores solidários, apoiam-se com milhões de euros a tauromaquia que,
como é sabido, é uma indústria verde sujo que tem como objetivo torturar e matar
animais e ferir ou matar humanos estupidificados pela deseducação que receberam
desde o berço. A título de exemplo, fica registado que o mês de Junho, foi
fértil em tortura animal que teve o seu auge nas sanjoaninas, onde as touradas
foram apoiadas com uma verba de quase 300 mil euros.
Uma
descoberta recente, para nós nem por isso, foi a do “compadrio entre
investigação científica e a política”, como muito bem denunciou o Diretor do
Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. Com efeito, ao contrário
do que recomenda a esmagadora maioria dos estudos, segundo os quais transportar
espécies endémicas de umas ilhas para as outras poderá acabar com a sua
variabilidade genética, alguns universitários bem identificados com outras
causas também verdes, como a dos transgénicos, e o secretário regional que
tutela o ambiente acham que não.
Que
interesses ocultos estarão por detrás de tudo isto? Já temos um acelerador de
partículas para estudar o assunto!
Mas,
a grande descoberta, talvez mais importante que a “partícula de Deus”, foi a do
economista Gualter Furtado que, em entrevista ao Correio dos Açores, defendeu a
criação de um imposto “contra a poluição, contra a destruição do meio
ambiente”.
Com a referência ao meio ambiente está tudo
dito, vamos proteger a metade do ambiente, aquela que não é acessível ao braço
humano, e vamos carregar com mais impostos quem já está a suportar a crise
causada pelo capitalismo e pelos seus agentes que com incompetência estão a
governar o mundo.
José
Sousa