Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
A ilegalidade e a deseducação nas touradas
Exmo. Sr. Diretor Regional da
Cultura,
Atendendo às
numerosas informações existentes de que crianças de menos de 6 anos assistem
frequentemente a espectáculos tauromáquicos na Praça de Touros da Ilha Terceira.
Atendendo a que
no âmbito das recentes festas Sanjoaninas de 2012, realizadas em Angra do
Heroísmo, foram publicadas numerosas imagens (ver anexo) onde é notória a presença
de crianças menores de 6 anos nas três corridas de touros realizadas nos dias 24,
25 e 26 de Junho na Praça de Touros da Ilha Terceira.
Atendendo a que
também no âmbito das referidas festas Sanjoaninas de 2012 foi realizada no dia
27 de Junho uma “bezerrada” anunciada como “Espectáculo para crianças e idosos”
na mesma Praça de Touros da Ilha Terceira, onde foi evidente a presença de
crianças menores de 6 anos (ver anexo), sendo ainda este espectáculo de características
semelhantes àquelas de qualquer espectáculo tauromáquico habitual, com animais
a serem sujeitos a práticas violentas e derramamento de sangue.
Atendendo a que
dessa mesma “bezerrada” do dia 27 de Junho existem imagens de crianças a participar activamente no
espectáculo, aparentemente na qualidade de “toureiros” amadores ou
profissionais, e em contacto directo com os touros.
Considerando que
a idade mínima para assistir aos espectáculos tauromáquicos é de 6 anos nos
termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do DL n.º 386/82, de 21 de Setembro,
na alteração que
lhe foi conferida pelo DL n.º 116/83, de 24 Fevereiro. E sendo que nos termos
da alínea a) do artigo 3.º do mesmo diploma, os menores de 3 anos não podem assistir
a quaisquer divertimentos ou espectáculos públicos.
Considerando que
a violação de tal norma é punível como contra-ordenação nos termos do artigo 27.º
(sendo a responsabilidade imputada ao promotor do espectáculo), com coima de € 50,00 a € 125,00 por cada menor,
sendo que no caso de reincidências os valores são elevados ao dobro, e 2.ª e
ulteriores reincidências ao triplo (cfr artigo 29.º).
Considerando a
deliberação da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco,
adoptada na sua reunião de 14 de Julho de 2009, em relação ao n.º 3 do artigo
139.º da Lei n.º
35/2004, de 29 de Julho, sobre actividades permitidas ou proibidas, deliberação
que considera que os animais utilizáveis em espectáculos tauromáquicos, independentemente
do seu peso, apresentam características de ferocidade/agressividade,
inerentes à natureza do
espectáculo, que podem colocar em perigo crianças ou jovens.
Solicitamos que
V. Exa. e a sua Direcção Regional tomem as devidas medidas para apurar as
responsabilidades de todos os factos relatados, punir os culpados e impedir que
a legalidade volte a ser posta em causa no futuro.
Agradeceremos
igualmente comunicação sobre os passos dados por V. Exa. neste sentido.
Atentamente,
Movimento Cívico
Abolicionista da Tauromaquia nos Açores
Ver fotografias aqui:
quarta-feira, 18 de julho de 2012
O Padre Marco Gomes, a crise da Igreja Católica e a tortura animal
Sabendo
que, ao longo da história, a Igreja Católica por inúmeras vezes sujou as suas
mãos.
Não
vamos, aqui, dar exemplos pois seriam necessárias resmas de papel para
descrever os escândalos em que aquela esteve envolvida e muitos hectares de
terra para sepultar, condignamente, todas as suas vítimas.
Contudo,
pensávamos que as novas gerações de sacerdotes fossem mais evoluídas e
possuíssem um coração mais sensível ao sofrimento de todos os seres vivos
sencientes que com os humanos partilham a vida na Terra.
Infelizmente,
parece que assim não é como se pode comprovar através de uma entrevista concedida
a um adepto da tortura de touros a uma revista da Igreja Católica, dirigida
pelo Padre Marco Gomes, que recebemos na nossa caixa de correio, enviada por
mão amiga.
Fazer
jornalismo é ser isento e apresentar os diversos pontos de vista perante
determinadas situações. No caso em apreço, o padre Gomes ouviu apenas uma
parte, a dos amigos das touradas e inimigos dos touros, que fartou-se de
achincalhar quem tinha opinião contrária, para além de ter proferido um
chorrilho de asneiras, que por decoro não vamos aqui repetir.
Como
só ouviu uma parte, depreende-se que ou é jornalista tauromáquico ou se não o
é, é como se o fosse pois mostrou que está ao serviço de uma indústria
anacrónica que sobrevive à custa de apoios públicos, da alienação de um povo
que foi deseducado desde a infância e da tortura de touros.
Esta
posição do padre Gomes parece-nos não ser uma mera opção pessoal. Com efeito,
tudo leva a crer que se trata de uma orientação superior pois muitas touradas
estão associadas a festividades religiosas e ao apelo, recentemente enviado por
vários cidadãos e não por máquinas que criam endereços eletrónicos e enviam
automaticamente aos destinatários, para que não se realizasse uma tourada à
corda nos Aflitos, o senhor bispo remeteu-se ao silêncio absoluto.
Embora
não nos queiramos imiscuir e assuntos internos da Igreja Católica, acreditamos
que não é promovendo touradas que a hierarquia vai conseguir fazer regressar as
ovelhas tresmalhadas.
Também
queríamos afirmar que não são as associações animalistas, embora não estejamos
ligados a nenhuma delas, nem as pessoas sensíveis ao sofrimento dos animais que
vão destruir ou emperrar a organização da Igreja Católica nos Açores. A crise
por que passa a igreja e as dificuldades da diocese têm como principais responsáveis
a sua hierarquia que não soube adaptar-se aos novos tempos e o senhor padre
Gomes, apesar da idade nada de novo trouxe.
A
pessoa amiga que nos enviou a revista também nos disse que o padre Marco Gomes
na sua juventude foi um observador e protetor de aves. Sobre esse assunto,
gostaríamos de lhe perguntar se a sua sensibilidade para as aves foi apenas um
devaneio de juventude ou acha que uma ave deve ser protegida e um touro merece
ser espetado com ferros?
Manuel Oliveira
(recebido por e-mail)
domingo, 15 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
Terra Livre 47
http://issuu.com/teobraga/docs/terra__livre_47_julho_de_2012?mode=window&backgroundColor=%23222222" target="_blank">Open publication - Free http://issuu.com" target="_blank">publishing - http://issuu.com/search?q=ambiente" target="_blank">More ambiente
O Bosão Verde Açoriano
O
Governo Regional dos Açores é, como todos sabemos, um fervoroso adepto do
desenvolvimento sustentável, embora pareça não saber o significado do conceito,
e um feroz apoiante da economia verde, diga-se capitalismo verde.
A
provar o afirmado anteriormente, o governo diz apostar nas energias renováveis,
mesmo naquelas que de renováveis nada têm (para além dos disparates dos
técnicos (?) da AMISM), como a produzida pela queima de lixos, pois segundo
parece as doutas cabeças descobriram uma combustão verde, isto é sem emissão de
dióxido de carbono.
Se
o dito cujo governo distribui algum do dinheiro de todos a alguns, através do
PROENERGIA, encaminha muito mais para os grupos económicos que são os donos da
empresa que produz e distribui eletricidade nos Açores.
Em
nome dos Açores solidários, apoiam-se com milhões de euros a tauromaquia que,
como é sabido, é uma indústria verde sujo que tem como objetivo torturar e matar
animais e ferir ou matar humanos estupidificados pela deseducação que receberam
desde o berço. A título de exemplo, fica registado que o mês de Junho, foi
fértil em tortura animal que teve o seu auge nas sanjoaninas, onde as touradas
foram apoiadas com uma verba de quase 300 mil euros.
Uma
descoberta recente, para nós nem por isso, foi a do “compadrio entre
investigação científica e a política”, como muito bem denunciou o Diretor do
Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. Com efeito, ao contrário
do que recomenda a esmagadora maioria dos estudos, segundo os quais transportar
espécies endémicas de umas ilhas para as outras poderá acabar com a sua
variabilidade genética, alguns universitários bem identificados com outras
causas também verdes, como a dos transgénicos, e o secretário regional que
tutela o ambiente acham que não.
Que
interesses ocultos estarão por detrás de tudo isto? Já temos um acelerador de
partículas para estudar o assunto!
Mas,
a grande descoberta, talvez mais importante que a “partícula de Deus”, foi a do
economista Gualter Furtado que, em entrevista ao Correio dos Açores, defendeu a
criação de um imposto “contra a poluição, contra a destruição do meio
ambiente”.
Com a referência ao meio ambiente está tudo
dito, vamos proteger a metade do ambiente, aquela que não é acessível ao braço
humano, e vamos carregar com mais impostos quem já está a suportar a crise
causada pelo capitalismo e pelos seus agentes que com incompetência estão a
governar o mundo.
José
Sousa
quarta-feira, 4 de julho de 2012
NÃO FIQUE INDIFERENTE – AJUDE-NOS A TRAVAR A INVESTIDA DA INDÚSTRIA TAUROMÁQUICA NUMA ILHA ONDE NÃO HÁ TRADIÇÃO DE TOURADAS
Está prevista a realização de uma tourada à corda na localidade da Pedreira, concelho de Nordeste na Ilha de São Miguel, integrada nas festividades de Nossa Senhora da Luz.
Escreva ao Padre Agostinho Lima para impedir que o referido triste “espetáculo” se realize. Divulgue por todos os seus contatos.
Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.
Para: aj.lima@sapo.pt
Cc: geral@diocesedeangra.pt, presidente@cmnordeste.pt, cultura@cmnordeste.pt, jfdenordeste@sapo.pt
Bcc: acorianooriental@acorianooriental.pt,jornal@diariodosacores.pt, acoresmelhores@gmail.com, matp.acores@gmail.com, auniao@auniao.com, u@auniao.com, apacores@gmail.com, gbea@amigosdosacores.pt
Sr. Padre Agostinho não permita a realização da tourada nas Festas de Nossa Senhora da Luz
Reverendíssimo Pe. Agostinho Lima
No próximo dia 7 de Julho está programada uma tourada à corda, Junto à Igreja Paroquial, integrada no programa das festas da Nossa Senhora da Luz, na paróquia da Pedreira.
Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos;
Considerando que não há tradição de touradas em S. Miguel e, mesmo que houvesse, não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, como é o caso da tourada.
Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara de oposição às touradas, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espetáculos alheios de caridade cristã;
Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas;
Considerando que a tourada à corda prevista para a Pedreira vem conspurcar as respeitadas festas da Nossa Senhora da Luz.
Vimos apelar a V. Revª para que intervenha junto de quem de direito para que retire do programa a referida tourada, que poderá originar sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais, e que se use com parcimónia o dinheiro esbanjado para o efeito.
Atentamente
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