Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
PELA VIDA, NÃO À INCINERAÇÃO - ENTRA EM AÇÃO
PELA VIDA, NÂO À INCINERAÇÃO
Por favor envie e-mails para as seguintes entidades para que repensem o projeto de tratamento de resíduos sólidos nos Açores com recurso à sua incineração (para saber mais ver comunicado da Quercus, no fim).
Para:
geral@amism.pt, bertacabral@mpdelgada.pt , gabpres-cml@mail.telepac.pt , hpires@cmvfc.pt, geral@cm-povoacao.pt, geralcmrg@cm-ribeiragrande.pt
Cc:
presidencia@azores.gov.pt
Bcc:
amigosdosacores@amigosdosacores.pt, quercus.saomiguel@gmail.com, saomiguel@quercus.pt, terralivreacores@gmail.com, amigosdocalhau@gmail.com, nortecrescente@gmail.com, residuos@quercus.pt
Exmo. Senhor.
Presidente da Associação de Municípios da Ilha de São Miguel
Exmos Senhores
Presidentes das Câmaras Municipais da Ilha de São Miguel
C/c ao Exmo Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores
Vimos manifestar, a V. Exas, a nossa recusa em aceitar a instalação de uma incineradora de resíduos sólidos urbanos na ilha de São Miguel (Açores) porque se trata de um método obsoleto e prejudicial ao ambiente e à saúde pública já que emite dioxinas e furanos, destrói materiais recicláveis e reutilizáveis, origina uma percentagem considerável de resíduos tóxicos e perigosos e é muito mais cara do que outras opções, para além de dificultar a implantação de programas de redução e reciclagem.
Os açores e particularmente a ilha de São Miguel têm que optar por um caminho de futuro, que aproveite ao máximo todos os materiais e em particular a matéria orgânica, que respeite a agricultura e o turismo ecológico e que crie mais postos de trabalho.
Face ao exposto, vimos apelar para que parem com o Vosso projeto que vai por em causa o futuro de uma vida saudável para as gerações futuras.
Com os melhores cumprimentos
(Nome)
Alternativa da Quercus poupa 50 milhões
A recente decisão do Governo da Região Autónoma dos Açores de, face às imposições da nova Directiva sobre Resíduos, obrigar a Associação de Municípios da Ilha de São Miguel (AMISM) até 2020 a reciclar 50% dos materiais recicláveis existentes nos resíduos urbanos torna inviável o projecto de incineração nos moldes em que foi apresentado, por estar manifestamente sobredimensionado.
Para além disso, o facto do Grupo Águas de Portugal estar impedido de participar no financiamento do incinerador, inviabiliza também este projecto devido aos elevados montantes de investimento em causa que ascendem a 74 milhões de euros só para o incinerador.
Face a todas estas condicionantes, a Quercus apresentou ao Governo Regional e à AMISM uma alternativa para o tratamento dos resíduos urbanos da Ilha de S. Miguel através do Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) custa apenas 25 milhões de euros, poupando-se assim cerca 50 milhões em relação ao incinerador.
Este processo consiste na separação mecânica dos resíduos recicláveis e transformação dos resíduos orgânicos em composto, permitindo:
- Atingir as metas de reciclagem da nova Directiva dos Resíduos;
- A produção de energia renovável através do biogás resultante do tratamento anaeróbio dos resíduos orgânicos;
- Cumprir as metas da Directiva Aterros em relação a desvio da matéria orgânica dos aterros.
Portugal possui diversas unidades de TMB, sendo considerada como referência a unidade da Valnor (do Grupo EGF) no Distrito de Portalegre que já foi visitada por técnicos da Secretaria Regional de Ambiente dos Açores que emitiram um parecer favorável em relação ao processo.
Em reunião realizada no dia 2 de Novembro com a Quercus, a AMISM comprometeu-se igualmente a visitar a unidade de TMB da Valnor.
Ponta Delgada, 21 de Novembro de 2011
Link: http://residuos.quercus.pt/scid/subquercus/defaultarticleViewOne.asp?categorySiteID=689&articleSiteID=2914