quarta-feira, 8 de julho de 2009

MORRA O PASSADIÇO


Temos acompanhado com atenção a "telenovela" sobre a construção de um passadiço na Reserva Natural da Lagoa do Fogo, a qual tem feito surgir das catacumbas da indiferença face às questões ambientais/sociais ilustres cidadãos e cidadãs anónimo(a)s ou nem por isso.

De entre as vozes ou das canetas que se têm manifestado, distinguiria os seguintes grupos:

1- os cristãos novos, isto é todos aqueles que depois de uma noite mal dormida acordaram dizendo: pai, a partir de hoje rompo todos os cartões e passo a ser ambientalista;

2- os do contra, isto é todos os que tendo um inimigo de estimação- presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, determinado governante ou associação ambientalista- e estimulados por alguém das próprias estruturas governamentais decidem protestar;

3- os nimby (Not in my backyard), isto é o grupo daqueles que se mobilizam para uma questão local e enfrentam, com ou sem razão, aquilo que pensam ser uma ameaça para o equilibrio ecológico, esquecendo-se do que se passa noutros locais ou tudo aquilo que a sua vista não alcança;

4- os verdadeiramente preocupados com a coisa pública e que sem ganhos pessoais, para além da satisfação de contribuir para o bem comum, se dedicam de alma e coração a diversas causas.

Identificados os intervenientes e sendo eles muitos, independentemente do que os faz mover, constatamos que é enorme o número de preocupados com a degradação da Lagoa do Fogo, com ou sem passadiço. Para evitar gastos de saliva, tinta, papel e combustivel e atendendo que a Ribeira Grande não ficará diminuida por um percurso pedestre a menos, propomos que seja retirado aquele trilho pedestre da lista dos percursos recomendados.

Mas, para que o concelho não fique "empobrecido" por aquela exclusão, disponibilizo-me, para, com apoio logistico da autarquia ribeiragrandense, se esta e quando esta entender por bem, elaborar uma proposta de trilho alternativo para o concelho.

A título gratuito e qualquer que seja o inquilino da Câmara Municipal da Ribeira Grande.

Teófilo Braga