Pela criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Estou morto e divirto-me
Há quinze dias fui atropelado por um camião e estava muito mal, hoje fui acometido por um AVC e estou mais para lá do que para cá. Estas têm sido as novas que a meu respeito têm circulado nos últimos tempos. Felizmente, a minha família tem sido poupada a isto, já que as pessoas ou têm telefonado para amigos ou têm falado directamente comigo acerca do meu estado de saúde.
Embora com “avarias” e apesar do que se tem dito, tenho andado a fazer a minha vida, repartida, nos últimos tempos, entre o trabalho de preparação do ano escolar e o do campo.
Entretanto, tenho-me divertido com o que ultimamente se tem passado na nossa terra e que tem preenchido algumas páginas dos jornais. Talvez pensando que eu já pertencia a outra dimensão, tenho recebido elogios de alguns jornais, quando antes me consideravam anti-progresso, fundamentalista ou mesmo me aconselhavam a cheirar vapores de eucalipto. Em resumo, passei de besta a bestial!
Pela comunicação social, também, fiquei a saber que os Amigos dos Açores tiveram, ao longo da sua existência, como presidentes ou nos seus corpos sociais pessoas que nunca o foram, mas isto é assunto que não é novo, pois há algum tempo estive a conversar com uma pessoa que me disse que um seu familiar tinha sido o fundador daquela associação.
Outro assunto que me tem divertido é a chamada guerra dos fósseis, com textos e contra-textos, alguns com uma linguagem mais apropriada a uma discussão de café (ver aqui: http://www.obaluarte.net/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiIyMzc1IjtzOjk6ImlkX3NlY2NhbyI7Tjt9).
Para não me alongar mais, também fiquei a saber que uma conhecida organização terceirense está, qual célula adormecida da Al-Qaeda, à espera da expulsão dos Amigos dos Açores para passar a gerir a Gruta do Carvão.
Um jornal também noticiou o sucesso da tourada à corda, em Santa Bárbara da Ribeira Grande, e considerou de pouca monta o número de feridos (10 de acordo com as nossas fontes, um dos quais de 80 anos que terá partido a “bacia”). Queria mais? Só seria um número aceitável se houvesse alguma morte?
Fico por aqui, o telefone está a tocar e vou ver se é São Pedro a chamar por mim.
TB
(Escrito ontem, 2 de setembro de 2010, logo a seguir a tomar conhecimento pelo telefone de que um AVC me havia "derrubado".