sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Campanha SOS- Cagarro e o Ambientalismo de Alcatifa



Em Novembro de 1993, coordenada pelos Amigos dos Açores, teve inicio a campanha "A Escola e o Cagarro", no âmbito da qual foi aplicado um inquérito, sobre a espécie, destinado a alunos das escolas, nomeadamente do 1º e 2º ciclos do ensino básico, e distribuídos 10 mil folhetos.

Foi esta iniciativa, que teve como principal mentor o Eng. Luís Monteiro, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, que deu origem à actual campanha “SOS- Cagarro”. Esta tem como objectivo principal salvar o maior número possível de cagarros, a ave marinha mais abundante dos Açores, cujo número se encontra em regressão a nível mundial.

Não sendo o cagarro propriedade de ninguém, das entidades oficiais espera-se, apenas, a disponibilização de informação e meios ao cada vez maior número de voluntários que todas as noites, nos meses de Outubro e de Novembro, se disponibilizam para participar nas brigadas que se têm constituído para a recolha de cagarros e sua posterior devolução ao mar.

Para além dos voluntários já referidos, é de louvar o papel de algumas associações ou grupos informais, como os Amigos dos Açores e os Amigos do Calhau, de São Miguel, e o CADEP, de Santa Maria, que têm coordenado o trabalho voluntário e promovido a defesa daquela espécie sobretudo no Grupo Oriental dos Açores.

De igual modo, embora não seja de estranhar, as mais de trinta associações reconhecidas como tal pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores mantêm um silêncio absoluto sobre o assunto e têm-se abstido de qualquer participação activa nesta campanha.

Embora respeitemos a pluralidade do denominado movimento ambientalista, não compreendemos a sua descoordenação e muito menos a tentativa periódica, de alguns, de criar estruturas que têm apenas como o objectivo de lá se colocarem com vista a tornarem-se visíveis para posteriores voos.

A obsessão em serem representantes de outros em comissões ou nos variados conselhos consultivos e a fobia em trabalharem no terreno, junto das populações, onde estão localizados os problemas ambientais, que mais não são do que problemas sociais, faz com que eles pertençam a uma tipologia especial: a dos ambientalistas de alcatifa.

T.Braga

(Publicado no Jornal Terra Nostra, nº 429, p.20, 30 de Outubro de 2009)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

TODOS OS RESTAURANTES DE SANTA MARIA SOB SUSPEITA


A notícia, abaixo, do GACS foi desastrosa já que põe sob suspeita todos os restaurantes de Santa Maria. Enfim, o querer mostrar trabalho feito neste caso vem de algum modo prejudicar gente séria. O mínimo que os restaurantes não implicados poderiam fazer seria exigir que o seu nome não fosse manchado.

Fiscalização detecta comércio ilegal de cagarros

No âmbito da Campanha SOS Cagarro, as Inspecções Regionais do Ambiente e das Actividades Económicas realizaram uma operação conjunta na ilha de Santa Maria tendo como objectivo a fiscalização de estabelecimentos de restauração onde alegadamente se comercializam ilegalmente Cagarros.

Alguns cagarros juvenis são apanhados nas suas colónias de nidificação e vendidos a restaurantes locais que os confeccionam. Estas aves estão protegidas pela Directiva “Aves”, pelo que a sua posse ou comercialização é proibida e punida.

Desta operação conjunta IRA/IRAE resultou a apreensão de cerca de uma dezena de cagarros que se encontravam congelados numa arca frigorífica de um restaurante. Desta apreensão resultou um processo de contra ordenação que está sendo instruído na Inspecção Regional do Ambiente, e cuja coima poderá atingir um máximo de 3740€.

Esta já não é a primeira vez que, como resultado da acção da fiscalizadora, é detectada uma anomalia deste tipo. No dia 24 de Setembro, na Ponta do Cedro, uma equipa do SEPNA – GNR do Posto Territorial de Vila do Porto, identificou um indivíduo em flagrante, na posse de dois cagarros mortos.


GaCS/SF/DRA

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

HUMOR OUTONAL


Quando a esmola é muita até o santo desconfia

Através da página Web da Assembleia Legislativa Regional ficamos a saber que os Açores são uma região em que a chamada sociedade civil não vira a cara às suas responsabilidades, dai contribuir para as discussões públicas e para o voluntariado ambiental de tal modo que somos (ou parecemos) uma região modelo.

A listagem de associações a que foi solicitado parecer sobre uma Proposta de Decreto Leg. Natureza Jurídica e Normas de Funcionamento da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) peca por defeito. Mas, passemos adiante e vamos a um conjunto não exaustivo de questões:

- Por que razão foi contactada a associação “Escravos da Cadeinha” e não a “Maré de Agosto” ?
- Por que razão foi contemplada a APAC- Associação de Proprietários Amigos da Costa e esquecida a Associação da Rocha da Relva?
- Por que motivo lembraram-se do OVGA e esqueceram-se da Associação Afonso de Chaves?
- Por que motivo não foi esquecido o Centro de Jovens Naturalistas e ignorado o CADEP, de Santa Maria?
- Por que motivo foram contactados os Amigos da Maia e esquecidos os Amigos da Lagoa do Fogo?
- Por que razão foi contactado o SOS Costa Norte não o SOS Lagoas já que ambos têm o mesmo estatuto legal?
- Por que razão foi contactada a Associação Jovens "Ser Diferente" e não os Jovens Unidos da Ribeira Seca?
- Por que razão foi contactada a Associação Amigos dos Animais da Graciosa e não as congéneres da ilha Terceira ou do Faial?
- O que levou a ser contactado o Núcleo da Ilha do Pico "Os Montanheiros" e esqueceram-se do de São Miguel?
- O que levou ao contacto com o Clube Náutico da Calheta e ao esquecimento do Clube Naval de Ponta Delgada?

Poderíamos apresentar uma centena de associações ou pseudo-associações que foram ignoradas e que pela sua natureza não foram nem deviam ser contactadas tal como muitas das que constam da listagem da ALRAA a que tivemos acesso e que abaixo apresentamos:


Associação "Escravos da Cadaínha";
Círculo dos Amigos das Furnas;
Associação Ecológica "Amigos do Calhau";
APAC - Associação Proprietários Amigos da Costa;
Quercus - Nucleo Reg. São Miguel;
Observatório Vulcanológico Geotérmico Açores -OVGA;
Centro de Jovens Naturalistas;
Associação "Os Amigos da Maia";
Associação Viver as Furnas;
Assoc. Desenvolvimento Local - Norte Crescente;
SOS Costa Norte;
Associação Jovens "Ser Diferente";
A MATA; 14-10-2009;
Associação Ecológica "Amigos dos Açores";
Quercus - Núcleo Regional da Terceira;
Gê - Questa;
Junta Regional dos Açores C.N.E.;
Núcleo de Ambiente Universidade Açores;
Os Montanheiros;
Ass. Cultural Desportiva e Recreativa da Graciosa;
Associação de Jovens das Flores;
Associação para o Estudo do Ambiente Insular;
Observatório do Ambiente dos Açores;
Associação Amigos dos Animais da Graciosa;
Associação de Amigos da Caldeira de Santo Cristo;
Núcleo da Ilha de S. Jorge "Os Montanheiros";
Ass. Juventude Defesa Patrim Hist Cult de S. Jorge;
Associação dos Amigos da Fajã dos Vimes;
Associação de Desportos Náuticos de Vela - S, jorge;
Clube Náutico da Calheta - S. Jorge;
Associação de Defesa dos Animais "Amigo Animal";
Associação "Os Guardiões";
Associação de Municípios da RAA;
Círculo de Amigos da Ilha do Pico;
Núcleo da Ilha do Pico "Os Montanheiros";
Delegação do Pico da "Quercus"
AZÓRICA; 15-10-2009;
Associação do Clube Europeu da Horta;
OMA - Observatório do Mar dos Açores;
Associação de Amigos de São Lourenço;

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Arroz Transgénico - A Democracia não é de Quatro em Quatro Anos


Diga o que pensa a quem manda!

Ajudar a defender o nosso arroz é simples. Basta:

1. Informar-se!
2. Agir!

Pela primeira vez uma empresa (a alemã Bayer) pretende comercializar arroz transgénico na União Europeia. Até aqui as plantas transgénicas estavam praticamente limitadas às rações animais. Mas agora a engenharia genética chegou directamente ao nosso prato. O que fazer?

1º passo: Informar-se

SABIA QUE...
... o arroz é o alimento mais importante do mundo? Mais de metade da população mundial come arroz todos os dias. E, de entre os europeus, os portugueses são os maiores consumidores de arroz: cada um de nós come em média cerca de 15 quilos por ano!
... a empresa Bayer pretende que a União Europeia aprove até ao final de 2009 a importação e consumo do arroz LL62, um arroz transgénico que é muito diferente do arroz convencional tanto em termos de vitaminas (B5 e E), como em cálcio, ferro e ácidos gordos?
... o arroz transgénico LL62, da empresa Bayer, foi manipulado para se tornar resistente a grandes doses do herbicida glufosinato, também da Bayer? Isso significa que cada bago de arroz transgénico vai ter mais resíduos desse poluente do que qualquer outro tipo de arroz - e o glufosinato foi avaliado como sendo de «alto risco» para o ser humano e outros mamíferos.
... na verdade, esse herbicida glufosinato é tão tóxico que já foi decidida a sua proibição na União Europeia a partir de 2017? Se aprovar o arroz transgénico, a União Europeia estará a dizer: «Não permitimos cá este herbicida, mas não queremos saber se abrimos as portas para este arroz ser produzido noutros países que assim vão ficar poluídos.»
... os resíduos do herbicida não desaparecem quando se coze o arroz?
... a entrada do arroz transgénico na Europa, segundo documentos da própria empresa Bayer, vai levar à contaminação dos campos de cultivo de arroz normal?
... a Bayer não é de confiança? Nos Estados Unidos em 2006 uma das suas variedades de arroz transgénico, apenas autorizado para testes experimentais, contaminou extensas áreas de arroz agulha e o resultado foi um prejuízo superior a 1,2 mil milhões de dólares para toda a indústria arrozeira daquele país. E a Bayer, o que fez? Descartou-se de todas as responsabilidades afirmando simplesmente em tribunal que esse acidente tinha sido «um acto de Deus»!
... esta é uma decisão sem retorno? Não existe cultivo comercial de arroz transgénico em país algum do mundo. A Bayer quer forçar a União Europeia a aprovar a importação do arroz LL62 de modo a depois começar o cultivo em países com legislação mais frágil. A consequências será a contaminação das variedades de arroz um pouco por todo o mundo. E finalmente a União Europeia ver-se-á obrigada a autorizar o cultivo transgénico também por cá, porque – tal como já acontece com outras espécies – as variedades normais de arroz terão ficado irremediavelmente comprometidas.
... nada está perdido? Ainda estão pela frente duas votações em Bruxelas, uma a nível de comité regulador e outra no Conselho de Agricultura, que ainda não têm data marcada. Portugal tem 12 votos e são necessários 91 votos contra para bloquear esta aprovação. Vale a pena mostrar ao ministro de que lado temos de nos colocar, porque a nossa posição pode fazer a diferença na balança europeia!
NOTA: À medida que mais dados forem ficando disponíveis iremos disponibilizá-los nesta página. (Actualizado a Outubro de 2009)

2º passo: Passar à acção

ESCREVA ao Ministro da Agricultura e diga-lhe para votar contra qualquer autorização do arroz transgénico LL62. Os contactos são estes:

Morada: Ministério da Agricultura, Praça do Comércio, 1149-010 LISBOA
Email: gabministro@madrp.gov.pt
Fax: 213 234 604
Pode usar o texto abaixo, ou modificá-lo como entender. Por favor envie-nos cópia do email, carta ou fax para info@stopogm.net

EXEMPLO DE CARTA

Exmo Sr Ministro da Agricultura,
Venho por este meio expressar a minha total oposição à aprovação do arroz transgénico LL62 da Bayer e solicitar que vote contra esse arroz em todas as circunstâncias ao seu alcance. Se fosse aprovado, o arroz LL62 seria o primeiro transgénico em circulação na União Europeia dirigido directamente ao consumo humano. Tornar-se-ia parte da alimentação de todos: pessoas saudáveis e doentes, crianças e adultos, grávidas e idosos. Mesmo que no supermercado - se a rotulagem estivesse a ser cumprida! - fosse possível evitar comprar esse arroz, já não haveria nenhuma escolha em cantinas ou restaurantes. E, com o tempo, a contaminação tornaria cada vez mais difícil produzir e manter arroz normal, livre da presença transgénica. O arroz não transgénico tornar-se-ia uma raridade cara, só para as elites que apreciam o gourmet e o pudessem pagar.
Portugal é o terceiro maior produtor de arroz da União Europeia, e os portugueses comem, por ano, mais arroz do que qualquer outro europeu. Se o arroz transgénico da Bayer for aprovado para o mercado europeu, seremos dos mais afectados. É pois a nossa saúde, economia e cultura que estão em causa.
Senhor Ministro: não há ninguém em Portugal a pedir arroz transgénico - nem a indústria, nem os consumidores, nem os agricultores. Qualquer voto português a favor, ou mesmo uma abstenção, representaria uma vénia a interesses que não são os nossos. Para protecção dos consumidores e do arroz cultivado em Portugal apelo a que o governo assuma as suas responsabilidades e afirme publicamente que fará tudo ao seu alcance para evitar este atentado à nossa alimentação e gastronomia.

Com os melhores cumprimentos,

NOME:_________________________________________________________________

BI:_____________________

[ASSINAR COM NOME COMPLETO E INDICAR O NÚMERO DO BILHETE DE IDENTIDADE]

Fonte: http://www.stopogm.net/

Arroz doce transgénico?

Portugal é o país da Europa que mais come arroz, per capita. Este cereal representa um pilar central na nossa alimentação e cultura gastronómica. E até agora não havia arroz geneticamente modificado em circulação na União Europeia. Mas a paz acabou. Neste momento a Bayer, uma multinacional alemã, pretende importar para toda a União Europeia uma variedade de arroz geneticamente modificado, para consumo humano. Este arroz geneticamente modificado foi manipulado para aguentar elevadas doses de um herbicida que mataria as variedades convencionais. Para evitar que o arroz geneticamente modificado chegue ao prato dos portugueses (e dos europeus), a Transgénicos Fora, Plataforma Portuguesa para uma Agricultura Sustentável, vai lançar uma campanha que visa pressionar o novo ministro da Agricultura a votar contra, em Bruxelas, ao pedido da Bayer. Esta campanha segue-se à que a Greenpeace também lançou, com os mesmos objectivos. Margarida Silva, da Transgénicos Fora, antecipa a campanha, numa conversa gravada na semana passada (por se encontrar nesta altura fora de Portugal).

Ouça a entrevista aqui: http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1389505

Fonte: http://tsf.sapo.pt/Programas/BlogsMaisCedo.aspx?content_id=1016877&audio_id=1389505

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PLATAFORMA ANTI-GUERRA, ANTI-NATO (PAGAN)


Constiuída a 30 de Setembro de 2009, a Plataforma Anti-Guerra, Anti-Nato (PAGAN) é um movimento anti-militarista português integrado na campanha internacional «No to War, No to NATO».

Motivada pela circunstância de a próxima cimeira da NATO se realizar em Portugal em finais de 2010, a PAGAN foi criada com o propósito de manifestar pública e pacificamente o desagrado dos cidadãos portugueses com as políticas belicistas da NATO.

A PAGAN pretende também ser um veículo de informação sobre as alternativas anti-militaristas de que todos os cidadãos dispõem de forma a não compactuar com os interesses bélicos da NATO.

Este é um movimento aberto a todos aqueles que pretendam afirmar o seu repúdio pela guerra e pelas instituições que a representam e patrocinam.

Fonte: http://antinatoportugal.wordpress.com/

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Petição Pela abertura das Lagoas Empadadas, Lagoa do Canário e Pinhal da Paz ao Fim de Semana



Quem nunca chegou num dia de fim de semana durante o Outono ou Inverno às Lagoas Empadadas, Lagoa do Canário ou Pinhal da Paz e se deparou com a porta fechada?

Apesar do clima ameno e agradável, após duas semanas do inicio do Outono, as zonas de lazer estão já a encerrar, passando a funcionar apenas à semana e em horário laboral, isto é, quando a generalidade dos seus possíveis utentes, que contribuem com os seus impostos para o funcionamento destes espaços, estão a trabalhar.

Se, como nós, entender que esta situação não é justa e que todos merecemos melhor serviço publico na gestão das referidas matas e florestas de recreio, assine a petição em http://www.peticao.com.pt/abertura-matas-e-florestas

Petição Pela abertura das Lagoas Empadadas, Lagoa do Canário e Pinhal da Paz ao Fim de Semana

Sua Excelência Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada
Sua Excelência Secretário Regional da Agricultura e Florestas

Considerando que as florestas e matas de recreio são áreas lúdicas que proporcionam aos seus utentes momentos de descontracção e de lazer em contacto com a biodiversidade, fomentando a sua qualidade de vida e o seu bem-estar;

Considerando que as florestas e matas de recreio, pela sua riqueza em água e biodiversidade, possibilitam condições propícias à educação ambiental em convívio inter-geracional;

Considerando que a visitação das florestas e matas de recreio constitui um serviço público praticado pelas suas entidades gestoras e que é suportado por todos contribuintes;

Considerando que a ilha de São Miguel possui uma imensurável valia ao nível de florestas e matas de recreio e que estes recursos ambientais devem estar disponíveis à população e visitantes para aproveitamento dos seus tempos livres;

Os signatários da presente petição solicitam a Sua Excelência Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, entidade responsável pela Mata de Recreio da Lagoa do Canário e pela Mata de Recreio das Lagoas Empadadas, e a Sua Excelência Secretário Regional da Agricultura e Florestas, entidade responsável pela gestão das Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz, a abertura dos espaços referidos durante os fins de semana durante o Outono e Inverno, com horários que tornem possível o seu usufruto por parte dos cidadãos.

Os Peticionários

Ver Signatários | Assinar Petição

Fonte: http://www.amigosdosacores.pt/

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

WRI - Internacional de Resistentes a la Guerra (IRG)



Fundada en 1921, WRI es una red de organizaciones, grupos e individuos que suscriben la declaración de WRI:
La guerra es un crimen contra la humanidad. Por ello me comprometo a no apoyar ningún tipo de guerra, y a luchar por la eliminación de todas sus causas.
WRI existe con la intención de promover la acción contra la guerra, así como también para apoyar y poner en contacto, a través de todo el mundo, a las personas que se niegan a tomar parte en la guerra o en su preparación. Hoy en día existen más de 70 grupos afiliados a lo largo de 33 países.
Los grupos de WRI se han dado a conocer por su resistencia al servicio militar, a los impuestos de guerra, por sus campañas contra la producción de armas y el mercado de éstas, o trabajando en solidaridad con pacifistas expuestos a situaciones de guerra. Pero también pueden los grupos desarrollar proyectos de reconstrucción física y sicológica durante o después de las guerras, facilitando el diálogo entre grupos en conflicto, o promoviendo el desarrollo a pequeña escala y comunitario.
El "NO a la guerra" de WRI apunta a romper los ciclos de la violencia. Hasta en las situaciones más difíciles insistimos en buscar los recursos disponibles para la acción no-violenta, identificando cómo y con cuáles grupos la acción no violenta podría contribuir reducir la violencia.

http://www.wri-irg.org/es/node/3530

sábado, 3 de outubro de 2009

4 de Outubro- No Dia dos Animais, desafio aos Candidatos e às Candidatas às Câmaras Municipais de São Miguel



Desde 1930, em vários países do mundo, o dia 4 de Outubro é dedicado aos animais. Neste dia, são homenageados os nossos amigos animais que, infelizmente, continuam, ainda hoje, a ser desrespeitados por muitos humanos.

Nós, grupo de cidadãos e cidadãs residentes em São Miguel, neste dia 4 de Outubro de 2009, apelamos, aos futuros autarcas a eleger nas próximas eleições, para que tomem medidas para que num futuro próximo os direitos dos animais sejam devidamente respeitados.

Além disso, embora a questão do bem-estar animal e dos direitos dos animais seja da responsabilidade de toda a sociedade, desafiamos os candidatos e as candidatas às Câmaras Municipais de São Miguel a, publicamente, responderem às seguintes questões:

1- Um dos problemas existentes em alguns concelhos é o do número de animais de companhia (cães e gatos) que são anualmente abandonados. Que medidas irão tomar para reduzir aquele número?

2- Como é do conhecimento público estão longe de ter terminado os maus tratos aos animais. O que pensam fazer para que os seus munícipes passem a melhor respeitar os animais?

3- Como é de todos conhecido as touradas não constituem qualquer tradição a ilha de São Miguel e em nada contribuem para educar os cidadãos e as cidadãs para respeitar os animais, para além de causarem maus tratos aos animais e porem em risco a vida das pessoas. Vão apoiar, com dinheiros públicos, ou promover touradas no seu concelho?

4- Os canis municipais na maior parte dos casos não passam de depósitos de animais. Que actividades pensam fazer para dinamizar o canil e alterar a situação actual?

5- Considerando que as questões do bem-estar animal/ direitos dos animais devem ser resolvidos em conjunto com a comunidade, que pensam fazer para envolver as pessoas do seu concelho?

Ponta Delgada, 4 de Outubro de 2009

António Humberto Serpa
Clara Martins
Cláudia Vieira Tavares
Débora Cabral
Diogo Caetano
Gabriela Mota Vieira
George Hayes
Lúcia Ventura
Marco Cabral
Margarida Benevides
Maria de Lurdes Fontes
Miguel Fontes
Rúben Cabral
Teófilo Soares Braga

Fonte: Blogue "Açores Melhores sem Maus Tratos aos Animais"

Terra Livre nº 13



Já pode ser lido aqui o boletim nº 13,relativo ao mês de Outbro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ESTE ANO SALVE UM CAGARRO

Em 1993, iniciou-se a campanha “As Escolas e o Cagarro” coordenada pelos Amigos dos Açores – Associação Ecológica em colaboração com o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e com o apoio da Secretaria Regional da Educação e Cultura.

Em 1995, esta iniciativa deu origem à campanha “SOS Cagarro” que decorre até aos dias de hoje, promovida pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, contando com a colaboração de diversas entidades em todas as ilhas dos Açores, entre elas as associações Amigos dos Açores e os Amigos do Calhau. Em 2008, o dia 1 de Novembro foi proclamado por estas associações como o Dia do Cagarro, ao qual se associou o Clube dos Amigos e Defensores do Património Cultural e Natural de Santa Maria (CADEP-CN).

Os Amigos dos Açores – Associação Ecológica, os Amigos do Calhau e o CADEP-CN pretendem, à semelhança do ano transacto, sensibilizar a população e incentivá-la para a importância a participação pública no salvamento desta espécie protegida.

Actividades principais a desenvolver durante Outubro e Novembro

- Realização de brigadas nocturnas:
1. Praia das Milícias – Atalhada (São Miguel)
2. “Palheiro” da Ribeira Grande – Bandejo (São Miguel)
3. Miradouro da Relva – Feteiras (São Miguel)
4. Avenida Marginal de Ponta Delgada – Santa Clara – Relva (São Miguel)
5. Baía da Praia Formosa (Santa Maria)
6. Baía de São Lourenço (Santa Maria)
7. Maia (Santa Maria)
8. Vila do Porto (Santa Maria)

- Recolha e libertação de cagarros e/ou entrega à Brigada SEPNA da GNR ou aos Vigilantes da Natureza
- Recepção de cagarros recolhidos por populares (sede dos Amigos dos Açores e Ecotecas de Ponta Delgada e Ribeira Grande).
- Sensibilização “porta-a-porta” nas zonas litorais.
- Afixação de cartazes em zonas sensíveis.
- Apoio telefónico (915954294, disponível das 8h às 24h) para esclarecimento de dúvidas e apoio à recolha de cagarros.
- Email para esclarecimento de dúvidas: salveumcagarro@amigosdosacores.pt.
- Registo online das ocorrências de São Miguel e Santa Maria, actualizado diariamente, na página dos Amigos dos Açores.
- Acções de sensibilização com o apoio das Ecotecas de Ribeira Grande e Ponta Delgada.
- Exposição itinerante “Este ano salve um Cagarro”, a iniciar no Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo, em Vila do Porto no dia 01 de Outubro.
- Envolvimento de associados, voluntários e outras entidades.



O Cagarro

O cagarro (Calonectris diomedea) é a ave marinha mais abundante dos Açores. Juntam-se em colónias situadas nas falésias costeiras e ilhéus, que chegam a reunir centenas de aves. Os seus cantos nocturnos são muito peculiares, alguns parecidos com o choro humano. É uma das aves mais antigas que existe à superfície da Terra e pertence à família dos Procellariidae. A maior concentração mundial de cagarros ocorre nos Açores, da subespécie C.d. borealis, mas devido a ser muito vulnerável a predadores terrestres e às actividades do homem, esta espécie está em regressão a nível mundial, sendo muito importante garantir a sua protecção.

Os cagarros são aves pelágicas, ou seja, são aves marinhas adaptadas para a vida no alto mar, a coloração da sua plumagem é escura por cima e por baixo é clara, a cauda é preta e a cabeça é cinzenta-acastanhada, as asas e o dorso são castanhos por cima. O bico é amarelo e forte, com a extremidade mais escura, e as patas e pernas são curtas e rosadas. Alimentam-se de peixe, lulas e crustáceos. Podem atingir os 40 anos de idade.

Em Março, depois de passarem alguns meses nos mares do Sul, regressam aos Açores para iniciarem um período reprodutor de oito meses, geralmente no mesmo local do ano anterior. Reproduzem-se em colónias situadas nas falésias costeiras e ilhéus, que chegam a reunir centenas de aves. Mas o cagarro é fiel, cada casal mantém-se, geralmente, para toda a vida. (…)

Os Açores são mundialmente a zona mais importante para o cagarro, que está protegido por leis nacionais e internacionais (Convenção de Berna–Anexo II, Directiva Aves-Anexo I e Decreto-Lei n.º 140/99 de 24 de Abril). É proibido capturar, deter, ou abater ilegalmente estas aves e destruir ou danificar os seus habitats. (…)
in Revista Vidália nº 22

Procedimentos para salvar um cagarro

Em Outubro ou Novembro os jovens cagarros iniciam a sua migração e orientam-se aparentemente pelas estrelas, mas ao iniciarem o seu primeiro voo, principalmente em noites nubladas, são atraídos e encadeados pelas luzes das povoações e automóveis sendo muitos mortos por colisão e atropelamento.

Outro factor que pode ser perigoso para esta espécie está relacionado com as marés vivas que, aliadas aos ventos frescos, podem fazer com que uma ave excepcionalmente dotada para a vida marinha, possa encontrar no mar, um dos seus obstáculos na sua tentativa de migração.

O que deve fazer se encontrar um cagarro:

• Aproxime-se lentamente do cagarro, usando luvas;
• Com calma e segurança cubra o corpo do cagarro com um casaco, uma manta ou uma toalha;
• Sem o magoar, segure o cagarro pelo pescoço e pela cauda, de forma a envolver todo o seu corpo;
• Coloque-o numa caixa de cartão, com cuidado;
• Mantenha-o na caixa durante a noite, em local tranquilo e escuro;
• Liberte o cagarro na manhã seguinte, junto ao mar, pousando-o com cuidado no chão.
Não se preocupe se a ave levar algum tempo a reagir e a voar para o mar, pois ela continuará a sua viagem quando se sentir preparada.

O que não deve fazer:
• Não se aproxime da ave quando não sabe exactamente como proceder;
• Não segure a ave por uma asa ou por ambas as asas, nem permita que ela abra as asas enquanto a manipula, pois esta ficará cada vez mais agitada;
• Não dê água, alimentos ou medicamentos;
• Não atire a ave ao mar, pois ela não voará imediatamente quando for lançada, podendo ficar incapacitada de voar;
• Nunca force a ave a ir para o mar, ela seguirá a sua viagem quando se sentir em condições.



Contactos

Caso queira participar alguma situação similar, ou mesmo a localização de aves mortas, pode ligar para a brigada SEPNA da GNR através da rede fixa para o nº 296306350 ou móvel nº 961196202 (serviço em Ponta Delgada).
Apoio telefónico dos Amigos dos Açores: 915954294, disponível das 8h às 24h.
Pode, também, ligar para a sede da Associação Amigos dos Açores através do número 296498004 (9h às 17h), para a Ecoteca da Ribeira Grande através do 296473003 (9h às 17h) ou para a Ecoteca de Ponta Delgada através do 296 654 62 (9h às 17h).
Este ano salve um cagarro!


--
Amigos dos Açores - Associação Ecológica

Av. Da Paz, 14, 9600-053 Pico da Pedra
São Miguel, Açores (Portugal)

Tel/Fax (+351) 296 498 004

www.amigosdosacores.pt